domingo, 6 de outubro de 2019

[Opinião] O Instituto - Stephen King #253

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Editora: Suma deLetras

N° de páginas: 544

Quote:

"Aquele abraço era tudo, ao menos para Tim. Ele queria dizer para Luke que ele era corajoso, talvez o garoto mais corajoso que existe fora de um livro de aventura para crianças. Queria dizer para Luke que ele era forte e bom e que seus pais teriam orgulho dele. Queria dizer para Luke que o amava. Mas não havia palavras e talvez não houvesse necessidade delas. Nem de telepatia. Às vezes, um abraço era telepatia."

Sinopse:
  No meio da noite, em uma casa no subúrbio de Minneapolis, um grupo de invasores assassina os pais de Luke e sequestra silenciosamente o menino de doze anos. A operação leva menos de dois minutos. Quando Luke acorda, ele está no Instituto, em um quarto que parece muito o dele, exceto pelo fato de que não tem janela. E do lado de fora tem outras portas, e atrás delas, outras crianças com talentos especiais, que chegaram àquele lugar do mesmo jeito que Luke. O grupo formado por ele, Kalisha, Nick, George, Iris e o caçula, Avery Dixon, de apenas dez anos, está na Parte da Frente. Outros jovens, Luke descobre, foram levados para a Parte de Trás e nunca mais vistos.
   Nessa instituição sinistra, a equipe se dedica impiedosamente a extrair dessas crianças toda a força de seus poderes paranormais. Não existem escrúpulos. Conforme cada nova vítima vai desaparecendo para a Parte de Trás, Luke fica mais e mais desesperado para escapar e procurar ajuda. Mas até hoje ninguém nunca conseguiu fugir do Instituto.
Tão aterrorizante quanto A incendiária e tão espetacular quando It: a Coisa, este novo livro de Stephen King mostra um mundo onde o bem nem sempre vence o mal.


Opinião:
  Antes de mais nada quero dizer que, excepcionalmente nessa postagem a foto do livro e a do autor não são links para as respectivas páginas do mesmo no Skoob, apenas porque o Skoob está bugado no dia que escrevo isso.
  Essa é a primeira postagem "especial" de dia das crianças, esse não é um livro infantil, longe disso, mas é um livro com um belo núcleo de protagonistas formado por crianças.
  Começamos conhecendo Luke, um menino brilhante, ele tem memória eidética o que faz com que ele lembre de tudo, algo muito útil nos estudos, como ele adora ler ele tem muito conhecimento guardado naquela cabecinha valiosa dele, tanto que aos 12 anos já é aceito em duas faculdades diferentes. Depois de conhecermos um pouco Luke, sua família e sua vida vemos a casa do garoto ser invadida enquanto ele dormia, os invasores sedam o garoto para que ele não acorde, matam os pais e plantam sutis evidências que apontam o garoto como responsável pelos crimes, e depois o levam embora.
  Luke acorda em uma cama igual a sua, em um quarto igual ao seu, mas ele percebe que o pôster não tem um pequeno rasgo que o dele tinha, entre outros pequenos detalhes (memória eidética, lembra?) Ah, sim, o fato do novo quarto não ter janelas contribui bastante para que Luke perceba que não está mais em casa.
  Como a sinopse já revela o motivo do garoto ter sido levado vou parar de alar do enredo e falar sobre o que eu achei do livro: Eu gostei, bastante... mesmo que em alguns momentos eu tenha começado a acha-lo cansativo o autor conseguiu me manter interessado por todas as suas quinhentas e tantas páginas.
  Os personagens são todos muito bem desenvolvidos, já é de conhecimento de todo "leitor fiel" como o autor gosta de nos chamar, que ele é um ótimo criador de personagens, a forma como é tratada a questão dos poderes das crianças é convincente, na medida do possível, óbvio e a crueldade e indiferença ao sofrimento das crianças demonstrado pelos adultos é angustiante.
  Acho que não passei três capítulos sem lembrar da imagem do Capitão América dizendo "eu entendi a referência", o livro não faz apenas ligação a outras obras do autor, como 'Salém, mas a adaptações, como o controverso filme de O Iluminado.
"No corredor principal, que Luke entendia agora como a ala dos residentes, as gêmeas Gerda e Greta estavam paradas, com olhos arregalados e assustados. Estavam de mãos dadas, segurando bonecas idênticas, como elas. Fizeram Luke pensar nas gêmeas de um filme antigo de terror."
  E também a outras obras:
  "Não estamos mais no Kansas nem na Ilha dos Prazeres, pensou Luke. É o País das Maravilhas. Alguém entrou no meu quarto no meio da noite e me jogou no buraco do coelho."
  Além de citar muitos livros, renderia até um projeto.
  O motivo da existência do Instituto é mencionado em diversos momentos mas só é explicado com todos os detalhes próximo ao final da história, e é um discurso do tipo "os fins justificam os meios" onde eles basicamente sacrificam a geração que deveriam impulsionar para evitar possíveis desastres que eles consideram inevitáveis, e a explicação do porquê dessa crença é sim razoável, mas né... os meios são totalmente inadmissíveis.


2 comentários:

  1. Ótima resenha! Você escreve muito bem - já te disse isso.

    Agora, que medo dessa foto do autor kkkkkk sombrio!

    Abs.

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    Respostas
    1. Eu não concordo, mas obrigado hahaha

      Eu também achei a foto medonha, por isso mesmo postei ela, hahaha

      Excluir

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