terça-feira, 26 de janeiro de 2021

[Opinião] Para que não seja Esquecido - Peter Anton com Kelly Oliveira Barbosa #327

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Editora: Penalux

N° de páginas: 151

Quote:
"Não foi uma infância feliz. Foi uma infância estranha, como estranha era a vida em geral naquela época. Não ficará pedra sobre pedra da sociedade que recebeu o pior dos vendavais causados pelo homem que já se ouviu falar. E nada do que se ouvir sobre a Segunda Guerra é suficiente para descrever o que ela foi de fato."

Sinopse:
    "Quando nasci, em Setembro de 1943, meus pais estavam morando na Áustria. Haviam fugido da Romênia no começoda invasão russa e estavam tentando se estabelecer, porém acabaram, como toda aquela geração, sendo tratados pelo mais terrível vendaval de catástrofes que passava pela Europa. Contra a vontade deles, se tornaram vítimas e testemunhas, simultaneamente, da total derrota da razão e da cruel Vitória da insanidade. Naquele mesmo ano, meu pai foi enviado em combate pela Wehrmacht nazista para algum lugar do globo, perdendo o total contato com a minha mãe, que não demoraria a sofrer os efeitos dos primeiros ataques aéreos à cidade de Viena."
"...um dos flagelos da guerra é justamente esse: para aqueles que continuam vivos, o tempo não para."

Opinião:
  Se houvesse uma premiação para o livro que mais me surpreendeu nesse último ano o vencedor, sem dúvida, seria esse.
  O livro conta as memórias do Peter Anton, que contou sua história para a Kelly e ela as passou para o papel de forma magistral! Conheço a Kelly há um bom tempo, é uma grande amiga que fiz graças ao blog, você pode conferir o blog dela Clicando aqui
  Enquanto eu lia o livro fiz questão de esquecer que o mesmo era escrito pela Kelly para que isso não influenciasse meu julgamento. E posso dizer que consegui ignorar esse fato com sucesso.
  Como disse, o livro narra as memórias de Peter Anton. Quem é Peter Anton? Você deve estar se perguntando, ele é alguém que você não vê na mídia, é um senhor austríaco que migrou para o Brasil com os pais depois da segunda guerra.
  Mas muito mais que a história de Peter, o livro narra a história de sua família, com seu pai sendo levado para a guerra, com os horrores, não apenas do fascismo mas também, e provavelmente mais profundamente, do comunismo com o qual o autor teve que lidar, além da sua adaptação em um país com uma cultura tão diferente da sua, como o Brasil.
  A história é envolvente e contada de forma prática, como uma conversa que flui normalmente, mas com uma beleza inegável. A forma com que a Kelly resolveu contar essa história dá a ela uma beleza delicada sem mascarar os horrores pelos quais o "protagonista" passou.
  Em diversos momentos você se sente tão próximo e envolvido com a história de Peter que você só que abraçá-lo e chorar com ele... mesmo que só você esteja chorando.
  O mundo está entupido de livros sobre a segunda guerra, mas o que torna esse diferente, além do ponto de vista único de uma pessoa comum, é que a guerra, por mais que seja um evento marcante na vida da família, não é o ponto Central e nem dura o livro todo.
  É uma história envolvente e emocionante que vai fazer não com que você se sinta abraçado, mas com vontade de abraçar. Esperando ansiosamente o próximo livro da Kelly.





2 comentários:

  1. Muito obrigada por todo incentivo e apoio, Rudi. Escrever é uma das coisas mais difíceis que já me propus na vida, ainda assim, para mim é inevitável.
    O próximo está a caminho!

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