N° de Páginas: 308
Quote:
"Nnaife não percebia que o sorriso do Dr. Meers era inspirado por aquele tipo de crueldade que reduz qualquer homem, branco ou preto, inteligente ou não, a um novo nível de baixeza; mais baixo que o mais inferior dos animais, pois os animais pelo menos respeitam os sentimentos uns dos outros, a dignidade uns dos outros."
Sinopse:
Nnu Ego, filha de um grande lider africano, e enviada como esposa para um homem na capital da Nigéria. Determinada a realizar o sonho de ser mãe e, assim, tornar-se uma "mulher completa", submete-se a condições de vida precárias e enfrenta praticamente sozinha a tarefa de educar e sustentar os filhos. Entre a lavoura e a cidade, entre as tradições os igbos e a influência dos colonizadores, ela luta pela integridade da família e pela manutenção dos valores do seu povo.
Opinião:
É triste ver o povo deturpando tanto uma coisa né?
Vejo muita gente falando desse livro como se o título fosse uma ironia, como se ele fosse um manifesto contra a maternidade, o papel da mulher e toda essa baboseira que os militantes políticos gostam de usar pra deturpar valores e princípios...
É fato inegável que a protagonista sofre o suficiente pra umas 3 ou 4 vidas inteiras, é fato que seus filhos são sim um tanto desnaturados, mas a força de Nnu Ego em correr atrás do sonho de ser mãe e manter sua família unida é algo belo. Ela luta pelas tradições e crenças de seu povo, e o mesmo pessoalzinho que diz que a cultura dela deveria ser diferente é o que deem missionários por pregar aos povos indígenas...
A história começa com a mãe de Nnu Ego, uma mulher indomável que acaba morrendo ao dar a luz, Nnu Ego é a filha favorita do pai, pois a conquista de sua mãe foi a maior batalha de sua vida e a que ele mais se orgulha de ter vencido, mas Nnu Ego cresce e sonha com sua família e seus filhos. O livro se passa em uma cultura tribal, então não será Nnu Ego quem escolherá seu marido, mas isso não é um grande problema... pelo menos não até ela perceber que não consegue manter uma gravidez, o que acaba sendo o principal motivo de sua infelicidade, não o único... mas o principal.
A história continua com Nnu Ego sendo devolvida ao pai, que vai arrumar outro marido e finalmente poderá ter seus filhos...
É uma história muito diferente de tudo que já havia lido, o ambiente tribal me era estranho e seus costumes e crenças completamente novidade.
Sem sombra de dúvida, não é um livro que vai figurar na minha lista de favoritos, é um livro triste e sofrido, mas que exalta a maternidade, a menos que voce queira enxergar por outro lado, mas a própria protagonista diz que queria ter filhos para se tornar uma "mulher completa" sei que não é o sonho de todas, mas quando vejo a sociedade atual maledizendo o dom da vida, a capacidade de trazer uma nova vida ao mundo (apesar de o mundo estar indo de mal a pior) tudo em nome da libertinagem e irresponsabilidade me vejo pensando que os chamados "selvagens" podem ser muito mais civilizados do que estamos sendo...
Olha, se não fosse eu ler essa sua resenha, sério, eu nunca iria ler esse livro. Lembro muito bem do barulho que esse livro fez. Todas as opiniões que ouvi e li sobre ele me fizeram pensar algo tão distante, que puxa vida viu.
ResponderExcluirPois é Kelly. Também vi gente exaltando o livro mas levando a história para um viés completamente diferente, mas é aquela coisa, cada um interpreta do jeito que quiser, mas me surpreendi encontrando algo tão diferente do que esperava.
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