sábado, 31 de dezembro de 2016


  Que para o novo ano possamos levar todas as experiências que adquirimos no decorrer deste.

  Que, juntos, possamos nos congratular e comemorar a vitória de mais uma ano sobre o tempo, além de todas as vitórias que tivemos no decorrer do ano, comemorar o fato de termos terminado mais um ano com vida.

  Que guardemos as boas lembranças que nos acalentam o coração e deixemos por aqui todas as frustrações, decepções e rancores.

  Que aprendamos a perdoar e a pedir perdão, que sejamos tolerantes e empatas o suficiente para não julgar, mas aconselhar, não desprezar, mas acolher.

  Que antes de querer um ano melhor para nós, nos empenhemos em torná-lo melhor para aqueles que nos cercam.

  Que além de não desperdiçar oportunidades, saibamos criá-las.

  Que nos empenhemos pela mudança do mundo, mudando a nós mesmos para que então possamos mudar o mundo dos outros, e sempre para melhor.

  Que valorizemos as amizades e a família, que valorizemos a nós mesmos.

  Vamos fazer de 2017 o melhor ano que já tivemos, e que saiamos vitoriosos de todas as batalhas nas quais a vida nos jogar.

  Que 2017 seja um ano desafiador, no qual possamos desabrochar como pessoas e nos tornar mais fortes, de preferência sem nenhuma perda significativa.

  Que tudo que nos atrasa fique por aqui e pensamentos novos e edificantes nos aguardem logo ali, depois da meia-noite.

    Façamos todos de 2017 um ano feliz para aqueles que nos cercam, e consequentemente, para nós mesmos!!


sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Metas Literárias para 2017

  Sim, isso é um retorno ^^


  Não sou muito, nada bom, na verdade, em cumprir metas, mas quero mudar isso, então vamos tentar ;)
  Esse ano minha meta eram 50 livros (na verdade 70, mas no meio do ano diminuí) e consegui alcançar, mas entre minhas metas estava também, finalmente ler Gabriel García Marques, 1984, Admirável Mundo novo, Farenheit 451 e a trilogia 1Q84, e não li nenhum desses.
  Enfim, em 2017 quero ler, pelo menos 50 livros, novamente, quero terminar algumas séries:
  A primeira, como muitos devem saber, é A Torre Negra, até porque sai filme ano que vem e quero já ter terminado antes de assistir, o que significa que não vou ver no cinema, pois sei que ainda vou demorar bastante para ler o que falta.
  Outra série que quero terminar ano que vem é a Deixados Para Trás, estou conseguindo os livros por meio de troca no Skoob, já que é muito difícil encontrá-los para comprar, só li o primeiro no final desse ano, mas já consegui outros volumes da série e pretendo concluí-la logo.

  Aprovei uma promoção da Amazon e comprei os e-books de 2 a 7 da serie dos Legados de Lorien, já estou lendo o segundo e pretendo ler o restante no decorrer de 2017.

  Quero criar coragem pra ler a trilogia Mundo de Tinta, comecei a ler o primeiro livro mas não dei continuidade, em 2017, quero ler, pelo menos, o primeiro.

  Outra coisa que quero fazer no próximo ano é usar minhas próprias fotos para ilustrar o blog... além de mudar o nome dele, estudando possibilidades.

12 Livros para 2017

  Resolvi separar 1 livro para cada mês no ano que vem, assim como fez a Tati Feltrin, e minha lista ficou assim:






   Janeiro será o mês que finalmente lerei Cem Anos de Solidão, é um livro mais denso, pelo que sei e como Janeiro é um Mês mais tranquilo acho que consigo.


















  Fevereiro vou tirar o pó de O Lobo de Wall Street, comprei esse quase calhamaço em janeiro do ano que saiu o filme, isso deve fazer uns dois ou três anos, já nem lembro, e nada de ler.


















    Março, mês das minhas férias, bastante tempo livre, vou finalmente ler Os Pilares da Terra, esse livro eu comprei antes de começar a trabalhar no meu atual serviço, e já estou lá a mais de três anos :x















  
  Abril vou, finalmente terminar Precisamos Falar Sobre o Kevin, passei muitos anos querendo ler esse livro, e finalmente consegui minha edição, com essa capa, esse ano, comecei a ler, e fui pego de surpresa ao descobrir que se trata de um romance epistolar, não morro de amores por esse tipo de narrativa, mas vamos lê-lo.















  Maio será o mês de Corajosos, a novelização do filme que nunca assisti. comprei o livro a mais de ano porque estava baratinho e nem tirei do plástico até hoje.


















  Em Junho farei as pazes (espero, pelo menos) com Carlos Ruiz Zafón lendo A Sombra do Vento. E espero realmente gostar, já que me decepcionei com o último livro que li do autor.

















 Em Julho vamos, finalmente, desencalhar Deus Não Abandona, o livro mais antigo da minha coleção que ainda não li.



















   Em Agosto retomaremos Golem e o Gênio, comecei ele nesse fim de ano mas resolvi esperar mais um tempo para lê-lo.

















   Setembro será outro mês de  reencontro, esse ano não li nada do Sidney Sheldon, ano que vem vou ler, pelo menos A Ira Dos Anjos, que já deve fazer uns dois anos que comprei e só peguei na mão para limpar a estante.
















   
  Outubro, mês do meu aniversário, vou ler Memórias de Uma Gueixa, outro livro que quis por muito tempo e quando finalmente o ganhei, larguei na estante e não li.




















   Em novembro mais um reencontro emocionante, quero tentar ler, pelo menos, um livro da Jodi Picoult  por ano, e em 2017 será Um Mundo À Parte.
















   Em dezembro vamos desencalhar Doze Anos de Escravidão que comprei junto com O Lobo de Wall Street e está tão estacionado quanto ele.













   Em 2017 também quero comprar menos livros do que esse ano, que realmente exagerei, e quero me tornar assinante da TAG \o/

  E é isso povo, quais são as metas de vocês para o ano vindouro? 
  Grande abraço a todos!


terça-feira, 27 de dezembro de 2016

[Opinião] Um Brinde de Cianureto - Agatha Christie #199

Editora: L&PM Pocket

N° de Páginas: 253

Quote:
Por que as mulheres não tinham a decência de deixar as coisas em paz? Um homem não quer ser lembrado continuamente das asneiras que já cometeu."

Sinopse:
  O luxuoso restaurante Luxembourg é o lugar escolhido para comemorar o aniversário da linda e elegante Rosemary Barton. Entre os seis convidados, encontram-se pessoas próximas, mas que não necessariamente querem o seu bem. Mesmo assim, ninguém poderia prever o desfecho da noite: Rosemary morre subitamente após ingerir uma taça de champagne com cianureto. Tudo indica que foi um suicídio... Em um inusitado jogo literário, a rainha do suspense dá a ada um dos personagens a chance de contar sua versão daquele dia, levantando suspeitas que podem colocar em xeque a razão da morte de Rosemary.

Opinião:

  Nota mental, nunca mais esperar cinco meses para escrever minha opinião sobre um livro.
  Enfim, como pode ter ficado claro com o lembrete para mim mesmo acima, o livro não foi tão impactante para ficar gravado na memória e sobreviver às influências dos que foram lidos posteriormente. Mas eu gostei dele, logo que finalizei a leitura lembro de ter achado ele o melhor que já tinha lido da autora, mas não é bem assim, gostei muito, sim, mas ainda prefiro Um Corpo na Biblioteca e até O Cavalo Amarelo, que com toda certeza foi o que mais me marou.
  Mas estamos aqui para falar desse livro, aqui conhecemos uma família abastada, pelo menos alguns membros dela, um jovem oportunista e detestável, uma senhora ingênua ao ponto de ser burra e um senhor apaixonado, além de uma irmã sem grande importância.
  Esse livro me lembrou bastante Assassinato no Expresso do Oriente, no sentido de que não há muita, quase nenhuma, na verdade, ação. Ele foca nas batalhas internas, psicológicas, intelectuais e até sentimentais dos personagens. Mas diferente desse, daquele eu não gostei.
  Rosemary Barton é uma jovem amada por muitos (apesar de não ter me cativado tanto) que logo após um brinde com a família em um restaurante fino, cai morta. Depois de constatada a morte por envenenamento várias hipóteses são levantadas, entre suicídio e assassinato, muito tempo se passa com o viúvo planejando uma arapuca, e quando enfim a armadilha está pronta... vocês vão precisar ler o livro pra se estupefarem como aconteceu comigo.
  O livro nos apresenta situações extremas, mas que podem ser vistas ainda hoje, a desonestidade e picaretagem do parente distante:
"Eu me divirto. Sim, eu me divirto imensamente. Já vivi uma boa vida, Ruth, e já fiz de quase tudo. Fui ator, lojista, garçom, biscateiro, carregador e contrarregra em um circo! Já viajei como grumete em um cargueiro a vapor. Já concorri a presidente em uma república sul-americana. E já estive na prisão!Há só duas coisas que eu nunca fiz na vida: um dia de trabalho honesto e pagar minhas próprias contas."
   Um livro que, além do mistério envolvente (não suuuuuuuuuuuuuper envolvente, mas envolvente ainda assim) traz situações e personagens que nos fazem refletir sobre nosso comportamento, rever nossas ações e corrigir alguns desvios de caráter.



domingo, 30 de outubro de 2016

[Opinião] As Aventuras de Pi - Yann Martel #198

Editora: Nova Fronteira

N° de Páginas: 424

Quote:
É verdade que as pessoas que conhecemos podem nos modificar, e, às vezes, de uma forma tão profunda que, depois disso, não somos mais os mesmos, nem com relação ao nosso nome."

Sinopse:
  Um dos romances mais importantes do século, As aventuras de Pi é uma narrativa singular de Yann Martel que se tornou um grande best-seller. O livro narra a trajetória do jovem Pi Patel, um garoto cuja vida é revirada quando seu pai, dono de um zoológico na Índia, decide embarcar em um navio rumo ao Canadá. Durante a viagem, um trágico naufrágio deixa o menino à deriva em um bote, na companhia insólita de um tigre-de-bengala, um orangotango, uma zebra e uma hiena. A luta de Pi pela sobrevivência ao lado de animais perigosos e sobre um imenso oceano é de uma força poucas vezes vista na literatura mundial.


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Opinião:
  Esse foi um daqueles casos que você compra o livro por ele estar por seis reais e esquece ele por anos na estante, até que você resolve pegá-lo para ler e acaba se encantando com o que encontra.
  Aqui conhecemos um garoto peculiar com um nome tão peculiar quanto que será abreviado tanto para combinar com a proporção numérica quanto para facilitar a vida do leitor (e tenho quase certeza que tem alguma reflexão profunda baseada nisso também, mas não fui capaz de captá-la).
  Pi é um jovem indiano filho do proprietário de um zoológico e que se apaixona por Deus de uma forma linda... e em determinado momento ele fica à deriva em um bote minúsculo com um enorme tigre faminto...
  A pegada comercial do livro, explícita pela chamativa frase "acredite no extraordinário" chama o leitor a acreditar no improvável, a libertar a mente e seguir a trilha de tijolos amarelos que nos leva através de nossos sonhos para lugares fantásticos viver aventuras inimagináveis.
  Mas o livro trata de muitos outros assuntos além disso, ele trata sobre fé e de como as religiões, muitas vezes, ensinam a divisão ao invés da união e nos afastam de Deus, ao invés de nos aproximar dele.
  Ele se aprofunda nessa discussão, mostrando toda a rivalidade entre as diferentes religiões e o autor frequentemente faz piada com o assunto, vários momentos do livro são simplesmente hilários.
  Ainda não tive a oportunidade de assistir ao filme, parte disso porque ando com muita preguiça de filmes e ele não está disponível em nenhum site que eu sei ser confiável, então vou deixando...

  Os capítulos curtos e a narrativa fluida e descontraída de Pi faz com que o livro seja lido rapidamente, e nos envolvemos tanto com o personagem que sofremos com ele nos momentos não tão engraçados assim e quando passamos a duvidar seriamente da sanidade dele.
  Como disse é um livro sobre o poder da fé e também a força existente dentro de cada um de nós, uma amizade improvável e uma esperança inabalável.



quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Um aviso

  Oi pessoas...
  Como vocês viram eu não postei nada essa semana... nem domingo nem quarta... o fato é que está extremamente complicado ter acesso a um computador (a não ser no serviço, mas como não consigo terminar nem o que deveria terminar por lá, sem chance de ter tempo livre pra cuidar do blog... assim sendo queria deixar avisado aqui, onde mais interessa. Que o blog entrará em um hiato por tempo indeterminado, talvez eu migre para o YouTube, já imaginou? Mas aí o problema do "preciso de um computador" retorna... tenho dois vídeos gravados que não sei se vou chegar a publicar por aqui, já que não sei quando terei outra oportunidade, e não quero ficar sem uma periodicidade decente... assim sendo, quando eu arrumar um computador para mim o blog retornará, realmente. o sorteio continua normal, mas como o tempo para ir ao correio também é escasso vou comprar os prêmios pela internet e enviar da loja diretamente para o vencedor, ou vencedora...
 
Grande abraço pessoas!

quarta-feira, 27 de julho de 2016

[Opinião] A Garota que Eu Quero - Markus Zusak #197

Editora: Intrínseca

N° de Páginas: 174

Quote:
Para além da cidade, ele me leva a uma escuridão que a princípio cheira a maldade. Ao chegarmos mais perto, entretanto, percebo que na verdade não é para a maldade que estamos andando. É para a morte. Apenas a afável morte, com toda a sua paciência."


Sinopse:
  Cameron Wolfe tem fome. Cansou-se de ser um maldito perdedor, meio risonho e meio carrancudo, sempre tentando impressionar. Ele finalmente conhece uma garota, e seu espírito foi inundado por palavras. Agora Cameron está determinado a provar que não há nada mais belo que um perdedor disposto a lutar.

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Opinião:
  E com essa leitura percebo que, realmente, não tenho mais paciência para os dramas adolescentes...
  O autor conseguiu a façanha de me deixar cansado da história por volta da página 20.
  Aqui conhecemos Cameron, o caçula de uma casa com 5 filhos. Sinceramente não sei qual dos irmãos é mais irritante. Provavelmente Cameron ganha esse título por estarmos o tempo todo na cabeça dele, mas sem dúvida Ruben é o mais desprezível...
  Vou apresentar os irmãos clichês para que vocês possam conhecer ao menos um pouco da história antes de cometerem o erro de criar muitas expectativas para essa história. O mais velho é Steve, Seteven, Stephen... algo assim. Um astro do futebol que é venerado pelos irmãos mais novos, uma espécie estranha de rebelde sem causa que dá vontade de dar um chacoalhão para que acorde toda vez que ele aparece na história, em sua defesa devemos dizer que ele é um pacifista e tem uma certa maturidade, em alguns momentos até invejável, no quesito auto-controle.
  Depois dele temos Ruben, Rubens... sei lá, todo mundo chama só de Rube mesmo... Um adolescente machista e boboca (alguém ainda fala boboca? Meus Deus!) que troca de namorada a cada semana sempre interessado mais na embalagem do que no conteúdo, um cafajeste de primeira daqueles que, sabe Deus o porquê, as meninas adoram.
  Temos a irmã, não sei exatamente em que momento da vida dos pais, praticamente inexistentes na história, ela surgiu... Mas ela só está lá pra ser outra adolescente bobinha que é tratada como objeto por homens sem um pingo de decência.
  E, enfim, chegamos ao Cameron, o caçula, com poucos amigos, depressivo e tímido que sofre por nunca ter "conhecido" uma garota ¬¬'
  A história é sobre o pseudo-amadurecimento do protagonista, ele se apaixona por um dos brinquedos (porque são assim que praticamente toda mulher é tratada pelo tal do Rube) do irmão e depois que o inevitável e já previsto "namoro" dos dois acaba eles começam a se relacionar. Octavia NÃO é uma menina normal, isso logo fica claro. Ela é zen demais, mesmo para uma personagem que seja criada com o rigor do budismo (o que não é o caso). E acompanhamos uma história de uma moça ensonando ao um guri sonso demais (mas confesso que bem sensível) os princípios do namoro, um cafajeste levando a surra que merece, e não aprendendo nada com isso, e a aceitação do irmão mais velho sobre quem é sua família.
  Um livro chato, extremamente cansativo, mas que tem lá suas qualidades, e não é a atmosfera melancólica e maçante que permeia todo o livro. Os pontos positivos ficam a cargo do relacionamento dos irmãos, que está sempre amadurecendo e se tornando algo mais forte e respeitável, mostrando que "família unida jamais será vencida" (credo, eu realmente escrevi isso, não tinha uma forma pior pra me expressar?)
  Outro ponto positivo que vale a pena ser mencionado é a mania de Cameron de escrever para... aliviar a mente, a cada intervalo de capítulo temos o que ele chama de "suas palavras" que são muito mais interessantes do que sua história, propriamente dita, inclusive o quote que separei é de um desses escritos.


domingo, 24 de julho de 2016

[PLMC] O Homem Que Era Só Metade - Valter Hugo Mãe




  O conto sobre o qual vou comentar está no livro Filho de Mil Homens, que você pode comprar clicando aqui, lembrando que sempre que comprar algo através dos links que indico você estará ajudando o blog.





  Aqui conhecemos um homem que levou sua vida tranquilamente e sem muitos vínculos afetivos, os romances que teve acabaram não dando certo e ao chegar aos quarenta anos percebe que viveu apenas metade do que a vida tinha a oferecer.



  Nosso protagonista, chamado Crisóstomo (referência clara ao mais famoso arcebispo de Constantinopla), vive da pesca e passa os dias lamentando não o fato de não ter esposa, mas o fato de não ter um filho. Alguém para criar e transmitir o conhecimento que a vida lhe deu.
  Entre acordar e ir para o barco, sofrendo pelas oportunidades desperdiçadas e com pouca esperança que sua vida venha a ter alguma alteração.

"Depois, sentindo-se estranho mas aliviado, ouviu o mar de sempre, o vento muito ameno passando, e reparou outra vez em como o céu estava estrelado e suas traineiras saíam. Tinha de seguir para trabalhar. Levantou-se, sacudiu a areia e quase se riu. Se era verdade que se sentia um homem só com metade de tudo, também era verdade que uma parte da sua dor ficaria ali, como se de um saco se esvaziasse. A areia haveria de a fazer deslizar até o mar e o mar lavaria tudo. Acontecia assim porque, aos quarenta anos, o Crisóstomo assumiu a tristeza para reclamar a esperança."
   É uma história profundamente melancólica sobre o passar do tempo e a necessidade humana de complementar sua vida com outras pessoas, uma história que mostra que nunca é tarde para corrermos atrás dos nossos sonhos.
  
  A escrita do autor me lembrou bastante a do Alejandro Zambra, não sei se foi pelo fato de que eu esperava algo mais de ambos os autores. Confesso que gostei mais da forma do Valter conduzir a história.

  Até o momento não é nada extraordinário, vou ler o restante dos contos na esperança que sejam mais impactantes.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

[Opinião] Fique Comigo - Harlan Coben #196

Editora: >Arqueiro>

N° de Páginas: 285

Quote:
Pensou em como o passado nunca nos abandona, nem as partes boas nem as ruins; em como colocamos dentro de uma caixa e a guardamos em algum armário, pensando que nunca mais vamos abri-la. Então, um belo dia, quando nos sentimos sobrecarregados pelo mundo real, vamos até o armário e pegamos a caixa de volta."

Sinopse:
  A vida de Megan Pierce nem sempre foi um mar de rosas. Houve uma época em que ela nunca sabia como seria o dia seguinte. Mas hoje é mãe de dois filhos, tem um marido perfeito e a casa dos sonhos de qualquer mulher - e, apesar disso, se sente cada vez mais insatisfeita.
  Ray Levine já foi um fotógrafo respeitado, mas agora, aos 40 anos, tem um emprego em que finge ser paparazzo para massagear o ego de jovens endinheirados obcecados em se tornar celebridades.
  Broome é um detetive incapaz de esquecer um caso que nunca conseguiu resolver: há 17 anos, um pai de família desapareceu sem deixar rastro. Todos os anos ele visita a casa em que a mulher e os filhos do homem esperam seu retorno.
  Essas pessoas levam vidas que nunca desejaram. Agora, um misterioso acontecimento fará com que seus caminhos se cruzem, obrigando-as a lidar com as terríveis consequências de fatos que pareciam enterrados havia muito tempo.
  E, à medida que se deparam com a faceta sombria do sonho americano -  o tédio dos subúrbios, a angústia da tentação, o desespero e os anseios que podem se esconder nas mais belas fachadas -, elas chegarão à chocante conclusão de que talvez não queiram deixar o passado para trás.

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Opinião:
  Esse ano li o pior livro do Zafón, e agora também o livro que menos gostei do Coben, dois dos meus autores favoritos... Mas, felizmente, Harlan Coben não me decepcionou como o gordinho espanhol.
  Nesse livro conhecemos personagens bem peculiares (que já estão muito bem explicados na sinopse, então olha lá), e ficamos sabendo que algo aconteceu há exatos 17 anos. Sabemos que Ray volta todos os anos ao local desse dito (na verdade, não dito) acontecimento para tentar superar o que aconteceu, Broome visita a esposa de um respeitável homem (que no decorrer da história ficamos sabendo que não é assim, tão respeitável) que sumiu no mesmo evento e Megan passa todos os dias dessas quase décadas tentando esquecer o que viu naquele 18 de Fevereiro.
  O grande mistério do livro parece ser o que aconteceu na tão famosa e esquiva noite, e realmente só saberemos dos detalhes no finalzinho da leitura, mas esse não é o único mistério do livro. Ao acompanharmos o dia-a-dia simples e tedioso dos personagens vemos que algo aconteceu na mesma data e lugar do não-dito acontecimento que mudou drasticamente a vida de todos eles, e a partir daí eles começam a ver o passado voltando à tona para assombrá-los muito mais do que já fez nos últimos anos.
  O livro fala bastante de como tudo que passamos na vida nos definiu como pessoas e cada coisinha, cumprimento dado, amigo feito, livro lido, música cantada ou trecho percorrido é um pedaço fundamental da nossa história e inseparável do nosso ser. Em contrapartida ele também ressalta a importância de seguir em frente deixando o passado para trás, ele faz parte de quem somos, assim como a cauda de um cachorro, ele não o abandona, mas fica sempre para trás, não que às vezes não tenhamos saudade dele e tentamos revivê-lo, como um cachorro correndo atrás do próprio rabo.
  Além disso somos lembrados também da profundidade dos traumas, das formas pelas quais eles podem surgir e como raramente, ou, em muitos casos, jamais, são superados. Sobre a força positiva e, ao mesmo tempo, escravista, da esperança, que em alguns casos é o que nos mantém presos ao que já passou.
  Os personagens são incríveis, a narrativa é deliciosa, sarcástica, profunda e tensamente acelerada (meio controverso, eu sei, mas foi a melhor forma que encontrei para explicá-la), e esse livro trás a cena mais forte de todos os livros que li do autor, que cria uma densa atmosfera de mistério, nostalgia e melancolia em vários momentos, é um livro incrível.
  Ah, mas você disse que é o que menos gostou do autor! E é. Mas como eu amo todos os que li até agora isso não rebaixa muito esse. O fato que me fez desgostar um pouco dele foi a resolução do mistério... quando li eu pensei: "Sério que em 17 anos isso nunca passou pela cabeça de ninguém?" Vou deixar mais especificado sobre essa parte na parte do spoiler para não estragar a experiência de quem quiser ler o livro, porque sim, ele vale a pena, e muito, apesar desse tropeço do autor (tropeço seguido de um breve "cata mamona" e estrimbuchamento no chão)


Um comentário com spoiler
(selecione para ler)

17 anos depois do desaparecimento do suposto bom cidadão outro cara, claramente um manezão, desparece... e o último lugar onde foi visto foi o mesmo lugar onde o suposto bom cidadão sumiu.
A partir daí a o policial principal da história, Broome, começa a investigar e descobre que já a muito tempo um homem por ano vem sumindo naquele lugar, mais ou menos na mesma época do ano. O que o leva a brilhante conclusão que se trata de obra de um serial killer (parabéns, brilhante dedução) e ao examinar as fotos que Ray tirou do local no dia do último desaparecimento ele vê algo atrás de um pilar que PODE SER um carrinho de mão dobrável. Depois de revelar essa suspeita para a perita forense eles voltam ao lugar, que já tinha passado por um pente fino por uma bela de uma equipe, ele conta para ela e ela então olha para o lugar onde haviam encontrado sangue e vê algo que TALVEZ SE TRATE das marcas dos pés do dito carrinho. Mas como o chão é duro de terra batida eles não veem rastros, mas como a perita forense é perita ela deduz pela posição das marcas dos pés do carrinho, que nem ela nem a dedicada equipe de especialistas havia percebido durante o pente fino, a direção que ele seguiu até um arbusto a POUCOS PASSOS DE DISTÂNCIA e viu que ele tinha um ramo quebrado... seguindo essa trilha FACILMENTE IDENTIFICÁVEL eles chega a um poço A CINQUENTA MÍSEROS METROS do local onde durante os último 17 anos um homem sumia. e dentro desse poço eles encontram, adivinha? Exatamente: TODOS OS CORPOS das vítimas. Aí eu pergunto... em 17 anos de desaparecimentos sequentes, que a polícia nem  mesmo conseguiu relacioná-los entre si, não houve um ser vivo sequer que estendesse o raio de buscas por mais de 50 metros? Que buscas foram essas????

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