Charlie, é impossível aceitar que sua morte seja celebrada. Você nunca fez mal a ninguém. Sempre estendeu a mão, sempre quis ouvir, sempre buscou construir pontes entre pessoas que pensavam diferente. E ainda assim, houve quem aplaudisse sua morte. Isso não é apenas absurdo — é desumano.
A mídia, ao rotulá-lo de extremista, ao distorcer fatos e reduzir sua humanidade a um rótulo, alimenta o ódio que agora culminou na sua perda. E aqueles que comemoram sua morte mostram até que ponto a cegueira ideológica pode levar: perderam a capacidade de pensar, de refletir, de sentir empatia. Celebrar a destruição de alguém que apenas queria ouvir é uma ferida na própria civilização que você tanto valorizava.
Dialogar com esses que festejam seu desaparecimento parece inútil — é lançar pérolas aos porcos. Mas nossa força não está na tentativa de convencer os cegos pelo ódio. Nossa força está em lembrar da verdade, em preservar fatos, em manter viva a memória de quem, como você, buscou unir e não dividir.
A dor e a revolta que sentimos podem ser transformadas em ação: registrar, escrever, refletir, construir. Mesmo diante da injustiça, podemos escolher não nos tornar como aqueles que comemoram a violência. Podemos escolher honrar sua vida sendo fiéis ao que você defendia: diálogo, escuta, civilidade.
Você se foi, mas sua coragem de falar, de ouvir e de tentar unir permanece. E é nela que encontramos esperança — a esperança de que ainda é possível ser humano, mesmo quando o mundo parece ter perdido a razão.
Que Deus o receba de braços abertos, sua missão foi cumprida e seu legado fará parte da humanidade, daquela parcela que ainda sabe o que isso significa, pelo menos. Você plantou a semente e será lembrado, assim como era seu desejo, pela sua coragem e pela sua fé.
Palavras simples e de uma força revigorante, Rudi. Obrigada por externar esse sentimento que move a muitos. O Senhor nos deu, o Senhor o retirou.
ResponderExcluirVerdade Elis. Ele completou a missão dele aqui. Que Deus conforte e fortaleça a família e nos dê uma ousadia comparável a que ele teve
ExcluirDefinitivamente, uma pessoa para se admirar. Independente das posições políticas, a capacidade de dialogar com o opositores foi algo que ele soube refinar ao longo do tempo.
ResponderExcluirMuito triste o acontecido. Me pareceu daqueles fatos históricos que antecederam algumas guerras, cruzou-se uma linha... Foi um divisor de águas com certeza. O começo do fim de uma era e a chegada de algo pior? Só Deus sabe?
ResponderExcluirConcordo, Kelly. Definitivamente isso foi um marco. Um grande homem que deixa um grande legado
Excluir