quinta-feira, 6 de novembro de 2014

[Marca Texto] Não Brinque Com Fogo - John Verdon

  Não é segredo pra ninguém que adoro livros policiais, nem que um dos meus autores favoritos é John Verdon... e talvez alguns não saibam mas o livro que menos gosto dele é Não Brinque Com Fogo (sobre o qual já falei aqui), independente disso hoje vim "criticar" um do projetos do nosso governo federal com uma citação desse livro...

"Não é a vítima que acorda numa cama vazia, numa casa vazia. Não é ela que sonha ainda estar viva e acorda com a dor de perceber que não é verdade. Não é ela que sente a fúria repugnante, o sofrimento causado pela sua morte. Não é ela que tem que ver a cadeira vazia junto á mesa, ouvir sons que parecem sua voz. Não é ela que vê o armário cheio de suas roupas... Não é ela que sente a agonia de perder a coisa mais importante da sua vida."
"Vocês já ouviram falar em dor fantasma? Que acontece com pessoas amputadas?Os que ficam sentem o mesmo com o assassinato. Como a dor num membro que não existe mais, uma dor insuportável num lugar vazio."

  Quem de vocês tem conhecimento sobre o Auxílio Reclusão (acho que é com hífen, mas o corretor não se manifestou então vou deixar assim mesmo)?
  Tenho um problema com essa lei, ao contrário do que se fala por aí, não se trata de R$ 971,78 por filho do presidiário, o presidiário deve ter tido um emprego antes de ser recolhido ao cárcere e contribuído com o INSS para que sua esposa e filhos (menores de 21 anos) possam receber o benefício, cujo o teto é R$ 971,78, distribuído igualmente entre os beneficiados (lê-se, dependentes do preso)...
  O meu problema com esse benefício (que chamei de lei acima, mas é um benefício e programa social, não exatamente uma lei) é o seguinte: Suponhamos que o recluso matou um chefe de família, como ele contribuiu por um tempo x com o INSS seus dependentes recebem o auxílio, mas e a família da vítima? Eles podem receber uma pensão, dependendo da ocupação que o falecido tinha, mas suponhamos que fosse um pobre homem pai de cinco filhos pequenos com uma mulher deficiente que trabalhava por conta em um bairro pobre onde nem sequer recebia o tal Bolsa Família (cuja distribuição deveria ser mais bem feita, tem muito vagabundo vivendo as custas do governo enquanto gente que realmente precisa não consegue ter acesso). Como eles ficam... além da dor de perder um ente querido não têm condições de se manter... e nem precisa ser uma família solitária sem amigos ou parentes com uma renca de filhos e uma mãe impossibilitada de trabalhar... podemos ser bem menos extremistas... a família do criminoso não tem culpa de ele ser um vagabundo? não, não tem... mas a família da vítima tem culpa de ele ter sido assassinado??

Prometo que o próximo marca texto não terá nada a ver com política :p

6 comentários:

  1. Oi Rudi a pouco tempo votei numa ENQUETE da Câmara, que trocaria o beneficiado do Auxilio,em vez de os dependentes do criminoso, as vitimas!
    Vota lá!
    Bjs da Le
    Le Versos & Controvérsias

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  2. Oi, Rudi! Cara, sou muito desinformado... acredita que eu não sabia da existência dessa lei (benefício)? Concordo com você! Seria mais justo se a família da vítima que recebesse o benefício! Ótimo post!

    Abraço

    http://tonylucasblog.blogspot.com.br/

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    Respostas
    1. Vota ali na enquete que a Letícia falou... o bom senso tá ganhando mas é sempre bom dar uma forcinha ;)

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  3. eu sinto uma aflição com essas verdades! continue comentando, com algo realmente necessário de ser lido/ouvido, seus marca textos! vou ali votar na tal enquete e estou absurdamente preocupado.

    gabryel fellipe

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    Respostas
    1. Muito obrigado Gabryel... a gente pode mudar o país independente de quem for o cabeça do mesmo

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