sábado, 6 de fevereiro de 2021

[Opinião] As Alegrias da Maternidade - Buchi Emecheta #328

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Editora: Dublinense (Edição Especial TAG: Experiências Literárias)

N° de Páginas: 308

Quote:
  "Nnaife não percebia que o sorriso do Dr. Meers era inspirado por aquele tipo de crueldade que reduz qualquer homem, branco ou preto, inteligente ou não, a um novo nível de baixeza; mais baixo que o mais inferior dos animais, pois os animais pelo menos respeitam os sentimentos uns dos outros, a dignidade uns dos outros."

Sinopse:
   Nnu Ego, filha de um grande lider africano, e enviada como esposa para um homem na capital da Nigéria. Determinada a realizar o sonho de ser mãe e, assim, tornar-se uma "mulher completa", submete-se a condições de vida precárias e enfrenta praticamente sozinha a tarefa de educar e sustentar os filhos. Entre a lavoura e a cidade, entre as tradições os igbos e a influência dos colonizadores, ela luta pela integridade da família e pela manutenção dos valores do seu povo.

Opinião:
  É triste ver o povo deturpando tanto uma coisa né?
  Vejo muita gente falando desse livro como se o título fosse uma ironia, como se ele fosse um manifesto contra a maternidade, o papel da mulher e toda essa baboseira que os militantes políticos gostam de usar pra deturpar valores e princípios...
  É fato inegável que a protagonista sofre o suficiente pra umas 3 ou 4 vidas inteiras, é fato que seus filhos são sim um tanto desnaturados, mas a força de Nnu Ego em correr atrás do sonho de ser mãe e manter sua família unida é algo belo. Ela luta pelas tradições e crenças de seu povo, e o mesmo pessoalzinho que diz que a cultura dela deveria ser diferente é o que deem missionários por pregar aos povos indígenas...
  A história começa com a mãe de Nnu Ego, uma mulher indomável que acaba morrendo ao dar a luz, Nnu Ego é a filha favorita do pai, pois a conquista de sua mãe foi a maior batalha de sua vida e a que ele mais se orgulha de ter vencido, mas Nnu Ego cresce e sonha com sua família e seus filhos. O livro se passa em uma cultura tribal, então não será Nnu Ego quem escolherá seu marido, mas isso não é um grande problema... pelo menos não até ela perceber que não consegue manter uma gravidez, o que acaba sendo o principal motivo de sua infelicidade, não o único... mas o principal. 
  A história continua com Nnu Ego sendo devolvida ao pai, que vai arrumar outro marido e finalmente poderá ter seus filhos...
  É uma história muito diferente de tudo que já havia lido, o ambiente tribal me era estranho e seus costumes e crenças completamente novidade.
  Sem sombra de dúvida, não é um livro que vai figurar na minha lista de favoritos, é  um livro triste e sofrido, mas que exalta a maternidade, a menos que voce queira enxergar por outro lado, mas a própria protagonista diz que queria ter filhos para se tornar uma "mulher completa" sei que não é o sonho de todas, mas quando vejo a sociedade atual maledizendo o dom da vida, a capacidade de trazer uma nova vida ao mundo (apesar de o mundo estar indo de mal a pior) tudo em nome da libertinagem e irresponsabilidade me vejo pensando que os chamados "selvagens" podem ser muito mais civilizados do que estamos sendo...




2 comentários:

  1. Olha, se não fosse eu ler essa sua resenha, sério, eu nunca iria ler esse livro. Lembro muito bem do barulho que esse livro fez. Todas as opiniões que ouvi e li sobre ele me fizeram pensar algo tão distante, que puxa vida viu.

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    Respostas
    1. Pois é Kelly. Também vi gente exaltando o livro mas levando a história para um viés completamente diferente, mas é aquela coisa, cada um interpreta do jeito que quiser, mas me surpreendi encontrando algo tão diferente do que esperava.

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