quarta-feira, 27 de julho de 2016

[Opinião] A Garota que Eu Quero - Markus Zusak #197

Editora: Intrínseca

N° de Páginas: 174

Quote:
Para além da cidade, ele me leva a uma escuridão que a princípio cheira a maldade. Ao chegarmos mais perto, entretanto, percebo que na verdade não é para a maldade que estamos andando. É para a morte. Apenas a afável morte, com toda a sua paciência."


Sinopse:
  Cameron Wolfe tem fome. Cansou-se de ser um maldito perdedor, meio risonho e meio carrancudo, sempre tentando impressionar. Ele finalmente conhece uma garota, e seu espírito foi inundado por palavras. Agora Cameron está determinado a provar que não há nada mais belo que um perdedor disposto a lutar.

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Opinião:
  E com essa leitura percebo que, realmente, não tenho mais paciência para os dramas adolescentes...
  O autor conseguiu a façanha de me deixar cansado da história por volta da página 20.
  Aqui conhecemos Cameron, o caçula de uma casa com 5 filhos. Sinceramente não sei qual dos irmãos é mais irritante. Provavelmente Cameron ganha esse título por estarmos o tempo todo na cabeça dele, mas sem dúvida Ruben é o mais desprezível...
  Vou apresentar os irmãos clichês para que vocês possam conhecer ao menos um pouco da história antes de cometerem o erro de criar muitas expectativas para essa história. O mais velho é Steve, Seteven, Stephen... algo assim. Um astro do futebol que é venerado pelos irmãos mais novos, uma espécie estranha de rebelde sem causa que dá vontade de dar um chacoalhão para que acorde toda vez que ele aparece na história, em sua defesa devemos dizer que ele é um pacifista e tem uma certa maturidade, em alguns momentos até invejável, no quesito auto-controle.
  Depois dele temos Ruben, Rubens... sei lá, todo mundo chama só de Rube mesmo... Um adolescente machista e boboca (alguém ainda fala boboca? Meus Deus!) que troca de namorada a cada semana sempre interessado mais na embalagem do que no conteúdo, um cafajeste de primeira daqueles que, sabe Deus o porquê, as meninas adoram.
  Temos a irmã, não sei exatamente em que momento da vida dos pais, praticamente inexistentes na história, ela surgiu... Mas ela só está lá pra ser outra adolescente bobinha que é tratada como objeto por homens sem um pingo de decência.
  E, enfim, chegamos ao Cameron, o caçula, com poucos amigos, depressivo e tímido que sofre por nunca ter "conhecido" uma garota ¬¬'
  A história é sobre o pseudo-amadurecimento do protagonista, ele se apaixona por um dos brinquedos (porque são assim que praticamente toda mulher é tratada pelo tal do Rube) do irmão e depois que o inevitável e já previsto "namoro" dos dois acaba eles começam a se relacionar. Octavia NÃO é uma menina normal, isso logo fica claro. Ela é zen demais, mesmo para uma personagem que seja criada com o rigor do budismo (o que não é o caso). E acompanhamos uma história de uma moça ensonando ao um guri sonso demais (mas confesso que bem sensível) os princípios do namoro, um cafajeste levando a surra que merece, e não aprendendo nada com isso, e a aceitação do irmão mais velho sobre quem é sua família.
  Um livro chato, extremamente cansativo, mas que tem lá suas qualidades, e não é a atmosfera melancólica e maçante que permeia todo o livro. Os pontos positivos ficam a cargo do relacionamento dos irmãos, que está sempre amadurecendo e se tornando algo mais forte e respeitável, mostrando que "família unida jamais será vencida" (credo, eu realmente escrevi isso, não tinha uma forma pior pra me expressar?)
  Outro ponto positivo que vale a pena ser mencionado é a mania de Cameron de escrever para... aliviar a mente, a cada intervalo de capítulo temos o que ele chama de "suas palavras" que são muito mais interessantes do que sua história, propriamente dita, inclusive o quote que separei é de um desses escritos.


domingo, 24 de julho de 2016

[PLMC] O Homem Que Era Só Metade - Valter Hugo Mãe




  O conto sobre o qual vou comentar está no livro Filho de Mil Homens, que você pode comprar clicando aqui, lembrando que sempre que comprar algo através dos links que indico você estará ajudando o blog.





  Aqui conhecemos um homem que levou sua vida tranquilamente e sem muitos vínculos afetivos, os romances que teve acabaram não dando certo e ao chegar aos quarenta anos percebe que viveu apenas metade do que a vida tinha a oferecer.



  Nosso protagonista, chamado Crisóstomo (referência clara ao mais famoso arcebispo de Constantinopla), vive da pesca e passa os dias lamentando não o fato de não ter esposa, mas o fato de não ter um filho. Alguém para criar e transmitir o conhecimento que a vida lhe deu.
  Entre acordar e ir para o barco, sofrendo pelas oportunidades desperdiçadas e com pouca esperança que sua vida venha a ter alguma alteração.

"Depois, sentindo-se estranho mas aliviado, ouviu o mar de sempre, o vento muito ameno passando, e reparou outra vez em como o céu estava estrelado e suas traineiras saíam. Tinha de seguir para trabalhar. Levantou-se, sacudiu a areia e quase se riu. Se era verdade que se sentia um homem só com metade de tudo, também era verdade que uma parte da sua dor ficaria ali, como se de um saco se esvaziasse. A areia haveria de a fazer deslizar até o mar e o mar lavaria tudo. Acontecia assim porque, aos quarenta anos, o Crisóstomo assumiu a tristeza para reclamar a esperança."
   É uma história profundamente melancólica sobre o passar do tempo e a necessidade humana de complementar sua vida com outras pessoas, uma história que mostra que nunca é tarde para corrermos atrás dos nossos sonhos.
  
  A escrita do autor me lembrou bastante a do Alejandro Zambra, não sei se foi pelo fato de que eu esperava algo mais de ambos os autores. Confesso que gostei mais da forma do Valter conduzir a história.

  Até o momento não é nada extraordinário, vou ler o restante dos contos na esperança que sejam mais impactantes.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

[Opinião] Fique Comigo - Harlan Coben #196

Editora: >Arqueiro>

N° de Páginas: 285

Quote:
Pensou em como o passado nunca nos abandona, nem as partes boas nem as ruins; em como colocamos dentro de uma caixa e a guardamos em algum armário, pensando que nunca mais vamos abri-la. Então, um belo dia, quando nos sentimos sobrecarregados pelo mundo real, vamos até o armário e pegamos a caixa de volta."

Sinopse:
  A vida de Megan Pierce nem sempre foi um mar de rosas. Houve uma época em que ela nunca sabia como seria o dia seguinte. Mas hoje é mãe de dois filhos, tem um marido perfeito e a casa dos sonhos de qualquer mulher - e, apesar disso, se sente cada vez mais insatisfeita.
  Ray Levine já foi um fotógrafo respeitado, mas agora, aos 40 anos, tem um emprego em que finge ser paparazzo para massagear o ego de jovens endinheirados obcecados em se tornar celebridades.
  Broome é um detetive incapaz de esquecer um caso que nunca conseguiu resolver: há 17 anos, um pai de família desapareceu sem deixar rastro. Todos os anos ele visita a casa em que a mulher e os filhos do homem esperam seu retorno.
  Essas pessoas levam vidas que nunca desejaram. Agora, um misterioso acontecimento fará com que seus caminhos se cruzem, obrigando-as a lidar com as terríveis consequências de fatos que pareciam enterrados havia muito tempo.
  E, à medida que se deparam com a faceta sombria do sonho americano -  o tédio dos subúrbios, a angústia da tentação, o desespero e os anseios que podem se esconder nas mais belas fachadas -, elas chegarão à chocante conclusão de que talvez não queiram deixar o passado para trás.

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Opinião:
  Esse ano li o pior livro do Zafón, e agora também o livro que menos gostei do Coben, dois dos meus autores favoritos... Mas, felizmente, Harlan Coben não me decepcionou como o gordinho espanhol.
  Nesse livro conhecemos personagens bem peculiares (que já estão muito bem explicados na sinopse, então olha lá), e ficamos sabendo que algo aconteceu há exatos 17 anos. Sabemos que Ray volta todos os anos ao local desse dito (na verdade, não dito) acontecimento para tentar superar o que aconteceu, Broome visita a esposa de um respeitável homem (que no decorrer da história ficamos sabendo que não é assim, tão respeitável) que sumiu no mesmo evento e Megan passa todos os dias dessas quase décadas tentando esquecer o que viu naquele 18 de Fevereiro.
  O grande mistério do livro parece ser o que aconteceu na tão famosa e esquiva noite, e realmente só saberemos dos detalhes no finalzinho da leitura, mas esse não é o único mistério do livro. Ao acompanharmos o dia-a-dia simples e tedioso dos personagens vemos que algo aconteceu na mesma data e lugar do não-dito acontecimento que mudou drasticamente a vida de todos eles, e a partir daí eles começam a ver o passado voltando à tona para assombrá-los muito mais do que já fez nos últimos anos.
  O livro fala bastante de como tudo que passamos na vida nos definiu como pessoas e cada coisinha, cumprimento dado, amigo feito, livro lido, música cantada ou trecho percorrido é um pedaço fundamental da nossa história e inseparável do nosso ser. Em contrapartida ele também ressalta a importância de seguir em frente deixando o passado para trás, ele faz parte de quem somos, assim como a cauda de um cachorro, ele não o abandona, mas fica sempre para trás, não que às vezes não tenhamos saudade dele e tentamos revivê-lo, como um cachorro correndo atrás do próprio rabo.
  Além disso somos lembrados também da profundidade dos traumas, das formas pelas quais eles podem surgir e como raramente, ou, em muitos casos, jamais, são superados. Sobre a força positiva e, ao mesmo tempo, escravista, da esperança, que em alguns casos é o que nos mantém presos ao que já passou.
  Os personagens são incríveis, a narrativa é deliciosa, sarcástica, profunda e tensamente acelerada (meio controverso, eu sei, mas foi a melhor forma que encontrei para explicá-la), e esse livro trás a cena mais forte de todos os livros que li do autor, que cria uma densa atmosfera de mistério, nostalgia e melancolia em vários momentos, é um livro incrível.
  Ah, mas você disse que é o que menos gostou do autor! E é. Mas como eu amo todos os que li até agora isso não rebaixa muito esse. O fato que me fez desgostar um pouco dele foi a resolução do mistério... quando li eu pensei: "Sério que em 17 anos isso nunca passou pela cabeça de ninguém?" Vou deixar mais especificado sobre essa parte na parte do spoiler para não estragar a experiência de quem quiser ler o livro, porque sim, ele vale a pena, e muito, apesar desse tropeço do autor (tropeço seguido de um breve "cata mamona" e estrimbuchamento no chão)


Um comentário com spoiler
(selecione para ler)

17 anos depois do desaparecimento do suposto bom cidadão outro cara, claramente um manezão, desparece... e o último lugar onde foi visto foi o mesmo lugar onde o suposto bom cidadão sumiu.
A partir daí a o policial principal da história, Broome, começa a investigar e descobre que já a muito tempo um homem por ano vem sumindo naquele lugar, mais ou menos na mesma época do ano. O que o leva a brilhante conclusão que se trata de obra de um serial killer (parabéns, brilhante dedução) e ao examinar as fotos que Ray tirou do local no dia do último desaparecimento ele vê algo atrás de um pilar que PODE SER um carrinho de mão dobrável. Depois de revelar essa suspeita para a perita forense eles voltam ao lugar, que já tinha passado por um pente fino por uma bela de uma equipe, ele conta para ela e ela então olha para o lugar onde haviam encontrado sangue e vê algo que TALVEZ SE TRATE das marcas dos pés do dito carrinho. Mas como o chão é duro de terra batida eles não veem rastros, mas como a perita forense é perita ela deduz pela posição das marcas dos pés do carrinho, que nem ela nem a dedicada equipe de especialistas havia percebido durante o pente fino, a direção que ele seguiu até um arbusto a POUCOS PASSOS DE DISTÂNCIA e viu que ele tinha um ramo quebrado... seguindo essa trilha FACILMENTE IDENTIFICÁVEL eles chega a um poço A CINQUENTA MÍSEROS METROS do local onde durante os último 17 anos um homem sumia. e dentro desse poço eles encontram, adivinha? Exatamente: TODOS OS CORPOS das vítimas. Aí eu pergunto... em 17 anos de desaparecimentos sequentes, que a polícia nem  mesmo conseguiu relacioná-los entre si, não houve um ser vivo sequer que estendesse o raio de buscas por mais de 50 metros? Que buscas foram essas????

quarta-feira, 13 de julho de 2016

[Opinião] O Deserto dos Meus Olhos - Leon Idris #195

Editora: Publicação independente pela Amazon

N° de Páginas: 456

Quote:
Nossa passagem pelo tempo é tão acelerada e fugaz, somos tão recorrentemente lembrados de que somos provisórios, que acabamos apenas ansiando por eternizar a matéria, nossa matéria e nossa alma noutras matérias. Todas as espécies o fazem inconscientemente por meio do instinto de reprodução. O homem, entretanto, por ser consciente, e pelo maior discernimento da transição daquilo que é impermanente e se findou, teme apaixonadamente a morte e rebela-se de modo mais sofisticado contra essa mortalidade construindo meios que simulem o permanente. É este o motivo, confesso e inconfesso, de todo autor, seja a obra um épico, um conto, um filme, uma música, uma pintura com sangue no interior de uma caverna, um rabisco no assento do ônibus, [...] todas elas ecoam um mesmo medo: o medo de que as ideias, os sentimentos e nós mesmos sejamos passageiros e dispensáveis, como são os segundos."

Book Trailer:



Sinopse:
  Rupert Lang só tem lembranças do que não viveu. Nas entrelinhas do papel em que escreve diariamente, ele busca encontrar o que restou de sua identidade perdida. O leitor de seus escritos é sua única companhia, um confidente capaz de guiá-lo de volta ao que ele foi um dia. Como um romance histórico encerrado numa única mente, o caminho a ser trilhado envolve acontecimentos não registrados nos livros de História; passagens pela corte espanhola do reinado de Isabel II, pelas ruas de Praga de Johannes Kepler e pelos corredores de um templo budista construído em um penhasco na China. Aquilo que poderia ter sido vivido e aquilo que se suspeita partir da imaginação recebem igual valor, desafiando o leitor a confiar no caos e a encontrar respostas e verdades no inverossímil - ou apesar dele. Se a identidade não deixa de existir ao se diluir em fantasias, onde então encontrá-la? Como recompor um indivíduo que se esconde em si, apartado por culpas e medos.

Opinião:
  Enrolei para vir aqui falar desse livro, quase tanto quanto enrolei para finalizar a leitura. E ambas enrolações tem o mesmo motivo. Não queria que terminasse pois estava adorando o livro e sabia que sentiria falta quando ele, enfim, chegasse ao fim. E sempre é difícil falar de algo que gostamos tanto (tenho problemas em expressar afeto).
  Vou falar o mínimo possível da história, um dos motivos desse ser um livro incrível é a forma que os fatos se desenrolam e se conectam, e tudo se conecta, de uma forma ou de outra. Começamos a leitura com o protagonista nos avisando que não tem absoluta certeza, na verdade tem grandes dúvidas, se tudo o que ele contará a seguir realmente aconteceu ou foi tudo uma grande alucinação. Depois disso somos atirados através do tempo e espaço, acompanhando diferentes versões dos mesmos personagens. Como se isso já não nos desse um delicioso nó cerebral, em determinado ponto versões de um determinado tempo-espaço vão parar em outros...
  O resto da história você descobre quando ler... (veja o book trailer e descubra onde comprar o livro).
  A história é conduzida de forma não linear (nem seria possível, diga-se de passagem) e tudo n os é contado por um dos melhores protagonistas que já tive o prazer de conhecer...
  Como já disse é difícil para mim falar desse livro pois tenho certeza que não conseguirei passar nem uma pequena porcentagem do que ele me fez sentir... É um livro que abrange os mais variados assuntos de uma forma única e magnífica. Ele fala sobre o amor, respeito e sabedoria. Expondo, sempre que cabe, um pensamento filosófico sobre a existência de todos nós e o funcionamento da mente humana.
  O livro é revestido em mistério e algo lhe é revelado, essa revelação apenas mostra que a coisa é mais profunda do que imaginávamos, a cada mistério solucionado, outros dois surgem para ocupar o seu lugar, temos reviravoltas, mas nada mirabolante e sem nexo... no final percebemos como fomos facilmente enganados enquanto todas as peças estavam na nossa cara e nem sequer pensamos em virá-las e montar o quebra-cabeça.
  Uma coisa que deve ser salientada é que o livro foi escrito, editado, revisado e produzido pelo Leon, e ele dá show em muito livro de grande editora, não encontrei um errinho sequer, e eu procurei.
  Não vou mentir, não é um livro totalmente fácil, mas ele é compreendido no passar das páginas e ao terminar a única dúvida que fica é quando esse cara vai escrever outro livro para podermos saborear um pouco mais a sua maravilhosa escrita.
  Recomendo fortemente, como a muito não recomendava algo por aqui, e espero que vocês tenham a maravilhosa oportunidade de ler essa maravilha em forma de livro.
  Só pra constar, adorei o título e o sentido dele.



domingo, 10 de julho de 2016

[PLMC] A Rouxinol e a Rosa - Oscar Wilde




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  Olá pessoas e animais que eventualmente saibam ler.
  Hoje vim falar sobre um conto que até pouco tempo jamais tinha sequer ouvido falar...
  Apesar de ter adorado O Retrato de Dorian Gray (depois da página 100, porque né) nunca fui atrás de ler outras coisas do autor. A um tempinho vi este vídeo e minha curiosidade foi desperta. Mas daquele jeito: "Ah, quero ler isso... se esbarar nele ou os céus se abrirem e uma edição que contenha essa história caia inexplicavelmente em frente a minha porta com um bilhetinho dizendo: 'Boa leitura' em uma caligrafia enfeitada com um 'dezinho' no canto inferior direito do papel" - Foi só lendo O Deserto Dos Meus Olhos (romance escrito pelo carinha do vídeo mencionado acima) que falei: "preciso ler, abram-se céus!!" E corri para a Amazon atrás desse conto e fico exultante ao ver que ele é vendido separadamente como e-book lá na loja... sem perder tempo já o baixei e li.
  No livro já mencionado esse conto é citado em uma das minhas cenas favoritas da história, e ele figura com o final de O Grande Gatsby em um certo diálogo. O fato é que acho que poucos livros tem uma frase final que sequer chegue perto da profundidade do fechamento do clássico americano - E assim prosseguimos, botes contra a corrente, impelidos incessantemente para o passado - apesar de não amar tanto assim a história em si.
  Mas chega de enrolação e vamos falar sobre o que viemos falar: Eu sabia que seria um conto seria triste, mas não imaginava que seria sobre as diferentes formas de ver o amor:

"Tudo o que eu lhe peço em troca é que você ame de verdade, posto que o Amor é mais sábio que toda a filosofia, e embora esta seja mais sábia e mais poderosa que o próprio Poder, o amor é, ainda assim, mais poderoso e mais sábio que ambos. Suas asas são vermelhas como o fogo e, como o fogo, é o seu corpo. Seus lábios são doces como o mel; e sua respiração é como um místico incenso."
"Que coisa tola o Amor é. Não possui a metade da utilidade que a lógica. Ele, por si, não prova nada, e sempre está nos fazendo acreditar em coisas que não irão acontecer, coisas que não são reais, coisas que jamais serão. De fato, o amor não é prático, e, nestes tempos, ser prático significa ser tudo. Portanto, eu voltarei para a filosofia e para a metafísica."
  Quem me conhece sabe que não tenho uma veia romântica e esse tipo de assunto costuma me desagradar. Mas o conto vai muito além da análise ao amor, se é verdadeiro ou não. Ele trata sobre bondade e sacrifício pelo que se acredita, sobre reconhecimento e ingratidão.
  É um conto que destrói corações (para quem já leu: me perdoem o trocadilho) e que estimulou meus canais lacrimais como não acontecia a um bom tempo.

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Maratona Literária Mistureba

 Oi povo,
  Hoje vim aqui para falar que vou (no caso, quando essa postagem for ao ar, estou) participar (participando) da Maratona Literária de Inverno 2016. Para saber como ela funciona assista o vídeo do Victor abaixo:
    Mas o fato é que eu também queria participar da Maratona Literária de Férias da Mell Ferraz, Ju Ciqueira e mais duas meninas que não costumo assistir:

  Mas como não estou de férias, nem estarei tão cedo - :'( - e já costumo participar das que o Victor faz vou fazer uma mistureba louca aqui.
  Me inscrevi apenas na MLI2016 e coloquei no formulário que não vou participar das semanas temáticas, mesmo assim vou escolher livros para encaixar nos temas, se vou ler nas semanas correspondentes é outra história, mas enfim... Vou escolher também livros para os desafios propostos pelas meninas. Resultado: Uma pilha totalmente irreal que jamais conseguirei ler em um mês, ou seja, uma meta inalcançável para não ficar triste quando não cumpri-la :p
  Enfim, vou mostrar primeiro os livros que escolhi para as semanas temáticas (que, repetindo, não prometo seguir)

Semana 1: Encalhados - Livros que estão fazendo aniversário na estante




  Para ajudar ainda vou escolher mais de um livro para cada categoria... As aventuras de Pi comprei a cerca de 2 anos porque tenho curiosidade pela história (pelo tempo que está parado vocês podem ver que não é tanta curiosidade assim) e porque estava por seis reais... A Garota que Eu Quero comprei por ser do Zusak, e não li até hoje porque, pelo que sei, ele é continuação de O Azarão e Bom de Briga, mas um amigo meu leu e disse que foi tranquilo, ele nem sequer sabia que existiam outros, então chega de enrolar, certo? E Deus Não Abandona é um dos primeiros livros que comprei (deve fazer uns 4 ou 5 anos) e sempre coloco ele nas maratonas e nunca leio...

Semana 2: Hype - Aqueles que todo mundo fala 


  Comprei Menina Má esse mês e estou louco para ler, afinal todo mundo está falando maravilhas dele, Objetos Cortantes está aqui porque o Hype em cima dele se encerrou a não muito tempo. E Um Brinde de Cianureto porque não existe autora mais "haypada" do que ela.

Semana 3: Outros Mundos - Realmente precisa de explicação?

  Essa eu imaginei que teria apenas uma opção, mas não... O Hobbit poderia muito bem entrar na primeira semana também, nem sei a quanto tempo já tenho esse livro e ainda está lacrado e intocado ali na estante, O Rei do Inverno já é mais recente e tenho muita vontade de conhecer o trabalho do autor... Já A Caçada é um livro que comprei por impulso recentemente e quando ele chegou vi que tem algo a ver com uma espécie estranha de vampiro (aff) então se encaixa aqui também...

Semana 4: Diversidade - De cultura, costume, etnia, etc.


  As Aventuras do Bom Soldado Svejk é um livro que tenho que ler ainda esse ano, mas ele é imenso então não tenho certeza se terei coragem de encarar ele durante a maratona, de qualquer forma fica aqui como opção. Já Will & Will está se deteriorando aqui sem eu nunca ter lido, acho que depois de Deus Não Abandona é o livro mais antigo não lido que tenho aqui.

  E agora o que pretendo ler para os desafios das meninas:

01. Um livro publicado antes de você ter nascido

  Essa, com certeza, é a categoria mais fácil... eu resolvi pegar um escrito beeem antes da minha avó nascer. A muito tempo tenho vontade de ler algo do Mark Twain, e porque não pelo que acredito que seja seu livro mais famoso?

02. Um livro que um amigo tenha recomendado


  A Nathany, uma grande e antiga amiga que trabalha na livraria Nobel na cidade onde eu morava me fez diversas indicações da última vez que nos encontramos, dentre essas indicações ela me falou do Gabo e lá também comprei esse livro, acho que vale, certo?

03. Um livro que você deveria ter lido na escola, mas não leu

  Pra esse tópico a lista é bem extensa, não li nenhum dos livros que a professora mandou (exceto uma adaptação de Amor de Perdição - odiei ) Mas como tenho Vidas Secas aqui a um bom tempo e realmente tenho interesse na história, porque não?

04. Um livro que se passa num lugar que você sempre quis visitar

  Memórias de Uma Gueixa se passa no Japão e é um livro que quero muito ler mas também tenho muito receio. Medo de me decepcionar...

05. Um livro com uma palavra como título

  Dentre as opções que tenho acho que o melhor é Indomável, do Nick... Consegui esse livro através de uma troca no Skoob a pouco tempo e tenho certeza que vou me emocionar, aprender e rir muito lendo ele.

06. Um livro que você pegou emprestado

  Todos sabemos que jamais conseguirei ler tudo isso, então não faz mal deixar uma categoria sem nada, certo?

07. Uma HQ (de qualquer tipo)

  Ler HQs não é novidade nenhuma para mim, mas como nessa maratona vou priorizar os livros vou colocar o terceiro volume de Bakuman, que é algo que não posso deixar de ler.

08. Um livro que se passa no brasil de um autor nacional

  Vamos ver se agora vai...

09. Um livro sobre viagem no tempo

  O principal conceito de Doctor Who é a viagem no tempo, então vou ler (ou não) O Prisioneiro dos Daleks ou Cidade de Morte, mas o mais provável é que seja esse.

10. Um livro para terminar em um dia

  E continuamos a insistir com John Boyne... Nesse desafio vou tentar ler Fique Onde Está e Então Corra porque a narrativa do autor é bem fluida, apesar de eu raramente gostar, realmente, de suas histórias.

  E foi isso povo. A maratona do Victor começa (começou, na verdade) no dia 03/07 e vai até 31/07.
 Já a das meninas começa 16/07 e vai até 14/08.
 Ou seja, a minha começou 03/07 e vai até 14/08, então se quiserem particiar da MLdeFérias2016 clica aqui e siga os passos certinho que ainda dá tempo ( a menos, é claro, que você esteja vendo essa postagem no futuro)
  Vocês vão participar de alguma dessas maratonas? Me digam aí nos comentários ;)

domingo, 3 de julho de 2016

Lidos em Junho de 2016

   Oi povo, hoje vim mostrar o que eu li no mês de junho (duvido que alguém suspeitou disso quando viu o título)
  Hoje separaremos em livros, quadrinhos (que também englobará mangás) e contos, já que aderi ao projeto Leia Mais Contos (percebeu a nova guia - PLMC - ali em cima?)
  Para ler minha opinião sobre os livros, basta clicar nas fotos deles, se houver postagem especifica sobre você será redirecionado, os nomes dos livros/contos(ou suas coletâneas)/quadrinhos estará linkado com a página de compra do mesmo no dite da Amazon, lembrando que se você comprar algo por esses links você estará ajudando o blog, recebo uma pequena comissão quando algo é comprado na loja através dos links que posto.
  Sem mais delongas, vamos aos livros:

Livros

  Li apenas quatro livros esse mês, e um deles já estava bem adiantado, e o outro era extremamente curto, o extremamente curto foi o Sejamos todos feministas, da Chimamanda Ngozi Adichie. Se dúvida o livro merece o destaque que vem recebendo, ela trata de um assunto onde muitos ainda têm receio em falar, ou acreditam que não é preciso abordar, o livro pode ser curto, mas tem um peso e importância insustentável.

  Depois finalmente li As Esganadas que ganhei a mais de um ano. O livro é muito bom, mas foi se tornando cansativo com o decorrer da leitura e acabei me arrastando bastante... não cheguei a me decepcionar, mas esperava ter gostado muito mais.

  Agora, o que realmente me decepcionou foi 2001: Uma Odisseia no Espaço. O livro é lento, enfadonho e tem o final mais ridículo que eu já vi em qualquer coisa. Decepção total.

  Com certeza uma das melhores leituras que fiz esse ano foi O Deserto dos Meus Olhos (e-book/livro físico), não vou falar muito dele porque, provavelmente o próximo post será minha opinião sobre esse livro maravilhoso.

Contos

  Aqui não tenho fotos para colocar, mas enfim:
  Li A Incursão do Liev Tolstói (sobre o qual já falei aqui), e o fato é que tenho pensado bastante nesse conto, não acho que o que escrevi sobre ele passe nem metade do que eu queria transmitir. É um conto sobre pacifismo, de certa forma. É um conto que ainda hoje, quase um mês depois da leitura, ainda fala muito comigo.
  Sobre os próximos não vou falar muito pois terão postagem específica:
  Li A Rouxinol e a Rosa, do Oscar Wilde, confesso que mais por causa d'O Deserto dos Meus Olhos do que qualquer outra coisa. Adorei.
  E por último também li O Homem que era só Metade, do Valter Hugo Mãe. Não é a melhor coisa do mundo, mas fiquei interessado no trabalho do autor.

Quadrinhos

  O primeiro quadrinho que li esse mês foi Superman. O que Aconteceu ao Homem de Aço? É um quadrinho antigo, razoavelmente. É como se fosse a última história do Superman, e confesso que me surpreendeu. Nunca duvidei do talento do Alan Moore (embora não seja tão fã dele como a maioria adoro V de Vingança). Super recomendo, mesmo que você não tenha um conhecimento profundo do personagem (eu não tenho). É uma história (estou falando da principal, existem mais uma ou duas histórias no encadernado que são boas também, mas são ofuscadas pela principal) comovente, até... acho inclusive que vou fazer um "Enquadrando" sobre ele.

  Li também o volume 31 da mensal dos X-men, onde começamos com uma história que estava sendo contada na mensal dos Guardiões da Galáxia, e eu não acompanho Guardiões da Galáxia... odeio quando fazes isso dona Panini... mas eu consegui me situar bem o suficiente com o resumo no início. Mas a edição vale mais pelo suposto treinamento de Jean proposto por Emma Frost e o início de uma improvável amizade.

  Logo em seguida li o volume 44 da mensal da Liga da Justiça (destaque para essa capa lindíssima) onde acompanhamos a chegada do Antimonitor à terra para travar sua luta contra Darkside e também continuamos acompanhando o Senhor Milagre em busca pela amazona mãe da filha de Darkside. A história termina de uma forma que... cadê a próxima edição????? A história dos Novos Titãs está frenética. Uma grande guerra civil divide a equipe, alguns a favor do Superboy, outros contra e mais alguns que nem sabemos qual é a verdadeira intenção. Voltei  ler a Liga da Justiça Unida e essa edição me lembrou bastante o Homem Animal do Jeff Lemire, ou seja, é muito bom, tomara que mantenha o nível.

  Li o segundo volume de One-Punch Man. Acho que é ainda melhor que o primeiro volume a história não teve grandes avanços e as revelações são mais cômicas do que qualquer outra coisa. O trabalho da editora está impecável e adorei o fato de o segundo volume também ter vindo com um marca páginas.

  Estou relendo Bakuman, se é que posso chamar de releitura. Graças a Amazon consegui completar minha coleção e ler direitinho. Comecei mês passado relendo o primeiro e esse mês li o segundo, que foi um dos que comprei para completar a coleção... Aqui a história já não é tão introdutória e os protagonistas já começam a trabalhar, de verdade, ficamos conhecendo um pouco o funcionamento do meio editorial e a concorrência que existe não apenas entre os autores mas também entre editores.

  E foi isso meu povo...

  Esse mês termos postagem nas quartas e domingos... vou participar da maratona literária de inverno do Victor Almeida, então vou deixar umas postagens prontas... inclusive um (se tudo der certo) vídeo com o que pretendo ler na maratona.
  e vocês? o que leram em junho? Vão participar da maratona? Me contem aí nos comentários...


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