Bom galerinha, mais uma ano se vai.
Um ano de muitas mudanças, algumas agradáveis e outras que a todo custo tentamos impedir mas falhamos.
Um ano no qual me despedi de muita gente querida, e conheci algumas (quase) tão queridas quanto, um ano no qual sorri e chorei muito, mas consegui arrancar sorrisos, e mesmo sem querer, até algumas lágrimas. Um ano no qual aprendi mais de mim mesmo, um ano em que me meti em encrencas por não ser capaz de segurar uma verdade que machucaria algumas pessoas, um ano em que enfrentei antigos medos, readquiri laços, e vi alguns se desfazerem.
Um ano que trouxe de volta meus ataques de nervo (graças a Deus, apenas uma vez), um ano no qual descobri dois lados de uma (na verdade várias) mesma pessoa, um ano no qual soube mostrar o melhor de mim, mesmo que esse melhor seja visto, por alguns, como o pior que uma pessoa pode representar, um ano no qual minha ironia teve acréscimos, um ano de desgostos e alegrias, de conquistas e perdas, apresentações e despedidas, lágrimas e riso.
Um ano como qualquer outro, em todos os anos temos mudanças, alegrias, tristezas, saudade... Em alguns anos esses acontecimentos são mais acentuados do que em outros. Anos esses, nos quais nossas rotinas e vidas são quebradas ao meio, somos tirados de nosso meio, nossa casa, nosso trabalho e amigos e somos levados para a quase 2000 km de tudo isso, e obrigados a começar de novo, a saudade nasce de imediato, e, enquanto para algumas pessoas ela aumenta com o passar do tempo, para outras ela simplesmente desaparece, seguem suas vidas como se nada tivesse acontecido.
Existem pessoas que tornam nossa vida melhor, às quais nos apegamos e construímos uma relação que, acreditamos, vai durar para sempre, e quando elas vão embora, sentimos por pouco tempo e depois esquecemos. Não, esquecer não, mas nos tornamos amortecidos e indiferentes. Acredito que eu sou uma dessas pessoas, acredito que existam pessoas que realmente criaram laços muito profundos comigo, mas hoje nem se incomodam em saber se eu ainda respiro... sou assim: não sou o tipo de pessoa que faz falta por muito tempo.
Agora chega de choradeira ^^
Resolvi fazer um resumão falando dos melhores livros que li nesse ano, e das minhas 5 maiores decepções.
Esse foi o ano no qual eu mais li na vida, não sei quantos livros foram... mas considerando que passei a apreciar uma boa leitura somente ano passado (e naquela época ainda tinha um pouco de vida social) não tinha um GRANDE interesse nos livros e nem muito tempo, ou disposição. com certeza esse ano eu li mais
Os 10 Melhores
Não vou listar aqui todos os livros que incluí como meus
favoritos (afinal, só aí já seriam 8), mas sim alguns dos melhores livro que li, e por uma razão ou outra não os favoritei. Mas eles também não possuem uma ordem definida.
Sim minha gente, se vocês ainda não leram, ele é tudo que vocês já ouviram falar (de bom) e um pouco mais... nunca tive tanto medo de um filme quanto estou do filme desse livro... roteiristas, por tudo que é mais sagrado, sejam fiéis à história.
Foi minha primeira (e infelizmente uma das únicas) experiências com o autor, e imediatamente me deixou muito triste com a morte dele (em 2007, mas enfim... ele morreu)
Único livro que li, ou melhor, devorei do autor, comprei acreditando ser um livro cristão, mas não é, mas, o que poderia ter me decepcionado me deixou agoniado e ansioso... para saber o que raios foi esse "arrebatamento", talvez tenha sido o próprio arrebatamento mesmo, grandes religiosos ficaram, mas quem garante que eles irão? Stephen King (o mestre) escreveu sobre esse livro:
"Tom Perrotta faz uma pesquisa perturbadora sobre a reação das pessoas comuns a acontecimentos extraordinários e inexplicáveis, o poder da família para ferir e curar e a sutil facilidade com que a fé se transforma em fanatismo. Lido como metáfora para o esfacelamento político e social dos Estados Unidos pós-11 de Setembro, este livro é um diagnóstico depressivamente precioso."
É, até agora, o único livro que li da autora, e antes dele eu não acreditava na velha história de "ah, o livro é grande mas quando você começar a ler nem vai ver o número de páginas, vai passar voando" mas esse livro me mostrou que isso é possível, o livro é bem grandinho, afinal, Lucinda Riley é irlandesa, e essas irlandesas gostam de escrever... acho que as crianças da Irlanda são educadas para acreditar que qualquer coisa com menos de 500 páginas é um mero folheto.
Traição Em Família, de David Baldacci (que é a cara do marido da minha prima)
Sabe aquelas histórias policiais frenéticas, cheias de acontecimentos, mas sem serem sobrecarregadas por fatos demais confusas e sem pé nem cabeça, daquelas que você simplesmente não consegue largar o livro, pois é, essa é uma delas e muito mais... tem mistérios dentro dos mistérios, e fico imensamente feliz em dizer que David Baldacci é um dos melhores autores que descobri esse ano e quero muito ler mais coisas dele.
Harlan Coben foi mais um autor que descobri esse ano (quase todos foram né) e que me deixou simplesmente encantado, enquanto os livros policiais "comuns" são sérios e agoniantes (uma agonia extremamente boa, diga-se de passagem) os do Harlan conseguem ser assim e ainda ter personagens irônicos e situações engraçadas, são os únicos livros que leio rindo e ansioso.
Um autor que consegue colocar tanta coisa em 24 horas, com tanta qualidade, merece estar na lista dos 10 melhores do ano de qualquer pessoa com juízo, não que eu seja um exemplo de juízo mas nesse caso convenhamos que sim...
Juro que tentei não por esse, mas eu tive que por, primeiro porque ele está no pódio dos meus favoritos, e segundo porque o mundo precisa conhecer essa história, é o romance de estréia da autora e é simplismente incrível.
Eu tinha que falar desse, afinal é praticamente a história da minha vida (com exceção de umas poucas coisas que se eu falar será spoiler, então...) Quem não se encantou com a história de Charlie não pode ter coração. Até eu, que as vezes duvido da existência do meu amei a história.
O Colecionador de Lágrimas, do nosso sempre professor Augusto Cury
Eu já tinha gostado das histórias e infinitas frases de sabedoria do Dr. Cury na trilogia O Vendedor de Sonhos, da qual falei no comecinho do blog, láááá em Julho, mas eu li em Janeiro... mas essa história sobre a Segunda Guerra/tempos atuais, na qual um professor que critica Hitler começa a ser atormentado por pesadelos como se ele estivesse presente durante aqueles horrores e é perseguido nas ruas por personagens que alegam terem vindo direto da Segunda Guerra para matá-lo por ele manchar o nome de Hitler é simplesmente incrível... e depois de tanto esperar saiu o 2° volume, que estou louco para ler.
As 5 Decepções
Hora dos 5 piores livros do ano, ou aqueles que tinham uma grande mídia em cima e não era porcaria nenhuma do que falavam.
Depois que li o tão aclamado A Menina que Roubava Livros e gostei tanto, resolvi ir atrás e outra "maravilha literária" tão comentada, e... eu odiei essa história de tal maneira que não tenho nem palavras, não que não seja uma boa distração, mostra como a vida é injusta e como as pessoas boas se ferram... acho que se eu não fosse eu, não tivesse passado por algumas coisas das quais passei e não tivesse visto o que já vi, talvez tivesse gostado do livro, ele quase me fez chorar, mas de raiva, é um livro que nem sei porque não taquei no fogo, tenho motivos pessoais para tê-lo odiado dessa maneira, mas isso não muda o fato de que odiei.
Outro livro que acho que fui com muita sede ao pote, O Menino do Pijama Listrado é uma história até bacana, mas eu esperava muuuuuuuito mais, nada do nível de AMQRL (TBT) mas mesmo assim eu esperava muuuuuito mais, apesar de ter gostado da narrativa do autor, o que me fez comprar outro livro dele, que também não é tuuuudo isso, mas superou expectativas.
Não, nesse caso eu nunca tinha ouvido falar nada sobre o livro, e até hoje não ouvi, sei somente da minha opinião, é um livro ruim e ponto. Acho que ele pode ser considerado uma distopia fantástica, uma distopia fantástica ruim, muito ruim, foi a junção desse com o próximo da lista que me fez parar de ler fantasia (hábito trazido de volta por Cassandra Clare e C. S. Lewis)
A Maldição do Tigre, de Colleen Houck (eta mulher do nome estranho)
O livro me conquistou pela capa e pela sinopse, e a história é realmente muito boa, o único, e gigantesco defeito foi ele ser narrado pela nojenta da Kelsey e todo seu nhé nhé nhé, "Ai! ele é perfeito demais pra mim" "Ai!Ele nunca vai me querer" se mencionar as três páginas falando apenas do corpo do príncipe... esse livro me deixou com trauma de livros com protagonistas femininos que narram a história.
Momento: me apedrejem, tô nem aí
O último livro do ano foi uma decepção, assim como o ano em si, depois de ter 2 dos livros do nosso amigo verde como meus favoritos eu esperava algo pelo menos no mesmo nível de O Teorema Katherine, que, mesmo não sendo tão bom quanto ACEDE e QEVA? é um livro muito bom, mas amanhã eu faço uma postagem falando sobre ele e explico isso melhor.
Bom galera, esse, creio eu é o post mais longo do blog... e quero agradecer muitíssimo a você que me acompanha e não desistiu na metade do post, a você que só olhou as fotos e até mesmo a você que pulou pra cá só para ver o final, pois você ao menos se deu ao trabalho de vir até aqui.
Um feliz ano novo pra vocês e que ele seja melhor que esse^^
detalhe: odeio fogos de artifício