sábado, 6 de junho de 2020

[Opinião] Altos Voos e Quedas Livres - Julian Barnes #281

Compre pela Amazon e ajude a manter o blog
Editora: Rocco
N° de Páginas: 128

Quote:
"Há dois tipos básicos de solidão: a que resulta de não se ter encontrado alguém para amar. E o que resulta de ter sido privado da única pessoa que amou."

Sinopse:
  Em seu mais recente livro, o prestigiado autor inglês Julian Barnes parte dos primórdios do balonismo - tendo como ponto de partida as histórias do coronel inglês Fred Burnaby, da atriz francesa Sarah Bernhardt e do fotógrafo Félix Nadar - para chegar a um testemunho contundente sobre o luto. Vencedor do Booker Prize por O Sentido de Um Fim, também publicado pela Rocco, o autor apresenta, em Altos Voos e Quedas Livres, um comovente relato sobre a dor que se seguiu à morte de sua mulher, em 2008, e mistura, com sua prosa elegante, ensaio, ficção histórica e autobiografia.
Opinião:
  Depois que li o incrível O Sentido de Um Fim fiquei curioso para conhecer outras obras do autor, e quando encontrei este disponível para troca no Skoob não pensei duas vezes.
  Apesar de ser bem curtinho o livro consegue trazer não apenas uma, mas três histórias, aparentemente sem ligação, a primeira vista. No começo acompanhamos a história de um cara (vou chamar todos de "um cara" ou "uma mulher" porque não me lembro do nome deles, e pra ser bem sincero não fiz questão de pesquisar pra lembrar melhor) apaixonado por fotografia, na época da popularização, se é que posso chamar assim, do balonismo, quando a humanidade começou a voar.
  Na segunda história acompanhar um romance (chaaaato) entre uma atriz e um cara, que nem lembro se é ou não o mesmo cara da primeira história, mas ele mexe com balonismo também, inclusive essa segunda história traz muita informação sobre o assunto, e os personagens discutem sobre o "futuro da aviação estar ou não nas máquinas mais pesadas que o ar", da mesma forma que a primeira história fala bastante de fotografia.
  Na terceira história temos mais um desabafo do autor, esse livro foi escrito pouco depois de ele perder a esposa, então essa terceira parte vai falar principalmente sobre luto, e é a parte mais sentimental do livro.
  Apesar de interessante, o livro me cansou, eu custei perceber a mudança de narrativa, ficava só pensando "de onde raios esse povo saiu?" e já estava desanimado com a leitura antes de chegar na terceira parte, que apesar de reconhecer a beleza e sensibilidade, além de toda emoção nela presente... eu só queria que terminasse. Nunca um livro tão curto me cansou tanto.
  Ele é bastante instrutivo, isso é inegável, e eu adoraria dizer que tive empatia pelo autor para ler todos os sentimentos que ele expôs no livro por não ter conseguido expressar aos seus parentes próximos. Compreendo a dor dele, mas se o livro fosse só a terceira parte, ou a primeira e a terceira (para justificar a fotografia e o balonismo) acho que ele seria bem melhor.
  Sei que a segunda parte, com o romance e tudo mais (sem comentários sobre as cachorragens do cidadão) tem seu peso afinal, é sobre a perda da pessoa amada que será tratado adiante mas, sinceramente... não curti.
  Como sempre eu acho que vocês deveriam, sim, ler (sei que desanimei, mas sua experiência pode ser diferente,né?) e tirar suas próprias conclusões. Não me desfiz do livro porque pretendo dar mais uma chance em algum momento, em um futuro não próximo.
Porque eu sou bonzinho

Um comentário:

  1. Oi Rudi! Quanta resenha por aqui!!! Peraaa que eu vou lendo devagar :)

    Essa é a primeira vez que leio uma resenha negativa sua que me dá vontade de ler o livro. Sei não, acho que vou ter uma opinião diferente... Vou add no Skoob.

    Abs.

    ResponderExcluir

Talvez você goste de:



Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...