sexta-feira, 28 de março de 2014

[Opinião] Falem de batalhas, de Reis e de Elefantes - Mathias Énard #64


Editora:L&PM
N° de Páginas:150
Citação (trecho):
"Nada restará de tua passagem por aqui. Vestígios, indícios, uma construção. Como meu país desaparecido, acolá, do outro lado do mar. Ele só vive nas histórias e naqueles que as carregam. Será preciso lhes falar durante muito tempo de batalhas pedidas, reis esquecidos e animais desaparecidos."
Sinopse:
  Ao desembarcar em Constantinopla no dia 13 de maio de 1506, Michelangelo sabe que está desafiando o poder e a cólera de Júlio II, papa guerreiro e autoritário, por abandonar a construção de sua tumba em Roma. Mas como declinar o convite do sultão Bayazid, que lhe propõe, depois de recusar o projeto de Leonardo Da Vinci, conceber uma ponte sobre o Corno de Ouro?
  Baseado em fragmentos de verdade, Énard solta a imaginação apoiado na atmosfera mítica e mística da Istambul do século XVI. O resultado é esta novela de leitura arrebatadora, que é contada com o mesmo fascínio das histórias nas quais se fala de batalhas, de reis e de elefantes.

Opinião:
  Como são crianças, fale-lhes de batalhas, 
reis, cavalos, diabos, elefantes e anjos, mas
não deixe de lhes falar de amor e de coisas
semelhantes.
Kipling

  O livro conta, e enfeita, a ida de Michelangelo a Constantinopla para construir uma imensa ponte, e tudo o que essa viagem acarretou... no final do livro o autor nos conta que parte da história é verdade e o que saiu da cabeça dele.
  Eu comecei ler o livro e decidi não colocar minha opinião aqui, pois no começo não entendi lhufas, mas depois, não sei se por estar me acostumando a narrativa ou porque ela realmente se tornou mais simples comecei a entender o que se passava.
  Então: é um livro bacana, com uma narrativa complicada, que me pareceu tentar imitar a linguagem dos clássicos mas escorregou nisso em alguns momentos, a história é bacana, nada fenomenal, mas vale o tempo gasto para lê-la.
  É um livro bom, escrito de forma complicada, mas isso não é uma reclamação, gosto de livros com vocábulo vasto, tenho consciência que uma coisa que até o livro da história ridícula ensina é uma nova palavra ou expressão, claro que até nisso uns são melhores que outros, e esse é, com certeza, um dos melhores.
 Enfim, eu gostei, pelo que vi no Skoob, só duas pessoas leram, e poucas pretendem ler, o que é uma pena, pois aproveitei bastante a história e acho que muita gente gostaria dela ainda mais do que eu gostei... Eu comprei ele apenas pelo título e não me arrependo, se você o vir em um passeio na livraria pode levar sem medo, mas não espere que seja o melhor livro da sua vida, como expressei acima: o melhor dele é o estilo da escrita, no quesito história ele é bom, mas nada além disso. Leiam, nem que seja para voltarem aqui e me xingarem perguntando Que porcaria de livro você me mandou ler?! Porque assim como acredito que terão pessoas que vão gostar mais do que eu, também tenho consciência de que haverá pessoas que o odiarão com todas as forças...

Um Comentário com Spoiler
Pobre macaquinho....

quinta-feira, 27 de março de 2014

[Opinião] O Guardião do Tempo - Mitch Albom #63

Editora: Arqueiro
N° de Páginas: 235
Citações:
"O ser humano raras vezes conhece o seu poder"49
"Nunca é tarde demais nem cedo demais. É quando deve ser."84
"É quando estamos mais sozinhos que abraçamos a solidão alheia."199
"Tempo não é coisa que se devolva. O momento imediatamente seguinte pode ser a resposta a suas orações. Negar isso é negar a parte mais importante do futuro."207
"Com o tempo infinito, nada é especial. Sem perda nem sacrifício, não podemos apreciar o que temos."218
"Há uma razão para Deus limitar nossos dias [...] É para tornar cada um deles precioso." 219 
Sinopse:
  Dhor sempre foi obcecado por enumera coisas. Quando percebeu um padrão entre o nascer e o pôr do sol - que se repetiam um após o outro, infinitamente -, ele aprendeu a contar os dias. Aos descobrir que a lua mudava de forma e depois voltava ao seu formato original, passou a contar os meses.
   Sem saber, movido por uma curiosidade ingênua, Dhor estava aprisionando a maior dádiva de Deus: o tempo. E pagaria um preço alto por isso, sendo banido para uma caverna durante seis milênios.
  Imune aos efeitos dos anos, passava seus dias sozinho, forçado a ouvir as vozes das pessoas implorando por mais minutos, mais dias, mais anos - querendo esticar os momentos de felicidade e encolher os instantes de sofrimento.
  Depois de compreender o mal que havia criado ao fazer a vida girar em torno de um relógio, Dhor é mandado de volta à Terra com uma missão: ensinar duas pessoas o verdadeiro sentido do tempo.
  Ele escolhe uma adolescente desiludida, prestes a por fim à própria vida, e um homem de negócios rico e poderoso que pretende desafiar a morte e viver para sempre.
  Cada um à sua maneira, eles precisam entender que o tempo é um dom precioso, que não pode ser desperdiçado nem manipulado. Para salvar a própria alma e concluir sua jornada, Dhor precisará salvá-los. Antes que o tempo se esgote - para todos.

Opinião:
  Eu já me imaginava, no vídeo de leituras do mês, falando que, até o momento, o melhor livro do ano era o Eu Sou Malala, mas aí chega Mitch Albom e praticamente fala: Então você gostou mais do livro dela do que do meu? Leia esse outro e vamos ver se sua opinião prevalece! Pois é, não prevaleceu...
  Como a própria sinopse já fala, nesse livro acompanhamos Dhor, vemos uma pequena parte de sua infância, mas principalmente vemos sua vida adulta que dura mais de seis mil anos. Dhor foi a primeira pessoa do mundo a contar o tempo, enquanto o resto da humanidade acreditava que o deus sol e a deusa lua estavam em constante guerra, e quando anoitecia era porque a lua estava ganhando a guerra e quando amanhecia o contrário, Dhor calculou a duração do dia e da noite e percebeu que era um padrão, percebeu que não havia guerra nenhuma, que era pra ser realmente assim, devido a um desentendimento com um amigo de infância, que agora é um poderoso rei e pretendo construir uma torre que alcance os céus (isso te lembra algo?), Dhor é expulso da cidade com sua esposa e passa a viver no deserto, depois de uma certa desventura ele resolve voltar a cidade e escalar a torre, uma coisa fantástica acontece nesse momento e ele é levado a uma caverna, lá ele encontra um ancião e lhe pergunta: Isto é a morte? Foste poupado da morte. Para morrer aqui? Não. Nessa caverna não envelhecerá um só instante. Não mereço essa dádiva. Não é uma dádiva. Depois de mais um pouco de conversa Dhor pergunta para o ancião quando poderá sair de lá, quando o ancião voltará, e o ancião responde: Quando o céu se encontrar com a Terra.
  A escrita do Mitch, que já tinha me conquistado em As Cinco Pessoas que Você Encontra no Céu, me deixou completamente apaixonado nesse, a história está impecavelmente bem construída, os personagens são bem desenvolvidos, tanto que nos fazem ter raiva deles em alguns momentos.
  A parte Erro na Sinopse desse livro é: "Ele escolhe uma adolescente desiludida, prestes a por fim à própria vida, e um homem de negócios rico e poderoso que pretende desafiar a morte e viver para sempre." Na verdade ele não escolhe as pessoas que ele precisa salvar, do "Poço das Lamentações do Tempo Perdido" ele ouve duas frases, ditas por pessoas diferentes, e o ancião fala que são essas pessoas que ele precisa "salvar".
  É um livro lindo, que nos mostra que por mais que a gente queira o tempo não para pra ninguém, que cada momento é precioso e que ao invés de perdermos tempo tentando arranjar mais tempo, que provavelmente jogaríamos fora tentando conseguir ainda mais, devemos aproveitar cada segundo que temos. Como diz o livro: "Quem passa a vida contando o tempo, não está vivendo."



quarta-feira, 26 de março de 2014

[Opinião] O Silêncio do Túmulo - Arnaldur Indriðason #62

Editora:Cia das Letras
N° de Páginas:315
Citação:
"Todos nós estamos esperando o fim do mundo. Seja com um cometa ou com qualquer outra coisa. Todos n´[os temos nosso dia do juízo final. Alguns o atraem para si mesmos. Outros o evitam."
Sinopse:
  Um esqueleto é encontrado por acaso em um canteiro de obras próximo a Reykjavík, Islândia. Pelo seu aspecto. É possível dizer que foi enterrado há cerca de sessenta anos. Mas sob que circunstâncias? Será um homem ou uma mulher? enquanto os ossos são cuidadosamente removidos por um grupo de arqueólogos, cabe ao inspetor Erlendur e seus assistentes remexer nas velhas histórias da região, histórias repletas de lacunas, que envolvem violência doméstica, um suicídio duvidoso e a presença de uma base aliada na época da Segunda Guerra.
  Paralelamente à investigação, Erlendur precisa lidar com um problema de ordem pessoal: sua filha, viciada em drogas e com quem ele mantém uma relação distante, acaba de entrar em coma.
  Nas ocilações entre o tempo presente e o passado, o autor de O Silêncio do Túmulo constrói uma trama engenhosa e profundamente humana, na qual as gélidas paisagens islandesas ocultam antigas paixões e terríveis traumas.

Opinião:
  Um perfeito exemplo de: Mirou no poste e acertou no pássaro. A ideia era fazer um intrigante romance policial, mas o resultado final foi uma comovente história sobre violência doméstica.
  O livro começa com personagens que só existem para fazer a abertura, numa festa de aniversário de uma criança, um estudante de medicina (que não conhece ninguém e só Deus sabe o que ele está fazendo lá) percebe que a irmãzinha do aniversariante está mastigando algo que ele reconhece como uma costela humana, chamando a mãe da criança, que chama o garoto que está fazendo oito anos, eles descobrem onde ele encontrou a "pedra branca e surpreendentemente leve" e aí entra o inspetor Erlendur, que desenterra uma mão humana (os ossos de uma mão humana) e depois de ser repreendido por Skarphédin, o arqueólogo, por ter cavado de forma irresponsável ele deixa o resto da escavação por conta do mesmo (o que dura quase um mês, ou seja, praticamente o livro todo).
  Em determinados momentos, enquanto as investigações com diálogos que no começo são travados, mecânicos e inacreditavelmente enfadonhos, o autor volta alguns (vários) anos no tempo e conhecemos uma família de cinco pessoas, a pobre mãe, que só saberemos o nome dela no final do livro, e só quando falam o nome dela é que a gente se toca que não tinha essa informação até então, e eu já não lembro o nome dela, o pai, Grímur, que espancava a esposa e vivia ameaçando matar as crianças se ela tentasse fugir dele, e as crianças: Tómas, um guri que seria melhor se nem existisse, Símon, o garoto corajoso que acredita que um dia será capaz de defender a mãe, e Mikkelína, a menina do casamento anterior da mulher, Mikkelína teve uma séria doença aos três anos e perdeu a fala, teve as pernas um braço e o rosto paralisados o que fazia seu padrasto chamá-la de retardada e aleijada.
  A história do ponto policial é "bacaninha", mas não passa disso, já a história da família é muito boa e angustiante, como romance policial ficou devendo, mas o livro vale muito a pena só pela história da família (estou sendo repetitivo?). Todo o livro tem personagens cuja existência é irrelevante, e a história é bastante previsível, muitos capítulos terminam com cliffhanger, e a continuação dele é sempre no começo do próximo capítulo, o que é bom.
  Mas e um resumão do que você quer falar, será que dá? Um livro bom, até mais que bom, mas não muito bom (?), merece ser lido apesar de inúmeros nomes difíceis, previsível mas mesmo assim bacana.
 
 PS: Sei que é na Islândia e tals mas, crenDeuspai, que monte de nome impronunciável :s

sexta-feira, 21 de março de 2014

[Opinião] Eu Sou Malala - Malala Yousafzai #61

Editora:Cia das Letras
N° de Páginas:327
Citação:
"Comecei a entender que a caneta e as palavras podem ser muito mais poderosas que metralhadoras, tanques ou helicópteros. Estávamos aprendendo a lutar. E a perceber como somos poderosos quando nos manifestamos"167
Sinopse:
  Quando o Talibã tomou controle do vale do Swat, uma menina levantou a voz.
  Malala Yousafzai recusou-se a permanecer em silêncio e lutou por seu direito à educação. Mas em 9 de outubro de 2012 ela quase pagou por isso com a vida. Malala foi atingida na cabeça por um tiro à queima-roupa dentro do ônibus enquanto voltava da escola. Poucos acreditaram que ela sobreviveria.
  A recuperação milagrosa de Malala a levou em uma viagem extraordinária de um vale remoto no norte do Paquistão para os salões das Nações Unidas em Nova York. Aos dezesseis anos, ela se tornou um símbolo global de protesto pacífico e a mais jovem candidata da história ao prêmio Nobel da paz.

Opinião:
  Quando vemos pessoas lutando por direitos que muito de nós dispensamos podemos ver quão afortunados somos.
  O livro começa com Malala nos contando do dia que foi baleada, mas depois volta ao tempo de sua infância, e até um pouco antes de nascer.
  O pai de Malala teve uma vida difícil mas conseguiu realizar parte de seu sonho, abriu escolas no vale para poder dar educação às crianças e diminuir, se possível à zero, o número de adultos analfabetos.
  Não quero revelar muito da história, mas vou deixar uma coisa clara desde já: é perfeita.
  Como já disse o livro é narrado pela própria Malala, e eu me senti como se estivesse sentado em frente a ela, em uma conversa de amigos onde ela me contava a história da sua vida, num país onde mulheres não tinham o direito de sair de casa (tem uma parte que eles visitam uma tia no litoral, mas apesar de viver no litoral, essa tia nunca havia visto o mar) uma criança luta pelo seu direito de ir a escola.
  Podemos ver como as pessoas podem ser seduzidas por pseudo salvadores, fanáticos religiosos.
  O povo paquistanês é totalmente muçulmano, e seguem o costume do Islã e Pachtum, quando o talibã chega eles azem o povo acreditar que são enviados de Alá (não exatamente isso, mas é praticamente a mesma coisa) e distorcem o que está escrito no livro sagrado deles, o Corão. Proíbem mulheres de saírem na rua, de estudar, de conversar com homens que não sejam marido ou filhos, mas Malala enfatiza que no Corão está escrito que todas as pessoas, homens e mulheres, devem estudar e conhecer os mistérios desse mundo. Sem falar nos atos de terrorismo, explodir escolas, matar mulheres que deixam o rosto exposto (brasileiras seriam extintas) matar pacifistas, cristãos e servidores públicos, dizendo que estavam agindo de acordo com os costumes islâmicos, mas Malala, através do código de conduta pachtum e do corão, nos mostra que isso era só mais uma mentira.
  Malala não concorda com todos os costumes do seu povo, eles ainda seguem a lei do Olho por Olho, Dente por Dente. Ela nos conta que existem famílias que estão em guerra a anos e nem sabem porque, mas ela tem certeza que é por alguma besteirinha.
  Malala é um exemplo de vida, de superação, esperança e bondade, que ela motive outros tanto quanto me motivou.

segunda-feira, 17 de março de 2014

sábado, 15 de março de 2014

[Opinião] Perdão, Leonard Peacock - Matthew Quick #59

Editora: Intrínseca
N° de Páginas:222
Citação:

"-Como você sabe que vai ganhar?
-Porque eu continuo lutando."
Sinopse:
  Hoje é o aniversário de Leonard Peacock. Também é o dia em que ele saiu de casa com uma arma na mochila. Porque é hoje que ele vai matar o ex-melhor amigo e depois se suicidar com a P-38 que foi do avô, a pistola do Reich. Mas antes ele quer encontrar e se despedir das quatro pessoas mais importantes de sua vida: Walt, o vizinho obcecado por filmes de Humphrey Bogart; Baback, que estuda na mesma escola que ele e é um virtuose do violino; Lauren, a garota cristã de quem ele gosta, e Herr Silverman, o professor que está agora ensinando à turma sobre o Holocausto. Encontro após encontro, conversando com cada uma dessas pessoas, o jovem ao poucos revela seus segredos, mas o relógio não para: até o fim do dia Leonard estará morto. 

Book Trailer:
foi mal, só tinha em inglês

Opinião:
  O fato de ter demorado quase uma semana para ler um livro que leria tranquilamente em dois dis e se puxasse um pouquinho lia em um já fala sobre o quanto eu "gostei" do mesmo.
  O livro é narrado pelo próprio Leonard, e ele é um chato, ele é depressivo com uma mãe filadumaégua, e seus únicos amigos são o vizinho idoso e o professor de holocausto.
  A história conta apenas um dia, o aniversário de 18 anos do Leonard, mas tem bastante flashbacks mostrando a vida do protagonista, não houve um único ser humano capaz de se lembrar do aniversário do pobre Leonard, e ele já começa o dia embrulhando presentes para dar para as quatro únicas pessoas com quem ele se importa, e prepara um presente para si mesmo, uma pistola nazista que seu avô conseguiu durante a segunda guerra, com essa arma ele pretende matar o ex-melhor amigo (que merece u.u ) e depois cometer suicídio.
  É uma história pesada, e a mensagem trazida nela é realmente muito boa, jamais questionarei a razão da depressão do Leonard, a vida dele foi terrível. Mas ao mesmo tempo ele me irritou um pouco, em alguns momentos ele me lembrou muito de mim mesmo (e isso é assustador).
  A história é meio enrolada, só depois de repetir incontáveis vezes que vai matar Asher Beal e depois se matar é que sabemos porquê ele quer fazer isso, e é um ótimo motivo, quero dizer, entendo totalmente o motivo, não que ele deva realmente matar o cara e se suicidar mas enfim...
  Leonard é um jovem muito inteligente, mas as vezes é insuportavelmente chato, a melhor parte do livro é uma onde se encontra uma ponte (quem leu vai saber do que estou falando).
  Eu super entendo o desespero dele para ouvir uma palavra de consolo, a vontade de receber ajuda, o desejo de que alguém ficasse ao lado dele, acreditasse nele, o confortasse. E o final é muito triste, e concordo com o Luan.
  Não gostei muito do livro, mas com certeza foi pelo meu "estado de espírito" no momento da leitura... ele é bem escrito mas me deixou depressivo, me deixar triste tudo bem, me deixar depressivo é sacanagem.


sexta-feira, 14 de março de 2014

Opiniões negativas sobre livros (Discussão levantada por Tatiana Feltrin)

  Oi galerinha... hoje eu não vim dar a minha opinião sobre nenhum livro, vou fazer isso amanhã, hoje eu vim aqui pra dar meu parecer sobre o assunto que a Tatiana Feltrin (que toooodo mundo conhece) levantou em seu último vídeo, para não estender demais as coisas, vou colocar o vídeo dela aqui para, se alguém ainda não viu, ver a opinião dela e vou responder às três perguntas que ela fez.


1) Opiniões negativas de outros sobre um determinado livro já te fizeram desistir de comprá-lo e/ou lê-lo?
  No momento, não me recordo de isso já ter acontecido, eu normalmente prefiro ter minha própria opinião, no caso da trilogia 50 Tons, eu só tinha visto gente falando maravilhas, foi a sinopse que me fez desistir de comprar os livros, e também porque algumas pessoas que leram me falaram do que se tratava e eu já perdi o interesse. Mas acho que depende muito do dia que tal pessoa leu tal livro, os leitores têm gostos diferentes, o que um ama de paixão outros podem odiar, a própria trilogia supracitada já é um bom exemplo disso. Eu acho sim que opiniões podem influenciar uma pessoa a comprar ou não o livro (o que eu faço aqui não teria sentido se eu não acreditasse nisso) mas depende das pessoas, eu prefiro não ler ou assistir resenhas de um livro que estou querendo ler, deixo para ver depois que já li o tal livro, mas como eu disse, eu prefiro, e tenho certeza que outras pessoas também, ler e tirar minhas próprias conclusões, e depois comentar na resenha, opinião, parecer ou afins, se eu concordo ou não, e falar porque eu concordo ou não.


2) Mesmo quando você discorda da opinião negativa de alguém, você costuma levar essas opiniões em consideração e repensar determinados aspectos de um livro do qual gosta? Ou, simplesmente descarta a opinião negativa de terceiros?
  Sempre gosto de levar as opiniões alheias em consideração, mesmo que não concorde, eu não sou nenhum especialista, longe disso, em literatura, então eu sei que tem muita coisa importante que eu deixo passar, eu posso ter adorado, idolatrado, venerado um livro e quando for ver o que uma pessoa mais entendida o assunto pensa, eu veja que ela tem razão que o livro tem muitos erros, um exemplo ótimo disso são os blogueiros/vlogueiros que apontam erros de tradução nos livros, eu não manjo muito de inglês, então não consigo identificar muitos erros desse tipo, (a não ser naquele trabalho porco que a Maria Angela Amorim de Paschoal fez em A Menina Que Semeava, sim mulher, minha indignação por sua pessoa continua grande) então eu gosto de ver opiniões diferentes da minha porque são elas que me fazem pensar e me ensinam mais sobre o assunto.


3) Se você tem um blog ou um canal no Youtube, qual é a sua política pessoal sobre livros que leu e dos quais não gostou? Você deixa de falar sobre esses livros? Ou, fala, mas mede as palavras ao criticá-los negativamente?
  Quando eu detestei o livro com todas as minhas forças, eu evito falar sobre ele (Floresta dos Corvos taí, ou melhor, não está, para provar isso) mas recentemente, em janeiro, eu li um livro que eu realmente não gostei, que foi o Quem Poderia Ser A Uma Hora Dessas? que foi um livro que eu detestei, mas mesmo assim tentei colocar algo de bom sobre o livro, mas ele é um daqueles que não te acrescenta nada, então foi complicado. Então, resumindo, eu falo que o livro é ruim, ou pelo menos eu achei ruim, e falo porque a obra não funcionou comigo, e tento colocar algo que o livro tenha de bom, mesmo que seja só o design de capa, aí eu falo que só a capa presta ¯\_(ツ)_/¯, mas normalmente evito falar de livros que detestei, e também não costumo falar de livros de contos, mesmo tendo gostado não costumo dar minha opinião sobre eles.

  E é isso meu povo, espero que tenham curtido minhas respostas e se quiserem opinar também, a Tati explica como no vídeo :D, ou se quiserem apenas comentar aqui também ficarei muito grato.
                                                                                                                        Um abraço a todos e até a                                                                                                                           próxima (amanhã tem                                                                                                                                 minha opinião sobre                                                                                                                                   Perdão, Leonard Peacock.                                                                                                                           Onde poderemos ver um                                                                                                                             pouco sobre minhas                                                                                                                                   opiniões negativas...

terça-feira, 11 de março de 2014

[Opinião] As Cinco Pessoas Que Você Encontra no Céu - Mitch Albom #58

Editora:Sextante (ou Arqueiro, alguém me explica qual a ligação entre as duas? se é que são realmente duas)
Nº de Páginas:186
Citação:
"O silêncio foi sua saída, mas o silêncio raramente serve de refúgio"
Sinopse:
  Com o mesmo estilo sensível e profundo de A Última Grande Lição, Mitch Albom nos presenteia, após seis anos de espera, com uma comovente fábula que nos faz refletir sobre o verdadeiro significado de nossa existência.
  As Cinco Pessoas que Você Encontra no Céu conta a história de Eddie, mecânico de um parque de diversões que morre no dia de seu aniversário de 83 anos tentando salvar uma garotinha. Imerso numa rotina de trabalho e solidão, ele passou a vida se considerando um fracassado. Ao acordar no céu, encontra cinco personagens inesperados que lhe mostram como ele foi importante. 
  Este livro foi escrito para cada um de nós, pois freqüentemente nos sentimos frustrados e inúteis – assim como Eddie – por não termos realizado nossos sonhos. Ele nos faz lembrar que vivemos numa ampla teia de ligações e que temos o poder de mudar o destino dos outros com um pequeno gesto, e nos faz descobrir a importância da lealdade e do amor em nossas vidas.


Opinião:
  Não sei exatamente por onde começar, então vou simplesmente... começar (what?!)
  Estava querendo esse livro a muito tempo, desde que ouvi o Bruno Miranda comentar ele em uma tag a muito tempo, e quando fui levar uns livros para o sebo acabei trazendo esse.
 O livro começa no dia do aniversário de 83 anos de Eddie, que é também o dia que ele morreu, eu não vou contar como foi a morte dele porque acho que vai ser muuuuito mais bacana se vocês lerem, mesmo sendo bem no comecinho, depois de morto, Eddie vai para o que aparentemente é o céu e encontra cinco pessoas separadamente, cada uma dessas pessoas lhe conta uma história e lhe ensina uma "grande lição" que explica o sentido de sua vida na Terra.
  Logo no começo do livro, ainda na dedicatória, o autor deixa claro: "Todo mundo, assim como a maioria das religiões, tem uma ideia do que é o céu, e todas merecem respeito. A versão aqui representada é apenas uma hipótese, um desejo, de certa forma, de que meu tio e outros como ele - pessoas que se consideravam insignificantes na Terra - perceba, finalmente,  o quanto foram importantes e queridas." eu mesmo não concordo com a ideia do autor sobre o céu, mas isso não me impediu de me deliciar com a história dele.
  O livro tem uma narrativa fácil e fluída, o autor não fica dando voltas e mais voltas pra chegar onde quer, é um livro que me arrepiou e me emocionou, e podemos carregar muitas lições dele para nossa vida, o valor e sentido do sacrifício que as pessoas fazem, o valor de uma vida e o entendimento que somos, assim como Karl Marx já dizia, uma teia de relações, o individuo não vive sozinho e sua vida afeta a vida de outras pessoas.
  Creio que se tivesse lido esse livro em outro momento eu teria ficado meio depressivo, mas como li ele estando meio depressivo ele meio que me elevou o ânimo, não gostei muuuuito da quarta pessoa que Eddie encontrou no céu, mas a terceira e a quinta me emocionaram muito.
Uma estrela para cada uma das pessoas que encontramos no céu

Um Comentário Com Spoiler
As cinco pessoas que você encontra no céu:
1- Uma pessoa que morreu em seu lugar
2- Uma pessoa que se sacrificou por você
3- Uma pessoa que você não conheceu, mas que cuja vida que levou antes de seu nascimento influenciou o rumo da sua vida (essa eu quase chorei)
4- Uma pessoa que você ama e sente falta
5- Uma pessoa que você matou (essa me fez chorar)

sexta-feira, 7 de março de 2014

[Opinião] A Escolha Dos Três - Stephen King #57

os spoilers tanto do livro anterior quanto desse estarão no final da postagem em cor branca (a não ser, é claro, o pequeno spoiler que está na sinopse), para ler basta selecionar.

Editora:Objetiva
Nº de Páginas:508
Citação:
"O que gostamos de pensar de nós mesmos e o que realmente somos raramente têm muita coisa em comum."
Sinopse:
  Com incansável imaginação, Stephen King dá continuidade à saga épica A Torre Negra, iniciada com O Pistoleiro. A Escolha Dos Três, segundo volume da série, lança Roland de Gilead em pleno século XX, à medida que ele se aproxima da sua preciosa Torre Negra, centro de  toda a criação.
  Um derradeiro confronto com o homem de preto revela a Roland, nas cartas de um baralho de tarô, aqueles que deverão ajudá-lo em sua busca pela Torre: o Prisioneiro, a Dama das Sombras e a Morte. Para encontrá-los, o último pistoleiro precisará atravessar três intrigantes portas que se erguem na deserta e interminável praia do mar Ocidental.

Opinião:
  quando eu só conhecia as capas da série eu acreditava que nesse livro  apareceriam três portas e ele deveria escolher uma para passar, mas na verdade as portas não aparecem juntas, e sim a uma grande distância uma da outra, e ele precisa atravessar cada um delas para  buscar seus "escolhidos" no mundo "real", o nosso mundo: "Onde papel parece ser tão comum quanto areia."
  A história começa com Roland sentado na praia do Mar Ocidental, ele está meio atordoado e quando o sol se poe não percebe as criaturas, que mais tarde ele batiza de lagostrosidade, saindo do mar e indo em sua direção, ele só sedá conta quando a criatura o ataca e devora dois do seus dedos, três, se contarmos o do pé. Mais tarde essas lagostrosidades (cerca de um metro de comprimento, olhos enrugados, longas antenas, bico de papagaio, pernas de aranha, e um chiado que faz parecer que estão constantemente perguntando: Chic? choc? chum?) se torna o principal alimento dele e seus "aliados". Como era de se esperar, as pessoas que Roland recolhe de nosso mundo ficam em choque por um tempo, e o livro é basicamente a busca pelas portas, a vida dos escolhidos, e o veneno das lagostrosidades no corpo de Roland Deschain.
  A escrita é a normal do mestre King, não muito acelerada mas também longe de ser monótona, a construção dos personagens é impecável, ele se aprofundou bastante na história de cada um até o momento que "encontram" Roland, esse livro tem um pouco dos "elementos" que eu disse que, até então, só tinha visto em Conte-me Seus Sonhos, do Sidney Sheldon, e... esculpa mestre King, mas o SS soube trabalhar melhor essa parte, eu não fui atrás de um estudo aprofundado sobre o assunto, mas a explicação dele foi mais convincente. Pra quem não se importa de estragar uma surpresa de dois livros: eu estou falando que tanto a Odetta desse livro, quanto a Ashley do Conte-me Seus Sonhos têm o transtorno de personalidade múltipla..
  Ele foi melhor que o primeiro livro, não foi nada que transformasse a série na melhor coisa já escrita, mas está entre as 100 mais :)

Um Comentário com Spoiler
O livro começa cerca deseis horas depois do fim de O Pistoleiro, na mesma praia na qual ele confrontou o homem de preto, que agora está morto, em alguns momentos, a segunda escolhida: Odetta/Detta/Susannah, me lembrou muito a Regan, de O Exorcista, ela também é boca suja e má, e parece estar possuída por alguma coisa... a morte de Jake ainda incomoda Roland, mas o melhor do livro é na hora que Roland adentra a terceira porta, a qual está escrito: O Empurrador, nela encontramos Jack Mort, o cara que empurrou Jake na frente do carro, que empurrou Odetta nos trilhos do trem que lhe cortaram as pernas, sim Odetta/Detta/Susannah não tem as pernas. E a maior parte da ação do livro se encontra nessa parte (parte, parte, parte... será que eu repeti demais essa palavra?) estou ansioso para lero terceiro volume, onde, espero eu, vá explicar pra que ele precisava passar tanta dor de cabeça para juntar essas duas pessoas (sim, são só duas, a terceira pessoa ele só matou, lembra da sinopse? O Prisioneiro, A Dama das Sombras e a Morte? pois é...)

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