quarta-feira, 22 de julho de 2020

[Opinião] Onde os Velhos Não tem Vez - Comarc McCarthy #290

https://www.skoob.com.br/onde-os-velhos-nao-tem-vez-5895ed5854.html
Editora: Alfaguara

Nº de Páginas: 256

Quote:
"Perdi vários amigos ao longo desses anos. Nem todos mais velhos de que eu. Uma das coisas que você descobre sobre ficar mais velho é que nem todo mundo vai envelhecer junto com você."

Sinopse:
  Escritor elogiado pela crítica, com os prêmios Faulkner Award, National Book Award e National Book Critics Circle Award no currículo, Cormac McCarthy apresenta em Onde os velhos não têm vez um "faroeste sem compaixão", que lembra os filmes de Quentin Tarantino, como bem comparou o jornal The New York Times. O livro mistura ação, suspense e violêncianuma prosa ágil e enxuta.
  Ambientado nos anos 80, na fronteira do Texas com o México, a trama tem três personagens centrais: Llwelyn Moss, um caçador que acidentalmente encontra um carro com corpos crivados de bala, um carregamento de heroína e mais de dois milhões de dólares abandonados no meio do deserto; o xerife Bell, encarregado de investigar o caso; e o psicopata Anton Chigurh, contratado por um cartel para reaver o dinheiro. Quando decide pegar o dinheiro e fugir, Moss passa de caçador a caça. A narrativa se transforma, então, em uma eletrizante história de suspense e perseguição, em que cada personagem parece determinado a encontrar a resposta à pergunta que um deles faz: como se decide o que sacrificar na vida?
  Cormac McCarthy conta a história em duas vozes narrativas distintas. A maior parte do texto é narrada em terceira pessoa, intercalada com as reminiscências do xerife Bell, em primeira pessoa. O personagem é porta-voz das reflexões de McCarthy sobre temas sempre presentes em sua obra, como niilismo e existencialismo. O xerife vocifera sobre como o país muda para pior, fala das pessoas que não têm mais boas maneiras, do aumento de crimes horríveis e de como ninguém "respeita mais a lei". Para a revista Publishers Weekly, "a ação do romance é arrebatadora, mas é a sabedoria do xerife Bell que faz do livro uma meditação profunda sobre a batalha do bem e do mal".


  Opinião:
  Ainda vai demorar uns bons três ou quatro meses - não fiz as contas - para essa postagem ser publicada, mas já quero deixar registrado que esse livro é maravilhoso, comecei a ler ele no dia 2 de janeiro, cerca de 16h, e a história é tão envolvente, o autor tem uma escrita tão maravilhosa, que simplesmente não consegui larga-lo antes de concluir a leitura, por volta da cinco da manhã, não lembro qual foi o último livro que teve tal efeito sobre mim.
  Aqui conhecemos Llwelyn (êta nominho), que para facilitar vamos chamar de Moss, ele é um caçador que vive próximo da divisa com o México, um dia, enquanto caçava pelo deserto ele acaba encontrando alguns carros largados, ao se aproximar vê que estão praticamente todos mortos, e que não está morto está morrendo, tanto que lhe pede água e ele com toda a sua amabilidade e coração mole simplesmente ignora o moribundo e, depois de ver que tem um carregamento de droga e uma maleta com MUITO dinheiro ele pega o dinheiro e vai embora.
  Assim começa uma caçada, Moss passa a ser perseguido tanto pela polícia quanto pelos donos do dinheiro.
  A narrativa é frenética, o livro é simplesmente incrível e impossível de largar, o autor cria seus personagens de forma que mesmo que os defeitos fiquem bem expostos ainda torcemos para eles (no caso do Moss, não tinha como torcer para ele e pelos outros também)
  É uma história que transborda sangue, e é tudo descrito de uma forma bem mais crua do que livros cheios de morte, mas voltados ao público mais jovem fazem (como Jogos Vorazes, por exemplo).
  Para quem gosta daqueles filmes de bang bang isso aqui é um prato cheio, cheio de ação e violência.
  Houve uma adaptação em 2007 chamada, no Brasil, de Onde os Fracos Não tem Vez, dirigido pelos irmãos Coen que fizeram um trabalho brilhante, mas mesmo que o filme seja bastante fiel e tenha até o próprio autor como roteirista o livro é muito superior.
  Ele tem sim suas mensagens filosóficas e ensinamentos, mas confesso que me encantei mesmo foi pela escrita e pela história, já quero ler outras coisas do autor.
Foto -Charles McCarthy, Jr.

2 comentários:

  1. Quanta resenha por aqui, não é mesmo?!

    Gostei do quote inicial.
    Não sei se leria esse livro, nunca se sabe. Ao ler seus comentários lembrei da serie Breankig Bad, conhece?

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    Respostas
    1. Oi Kelly!
      Pois então hehe...
      Eu curti demais o livro, mas não sei se ele te agradaria mesmo, como posso dizer isso?? Ele é o tipo de livro feito para marmanjo, sabe?
      Já ouvi falar muito sobre Breaking Bad, sei a premissa... mas nunca assisti

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