domingo, 10 de julho de 2016

[PLMC] A Rouxinol e a Rosa - Oscar Wilde




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  Olá pessoas e animais que eventualmente saibam ler.
  Hoje vim falar sobre um conto que até pouco tempo jamais tinha sequer ouvido falar...
  Apesar de ter adorado O Retrato de Dorian Gray (depois da página 100, porque né) nunca fui atrás de ler outras coisas do autor. A um tempinho vi este vídeo e minha curiosidade foi desperta. Mas daquele jeito: "Ah, quero ler isso... se esbarar nele ou os céus se abrirem e uma edição que contenha essa história caia inexplicavelmente em frente a minha porta com um bilhetinho dizendo: 'Boa leitura' em uma caligrafia enfeitada com um 'dezinho' no canto inferior direito do papel" - Foi só lendo O Deserto Dos Meus Olhos (romance escrito pelo carinha do vídeo mencionado acima) que falei: "preciso ler, abram-se céus!!" E corri para a Amazon atrás desse conto e fico exultante ao ver que ele é vendido separadamente como e-book lá na loja... sem perder tempo já o baixei e li.
  No livro já mencionado esse conto é citado em uma das minhas cenas favoritas da história, e ele figura com o final de O Grande Gatsby em um certo diálogo. O fato é que acho que poucos livros tem uma frase final que sequer chegue perto da profundidade do fechamento do clássico americano - E assim prosseguimos, botes contra a corrente, impelidos incessantemente para o passado - apesar de não amar tanto assim a história em si.
  Mas chega de enrolação e vamos falar sobre o que viemos falar: Eu sabia que seria um conto seria triste, mas não imaginava que seria sobre as diferentes formas de ver o amor:

"Tudo o que eu lhe peço em troca é que você ame de verdade, posto que o Amor é mais sábio que toda a filosofia, e embora esta seja mais sábia e mais poderosa que o próprio Poder, o amor é, ainda assim, mais poderoso e mais sábio que ambos. Suas asas são vermelhas como o fogo e, como o fogo, é o seu corpo. Seus lábios são doces como o mel; e sua respiração é como um místico incenso."
"Que coisa tola o Amor é. Não possui a metade da utilidade que a lógica. Ele, por si, não prova nada, e sempre está nos fazendo acreditar em coisas que não irão acontecer, coisas que não são reais, coisas que jamais serão. De fato, o amor não é prático, e, nestes tempos, ser prático significa ser tudo. Portanto, eu voltarei para a filosofia e para a metafísica."
  Quem me conhece sabe que não tenho uma veia romântica e esse tipo de assunto costuma me desagradar. Mas o conto vai muito além da análise ao amor, se é verdadeiro ou não. Ele trata sobre bondade e sacrifício pelo que se acredita, sobre reconhecimento e ingratidão.
  É um conto que destrói corações (para quem já leu: me perdoem o trocadilho) e que estimulou meus canais lacrimais como não acontecia a um bom tempo.

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