domingo, 28 de junho de 2015

[Opinião] Tocando as Estrelas - Rebecca Serle #137


Editora: Novo Conceito

Nº páginas: 224

Trecho:
Vou contar a vocês como é estar com ele. Como ele me beija. Como ele toca a minha bochecha. Vou contar o que ele sussurra em meu ouvido antes de irmos para a balada e nos encontrarmos com aquelas multidões escandalosas. [...] Vou contar tudo, mas prometa que nunca vai repetir isso. Você terá que prometer que esse será o nosso segredo”.
Sinopse:
Quando Paige Townsen deixa de ser uma simples aluna do ensino médio para se tornar uma celebridade, sua vida muda do dia para a noite. Em menos de um mês, ela troca as ruas de sua cidade natal por um set de filmagens no Havaí e agora está “conhecendo melhor” um dos homens mais sexys do planeta – segundo a revista People. Tudo estaria perfeito se o problemático astro Jordan Wilder não fincasse o pé em uma de suas pontas desse triangulo cinematográfico. E Paige começa acreditar que a vida, pelo menos para ela, imita a arte.

Opinião:

Glamour... Romance... Açúcar.
Muito açúcar.
Esses foram os ingredientes que Rebacca Serle usou para construir o romance Tocando as Estrelas.
O livro conta a história de Paige, uma garota comum que vive em Portland e que sonha se tornar uma atriz e ver seu nome brilhar sob os holofotes de Hollywood. Ela vê sua chance chegar quando descobre que sua cidade terá audições para a adaptação cinematográfica do best-seller do momento, o livro Loked, obra preferida de sua melhor amiga.
E adivinha? Sim, ela ganha o papel! E com isso, ganha também a convivência com dois super astros do cinema, com quem ela contracenará um triangulo amoroso no filme e, consequentemente, na vida real.
Assim como dezenas de romances atuais, a autora acrescentou na receita de sua obra uma garota bobinha e dois caras super gatos que disputam o amor dela. E como manda o figurino, toda a narração é meio “platônica”, se é que você me entende. Os sentimentos que Jordan e Rainer despertam em Paige são intensos demais – na verdade tudo é intenso demais –  e isso deixou a obra artificial.
Parando bem para pensar, artificial define todos os personagens. Os problemas que a autora trouxe para a trama até fazem sentido, mas não foram bem desenvolvidos,  deixando tudo com cara de sessão da tarde. E isso refletiu nos personagens de maneira negativa, pois não existe um aprofundamento em nenhum deles. A única pessoa explorada é Paige -  afinal, a história é narrada em primeira pessoa por ela – mas sua infantilidade e suas tentativas de filosofar acabaram com qualquer afinidade que eu pudesse criar com a personagem (o que é uma forma bem gentil de dizer que além de chata, ela é burra).
Já os dois rapazes, Jordan e Rainer, além de clichês não tem muita personalidade. Rebecca até tentou criar uma química incrível entre eles e Paige, mas tudo ficou forçado e a situação toda não se sustentou.
No geral, o livro cumpre o que promete: um romance bem adolescente cheio de clichês. A narração tem uma pegada bem leve e tudo flui no ritmo certo, o que ajudou a não deixar a leitura maçante.
 O romance entre o trio é bem previsível, assim como o desfecho da história conforme acompanhamos o desenrolar dos fatos. Mas gostei de ler um livro que tem como pano de fundo a produção de um filme. De inicio, imaginei que o romance aconteceria na pós-produção e isso foi uma agradável surpresa.
Enfim... Não se trata de um livro cabeça, trata-se de um romance para distrair em um momento de lazer. E eu acho que no meio da minha ressaca literária, ele caiu bem. Consegui ler em pouco tempo, o que prova que apesar de conter altos níveis de glicose, não me senti nauseada. Mas eu provavelmente teria gostado mais se tivesse lido com 16 anos, quando eu gostava de ler romances adolescentes com caras sarados. Contudo não achei que foi uma perda de tempo, então fica a dica pra quem gosta do gênero.



quarta-feira, 24 de junho de 2015

[Breve Comentário] Jurassic World


  Sim meu povo, realizei meu sonho de infância, ver um filme de dinossauros no cinema, e em 3D ainda por cima, mas não foi qualquer filme de dinossauros, foi Jurassic World, o quarto filme da franquia Jurassic Park \o/
  Foi o melhor filme da franquia? Não, de forma alguma, ainda prefiro os dois primeiros mas mesmo assim é um filho que dá orgulho aos pais^^

 Uma coisa que me causou bastante estranhamento, ainda no trailer, foi a aparente domesticação dos velociaptores, por parte do Senhor das Estre-, digo, Owen Grady (que por causa da fonética achei que fosse Owen Grant, o que me fez ficar pensando que ele tinha algum parentesco com Alan Grant), mas, com exceção da última cena onde a Blue aparece, tudo parece realmente natural e é bastante convincente.


    Outra coisa que me fez torcer o nariz antes mesmo de ver o filme foi o fato da existência do Indominus Rex. Com todo o potencial já conhecido do T-Rex, pra que criar um dinossauro em laboratório, misturando um Tyranossauro com... bem... assistam o filme para saber do que realmente ele é feito...
  Enfim, um dinossauro gigantesco feito em laboratório... e com polegares (o que garante umas cenas muito boas) dá ainda mais um ar de assombro a quem assiste o filme.
  Mas eles souberam vender a ideia, antes apenas dinossauros chamavam a atenção, mas depois de 10 anos de funcionamento o interesse foi público tem decaindo e a solução que encontraram foi criar um novo "item", para ter alguma novidade para mostrar aos visitantes.
  Além de ser surpreendido pelos pontos que achei que seriam negativos e não foram, temos os incontáveis pontos positivos, que se eu for apontar todos isso deixará de ser um "breve comentário"...
Tyranossauro poderoso, dois tipos diferentes de dinossauros voadores (que concertaram a besteira do terceiro filme, onde colocaram dente nos Pteranodons, cara, Ptera-NO-DON, o nome significa "voador sem dentes") e dinossauros marítimos, no caso apenas o Mosassauro, um incrível Mosassauro... e sim, podemos ignorar o fato de que o maior esqueleto de mosassauro encontrado até hoje media cerca de 17 metros e o do filme tem quase 10 só de cabeça...

  E ficou um claro gancho para uma continuação, um ponto que pode muito bem ligar o filme com os próximos (com fé em Deus que serão vários, e cada vez melhores) como todas as referências incríveis ao primeiro filme.

  Vocês já assistiram Jurassic World? O que acharam? Foram impactados pela melhor batalha entre dinossauros de toda a franquia? Ficaram incomodados com as cenas em homenagem ao primeiro filme (umas claramente copiadas)? 

quarta-feira, 17 de junho de 2015

[Opinião]Fingindo - Cora Carmack #136


Editora: Novo Conceito

N° de Páginas: 336

Citação:

Fiquei rígido por um instante, com medo de estar fazendo a escolha errada.
Quase como se pudesse ouvir meus pensamentos e estivesse tentando silenciá-los, os dentes dela arranharam minha pele, seguidos por um beijo firme.
Se era um erro, foi o melhor que já cometi.”

Sinopse:
Cade é um garoto bonzinho, ator, que ainda está lidando com o fora que levou da melhor amiga por quem ainda é apaixonado. Sentindo-se péssimo por ter que lidar com seus sentimentos não correspondidos e com a felicidade da amada, ele decide ajudar uma garota que nunca viu na vida a fazer uma encenação para os pais dela: durante 24 horas, Cade e Max vão fingir ser o casal mais fofo do mundo. Depois que os pais de Max viajarem de volta para casa, ela retornará para o seu namorado roqueiro e tatuado – e Cade continuará sua vida solitária, tentando conquistar seu espaço como ator.
O problema é que, quando se finge bem demais, fica difícil distinguir a realidade da fantasia...

Opinião:
  Primeiramente gostaria de dizer... Olá!
  Estou muito feliz por ter sido convidada pelo Rudi para ser colaboradora do blog (mal sabe ele o bem que me fez esse convite) e desde o dia em que aceitei, comecei a pensar em como começaria minha primeira postagem. Não vou encher o saco de vocês falando sobre mim, mas basta dizer que amo livros, amo ler, e vou me dedicar muito neste meu novo trabalho rsrs.
  Bem... Voltando ao que interessa, assim que peguei o “Fingindo” na mão fui pesquisar um pouco sobre ele e descobri que ele é um New Adult e que faz parte de uma sequência. O primeiro livro chama-se Perdendo-me, mas o foco da história são outros personagens. Portanto, assim que iniciei a leitura não me senti perdida e nem nada. Sim... É um romance açucarado (como diz o Rudi), mas a narrativa da autora é simples, fácil e agradável. Cora Carmack tem aquele tipo de narração em que você lê dúzias de páginas sem nem ao menos perceber, e o fato desta se alternar entre os pontos de vista dos protagonistas não diminuiu a qualidade da escrita. Além do mais, ela realmente convence quando descreve as cenas e, principalmente, as ações e emoções dos personagens. Tudo fica bem claro em nossa cabeça, e essa característica me agradou bastante.
  O sexo, em nenhum momento, foi algo vulgar, e é por isso que digo: se você está atrás de pornografia, dê meia volta, por que não encontrará isso aqui. Obviamente existe uma narração precisa - mas não crua - o que deixou explicito que a intenção da autora não era causar excitação, e sim compartilhar um momento intimo e bonito de seus personagens conosco.
Contudo, ainda trata-se de um clichê, e o motivo do romance demorar a se desenvolver é o de sempre. Creio que a frase “ele é bom demais para mim” virou febre entre os escritores e tem sido complicado encontrar alguém que não use isso para travar a história. Além de desenvolver seus personagens como seres lindos, perfeitos e maravilhosos... Seria realmente bom ler mais livros com pessoas normais. Um dente torto, olhos castanhos... mas, creio eu que se isso acontecesse, o gênero perderia uma grande parte de seu público.
É uma pena.
  Ao todo, foi uma leitura agradável. O tipo de livro que se pega quando estamos entediados ou em meio a uma ressaca literária. Tudo flui realmente bem, e Cade (apesar de toda a sua perfeição) é um personagem que realmente merece ser lido. Já Max... Bem, ela é legal, mas sua autoflagelação me causou tédio.
Carol, você recomenda a leitura? A resposta é sim. Mas vá com calma, sem expectativas, pois livros assim, quando superestimados, costumam causar grande decepção.

PS: Ouvi dizer que o primeiro livro não era muito bom, mas eu realmente gostei deste, e como a narração tem como foco outros personagens, creio que dar uma chance a “Fingindo” não seria uma má ideia.





domingo, 14 de junho de 2015

[Opinião] A Mais Pura Verdade - Dan Gemeinhart #135

Editora: Novo Conceito

N° de Páginas: 217

Citação:

Mesmo a muitos quilômetros de distância, um amigo ainda pode segurar sua mão e estar ao seu lado." 


Sinopse:
  Em todos os sentidos que interessam, Mark é uma criança normal. Ele tem um cachorro chamado Beau e uma grande amiga, Jessie. Ele gosta de fotografar e de escrever haicais em seu caderno. Seu sonho é um dia escalar uma montanha.
  Mas, em certo sentido - um sentido muito importante -, Mark não tem nada a ver com as outras crianças, Mark está doente. O tipo de doença que tem a ver com hospital. Tratamento. O tipo de doença da qual algumas pessoas nunca melhoram.
  Então, Mark foge. Ele sai de casa com sua máquina fotográfica, seu caderno, seu cachorro e um plano. Um plano para alcançar o topo do Monte Rainier. Nem que seja a última coisa que ele faça.

Opinião:
  Quando um livro é muito falado sempre fico com receio de lê-lo, e esse é um desses casos. O livro foi lançado pela editora, que já o elevou a um patamar de respeito, como eu estava para recebê-lo evitei ler ou assistir resenhas sobre ele, porque achava que o que eu já sabia demais sobre a história, um garoto com câncer (doença essa que eu supunha ser câncer), um cachorro incrível e a escalada de uma montanha.
  Toda a história me pareceu uma bela metáfora sobre amizade, acima de tudo, mas também sobre verdades irrevogáveis e a cegueira seletiva que se apossa do ser humano quando ele não quer enxergar outro ponto de vista.
  No decorrer da história, vemos uma criança sem esperança na vida e sem paciência para quem, na cabeça dela, acha que ela precisa de ajuda especial só porque está doente, e está cansado de ser apenas "a criança doente".
  A história também deixa transparecer, através das histórias de vida dos personagens que cruzam o caminho de Mark, que mesmo pessoas que não estão doentes fisicamente precisam de ajuda para cuidar de suas feridas internas, feridas essas que são constantemente escondidas e portanto muito mais difíceis de se tratar...
  Além de tudo isso, a história é contada de forma doce e delicada, fazendo com que o leitor se delicie e sinta um aperto no peito com os acontecimentos na vida de Mark, sua família e sua melhor amiga, mesmo nas horas em que o protagonista se mostra bastante egocêntrico e irritadiço, a narrativa consegue fazer com que sintamos afeto por ele.
  A edição do livro é uma das coisas mais lindas que eu já vi na vida, e por si só já ajuda a amenizar o clima pesado do qual o livro trata, você vê essa capa, a lombada, a quarta capa, lê a orelha que fala sobre o autor e acha tudo engraçadinho, aí vem a história e te dá uns tapas porque não é nada do que você esperava.
  Em alguns momentos Mark pode parecer "maduro" demais para uma criança, mas considerando o que ele passou é extremamente compreensível, o livro não fala a idade exata do personagem, mas eu imagino que seja algo em torno de 11 anos.
  Só tirei uma estrela porque o protagonista me irritou em alguns momentos, no final fica bastante óbvio o porquê do autor ter conduzido a história da forma como o fez e de o protagonista ter agido da forma que agiu, a grande lição do livro não poderia ser desenvolvida de outra forma.
  Um último aviso: Capítulos 11, 12 e 13 irão despedaçar o seu coração, com toda a certeza.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

[Opinião] A Lista - Cecelia Ahern #134

Editora: Novo Conceito

N° de Páginas: 380

Citação:
Todo indivíduo em qualquer parte do mundo tem uma história para contar. Talvez pensemos que somos pessoas comuns, que nossa vida é entediante porque não estamos fazendo nada de extraordinário nem estampando as capas dos jornais, tampouco suas manchetes, nem ganhando prêmios memoráveis. Mas a verdade é que todos nós fazemos coisas fascinantes, admiráveis e das quais deveríamos sentir orgulho."

Sinopse:
  Cem nomes... cem pessoas.
  Kitty Logan herda uma lista e a missão de contar uma história.

Opinião:
  Adoro quando o meu primeiro contato com algum autor, ou autora, no caso, me surpreende.
  Confesso que eu tinha um certo preconceito com a Cecelia, a única coisa que sabia sobre o gênero que ela escrevia eram os fragmentos do filme P.S. Eu Te Amo que assisti a muito tempo atrás.
  Mas a Novo Conceito me cedeu um exemplar desse livro e quando vi na quarta capa, na parte que diz "Neste livro você encontra", apenas drama, mistério e humor, nada de romance, e no lugar onde costuma ficar a sinopse apenas isso que destaquei (adoro sinopses curtas que não revelam nada ou quase nada) resolvi dar uma chance, e não me arrependo.
  Além de ter personagens cativantes e situações incrivelmente envolventes e de uma dinâmica incomparável, que te carregam para dentro da história.
  O livro conta a história de Kitty Logan, uma jornalista que recentemente caiu em descrédito por cometer certos erros no desenvolver de uma matéria. Em meio ao desemprego, desrespeito e até alguns atentados contra sua casa e com a alto-estima destruída, ela ainda é abalada pela morte de sua grande amiga e mentora, que era a editora-chefe de uma revista razoavelmente famosa que lhe conta onde se encontra "a ideia" para uma matéria que pensava em escrever, mas morre sem dar detalhes, e a "ideia" é simplesmente uma lista com 100 nomes diferentes. Kitty então é incumbida de escrever a última matéria da falecida amiga.
  O grande "mistério" do livro é descobrir qual é a relação entre essas cem pessoas, e ela fica clara, pelo menos ficou clara para mim, antes de ser revelado com todas as letras.
  Somos apresentados a histórias fascinantes de vários personagens, e vemos o quanto o ser humano muitas vezes subestima suas ações, achando sua vida sem graça e suas ações supérfluas, o que raramente é o caso.
  Sobre a edição, adoro ler a primeira impressão de um livro e não encontrar erros de português, e foi esse o caso, pelo menos não me lembro de nenhum, e diferente de todo mundo que me viu lendo o livro, eu não achei a capa dele a coisa mais linda do mundo, achei super bacana os ramos prateados e brilhantes, mas não seria um livro que eu compraria, porque a capa não me chamou muito a atenção e, como já disse, tinha certo preconceito com a autora, que conhecia tão pouco que pensava que ela fosse morena e gorda [eu imaginava ela como a Colleen Houck (acho que é assim que escreve, aquela da saga do tigre, sabe?)] obviamente não sabia que ela era irlandesa, e por falar nisso, meu amor pela literatura irlandesa só aumenta (Lucinda Riley <3 font="">
  Em suma, um livro caprichado em todas as etapas de sua produção, escrito com talento e cuidado, numa edição muito bem feita e sem um carnaval de enfeites.


quarta-feira, 3 de junho de 2015

[Opinião] Bom Dia Sr. Mandela - Zelda la Grange #133

Editora: Novo Conceito

N° de Páginas: 404

Citação:

A integridade de Madiba se baseava no respeito. Respeito pelos amigos, respeito pelos inimigos, pelos que são mais pobres que você, os que se vestem pior e são menos educados, até mesmo para com aqueles que lhe prejudicam ou cometem erros. Mas também para com os mais poderosos, os mais ricos e os mais espertos que você."

Sinopse:
  Ela cresceu na África do Sul e fazia parte da população branca que apoiava o sistema de segregação racial. Poucos anos após o fim do apartheid, viria a se tornar uma assistente de confiança de Nelson Mandela, aprendendo a respeitar e a honrar o homem que sempre lhe disseram ser um inimigo.
  Zelda la Grange presta uma homenagem ao Nelson Mandela que conheceu - o professor que ensinou as mais valiosas lições de sua vida. Um homem que se recusou a ser definido pelo passado, que a todos perdoou e respeitou, mas que também sabia ser franco, direto e às vezes desconcertante. Enquanto ajudava seu país a renascer, Mandela libertava Zelda de um mundo dominado pelo medo e pela confiança, trazendo significado a sua vida. Agora, ela compartilha conosco seu aprendizado inspirador.

Opinião:
  Quando vi que a Novo Conceito ia lançar esse livro já solicitei ele e estava super ansioso para lê-lo, finalmente os correios colaboraram com a nossa parceria e, pela primeira vez, me entregaram os livros.
  O livro conta a história de, adivinhem, Nelson Mandela, pela visão da mulher que foi sua secretária por quase 20 anos, até o momento de sua morte, e mesmo com o tom carinhoso e pessoal que a autora usa ao se referir a Madiba não temos muitos detalhes sobre as ações do mesmo.
  No começo do livro a autora já diz que só vai escrever o que "é da conta do leitor" deixando claro que não teremos lavação de roupa suja no livro, felizmente. 
  O livro é quase uma autobiografia da autora, afinal, ela conta que nasceu quando o antigo presidente já estava na cadeia e passou a infância sendo educada a acreditar que os negros representava perigo para seu povo.
  Algo interessante é que, na minha imensa ignorância, acreditava que os negros eram minoria durante o apartheid e se tronaram maioria depois que a segregação foi... posso usar a palavra abolida? - Mas na verdade eles sempre foram a maioria esmagadora da população, o que torna ainda mais difícil entender como os brancos conseguiram menosprezá-los tanto.
  O livro mostra a batalha para unificar um país apartado pelo racismo, podemos ver, inclusive na autora, a mudança gradativa de valores e como o respeito é capaz de massacrar o preconceito.
  O livro nos mostra muito da cultura sul-africana mas não para por aí, a autora nos leva em suas viagens internacionais que fez com Mandela e disseca a cultura de cada país que visita. Transcrevendo algumas conversas do antigo presidente, como também alguns discursos podemos ver o quão genial era esse homem, o quanto cativava as pessoas a sua volta e quão determinado e batalhador ele era. Claro que ele não era perfeito, a autora deixa isso claro, apesar de dar poucos exemplos disso.
  Apesar de grandemente informativo, envolvente e até tocante em alguns momentos, tive que tirar uma estrela da classificação  do livro porque a autora foi meio vaga em alguns momentos, além de totalmente parcial, mas isso já era esperado, considerando que ela acabou se tornando uma amiga íntima do bem-humorado e levemente carente líder humanista. Digo que foi vaga porque ela não dá muitos detalhes sobre as ações do presidente enquanto presidente, fala dos inúmeros prêmios honorários conquistados por ele, mas não fala exatamente sobre o porquê de ele estar sendo homenageado, não que seja muito difícil de imaginar, afinal é uma história conhecida, mas acho que faltou uma certa consideração da autora pelos que não conhecem a história.
  Em suma é um livro totalmente parcial, que ensina bastante sobre a história, não só da África do Sul, mas sobre a história da humanidade e do quanto a intolerância e a ignorância podem prejudicar, não apenas o discriminado mas também quem discrimina, como diz na capa, é um relato emocionante e vale a pena ser lido.


segunda-feira, 1 de junho de 2015

Lidos em Maio de 2015

  Oi meu povo, antes de mais nada queria pedir desculpas por não ter postado nada sexta, foi uma semana meio corrida... mas chega de enrolação e vamos às minhas leituras do mês de maio.
  Lembrando que para ler minha opinião mais detalhada sobre os livros é só clicar nas fotos.

Livros

  Comecei com o incrível Caixa de Pássaros, do Josh Malerman, um livro de terror agonizante e super envolvente, vi muita gente reclamando do final, e reconheço que ele não termina tão incrível como se desenrola, mas achei o final válido.

  Depois li Tormento, do John Boyne,  meu terceiro contato com o autor foi até bom, é uma história interessante, embora seja narrada por um dos piores protagonistas da história da literatura, absurdamente irritante.

  Depois tive meu primeiro contato com a escrita do Ken Follett lendo Um Lugar Chamado Liberdade, Um livro que começa incrível e melhora a cada virada de página (com algumas escorregadas enquanto descreve com demasia momentos quentes entre os personagens) com um final espetacular.

  Finalmente li algo que gostei da Agatha Christie, Cavalo Amarelo é um livro envolvente e até assombroso em alguns momentos, não é um livro perfeito mas sem dúvida é o que mais gostei do que li dela até agora.

  Então chegou o dia da toalha, e eu não poderia não ler a bíblia nerd, O Guia do Mochileiro das Galáxias do Douglas Adams foi sem dúvida o melhor livro que li esse mês, engraçado e informativo, não vejo a hora de ler o resto da série.

  E aos 45 do segundo tempo eu terminei de ler meu primeiro livro da parceria com a NC, Bom Dia Sr. Mandela foi escrito pela secretária particular de Nelson Mandela, Zelda la Grange, e não vou falar muito dele agora porque ainda farei uma postagem especial sobre ele.

Quadrinhos e Mangás (tudo misturado, porque quando vi já tinha misturado)

 Minha primeira leitura do mês foi o encadernado Batman: A Corte das Corujas uma história que eu já tinha lido na mensal do Batman e acho que o encadernado foi prejudicado por conter só a revista do Batman (sem a detetive comics nem a cavaleiro das trevas) digo isso porque tem uma personagem, que não vou lembrar o nome agora, que é meio que salva pelo homem morcego em uma dessas outras revistas e depois acaba ajudando o Batman na história principal da Corte, e no encadernado ela só aparece no momento em que o ajuda, sem explicar de onde ela veio e do que o Batman está falando na breve conversa que tem com ela.

  Depois eu li Feridas, outro mangá adaptado de um conto do Otsuichi, desenhado pelo mesmo artista de Another, ou seja, a arte é incrível e a história também é muito interessante, e se um dia resolverem fazer uma série disso, a abertura do animê tem que ser com a mesma música da abertura de Natsume Yuujinchou, porque essa música super combina com essa história.

  Depois disso eu li o primeiro volume de Atração Fatal, que é a continuação de Genêse Mutante, que li a alguns meses, onde o Asteróide M explode e Magneto é dado como morto.

  Depois eu li o primeiro volume de Fim dos Tempos, a nova série da DC Comics, que até o momento foi boa, na última história publicada da Liga Da Justiça Internacional Bruce Wayne recebe algumas "ameaças" do satélite senciente Irmão Olho (olha 1984 aí), que ele criou junto com o Sr. Incrível, no futuro esse satélite resolve dominar o mundo e assimilar todos os seres orgânicos do mundo, incluindo os super-heróis, tornando-os meio máquinas, mas totalmente controlados por ele...
  Aí temos viagem no tempo, morte de heróis e uma enooorme bagunça... pretendo continuar com a série, só espero que possa ser acompanhada lendo só a revista principal da série, não pretendo ficar comprando mensais que não acompanho para entender a história.

  Depois li o décimo nono volume da mensal dos x-men, com a Jean ainda sofrendo com os pesadelos que vem tendo desde que chegou ao presente, Ciclope viajando pelo espaço com seu pai com dificuldade de se reaproximar dele, além de acompanharmos mais um tentativa frustrada de Maria Hill de capturar o Scott Summers adulto.


  Na edição 33 da mensal do Lanterna Verde, finalmente todos os planos são postos em prática e descobrimos qual é a real intenção dos Durlanianos e Khúndios, e na história do Sinestro vemos uma improvável aliança se formando.


    Na mensal da Liga da Justiça temos o confronto da Liga contra a Patrulha do Destino e Lex Luthor continua querendo entrar para a Liga e na história da Liga da Justiça Unida vemos um grande avanço na história, finalmente uma história bacana com essa equipe, mas ainda está longe de ser tão boa como eram as histórias das outras ligas (Da América, Dark e Internacional)
  Aí li o último volume de Monster e cara, que coisa incrível, é raro os finais de mangás me agradarem mas esse foi fantástico, e Monster deixará muita saudade, pretendo acompanhar o animê agora, mas vou deixar pra fazer isso daqui a um tempo, no momento já estou acompanhando Fairy TailAnother e Natsume Yuujinchou...

  Falando em Fairy Tail, retomei a leitura do mangá também, esse mês foi a vez do volume 39, e estamos quase no fim do arco dos Grandes Jogos Mágicos, agora o Portal do Eclipse já está aberto e os personagens que vieram do futuro mostram suas verdadeiras intenções... e depois de 400 anos, os dragões voltam...
  E encerrei o mês lendo o décimo primeiro volume de Btoom! e a quantidade de reviravoltas nesse volume é absurda, o plano de Ryota para sair da ilha é posto em prática e envolve muitos jogadores e organizadores e tudo pode mudar até a última página, que pra variar nos deixa absurdamente curiosos para a continuação.

   E foi isso que li em Maio meu povo, e vocês? O que leram esse mês?

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