domingo, 26 de outubro de 2025

[Opinião] Entrevista com o Vampiro - Anne Rice #562

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"Mas lhe contarei um segredo, se é que posso fazê-lo, que se aplica não somente a vampiros, como generais, soldados e reis. A maioria de nós prefere ver alguém morrer a suportar uma indelicadeza em nossa própria casa."

    Então... finalmente li esse livro... e não sei se não era melhor ter adiado mais uns... sei lá... oitenta anos...
  Não odiei o livro, mas foi meio decepcionante.
  É difícil um livro de vampiros me empolgar, e aqui, a parte dos vampiros é até interessante... inclusive o livro é sobre a maldição de ser eterno, a solidão que isso acarreta, ver todos de quem gosta morrerem e como uma vida sem propósito, sem sentido, pode ser pior do que a morte.
  Aqui conhecemos Louis, um vampiro que aborda um jornalista com intenção de se alimentar, mas então ele muda de ideia e resolve contar sua história ao homem, e aí vamos conhecer o Louis ainda humano, no século XVIII, podre de rico... até que chega Lestat, um vampiro detestável, desprezível e odioso... que leva seu pai humano para morar com ele e Louis, depois de transformar o protagonista.
  Uma coisa do mito do vampiro que muito se perdeu nos últimos anos, é que ele é a pura representação do mal, mas como tudo tem que ser relativizado hoje em dia, temos muitos vampiros conscientes, com alma... isso já me dá um bom tanto de preguiça... outra coisa é que o vampiro exerce um fascínio nas vítimas, uma hipnose que as confunde para que ele possa se alimentar, e aqui até temos isso, mas os vampiros desse livro são todos metrossexuais que cativam muito mais baseados na sensualidade... inclusive, um dos principais problemas do livro.
  Por serem eternos (enquanto não peguem fogo ou vejam o sol, pelo menos) eles procuram a companhia de outros vampiros, então temos uma relação muito esquisita de ódio e luxuria entre Louis e Lestat (no caso desses dois, muito mais ódio do que luxúria) e depois teremos a introdução de uma vampira, uma menina de 5 anos que é transformada por Lestat, depois que Louis se alimenta dela... ela foi transformada com 5 anos de idade... então ela terá para sempre essa idade, pelo menos fisicamente.
  Essa vampira se chama Claudia, ela está bem longe de ter os escrúpulos que Louis tem, não exita nem por um segundo antes de matar alguém... e depois de anos sendo tratada como uma filha por Louis e Lestat, ela também começa a ocupar um lugar meio que de amante de Louis... ela se comporta como uma mulher adulta, sim... mas pra todos os efeitos er... biológicos... ela ainda é uma criança de 5 anos... em vários momentos esse livro me lembrou muito Lolita... que deve ser o livro mais traumático que já li....
   Não vou mencionar os detalhes da história conforme ela se encaminha para o final, os novos personagens que aparecem e tals... mas não gostei deles também... a autora faz parecer que são todos com carência em excesso e ansiosos pelo próximo intercurso... não curti.

Anne Rice cresceu em New Orleans vivendo num espectro de estimulação física e artística. Ela foi criada de um jeito diferente e exposta a grandes ideais que deram-na um apurado senso de auto-valorização. Sua imaginação desenvolveu-se e populou um mundo de fantasia, usando vários elementos do mundo do mistério e sobrenatural. No entanto, seu senso de nuance e sua herança sulina e irlandesa teve influencia suficiente no seu estilo para torná-la uma grande escritora. Os eventos dramáticos que aconteceram em sua vida resultaram numa riqueza emocional que recheia suas obras e cativa muitos leitores.





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