Editora: Suma de Letras
N° de Páginas: 373
Quote:
A barriga de Donna roncou e Tad riu. Ela tomou um susto com o som daquela risada inesperada, mas também ficou alegre. Era como encontrar uma rosa nascendo em meio a um monte de lixo, e Donna sorriu também."
Sinopse:
Nos arredores de uma pacífica cidade do Maine, um monstro está À espreita.
Frank Dodd está morto e a cidade de Castle Rock pode ficar em paz novamente. O serial killer que aterrorizou o local por anos agora é apenas uma lenda urbana, usada para assustar criancinhas.
Esceto para Tad Trenton, para quem Dodd é tudo, menos uma lenda. O espírito do assassino o observa da porta entreaberta do closet, todas as noites.
"você pode me sentir mais perto... cada vez mais perto."
Nos limites da cidade, Cujo - um são-bernardo de noventa quilos, que pertence à família Camber - se distrai perseguindo um coelho para dentro de um buraco, onde acaba sendo mordido por um morcego raivoso.
A transformação de Cujo, como ele incorpora o pior pesadelo de Tad Trenton e de sua mãe, e como destói a vida de todos à sua vota, é o que faz deste um dos livros mais assustadores e emocionantes de Stephen King.
Opinião:
Como falei nessa postagem, eu acabei pegando spoiler desse livro em outro, mas isso não me atrapalhou, na verdade, eu nem lembrei dele quando comecei a ler o livro.
Cujo é um livro singular na carreira do King, não que os outros não sejam, mas esse merece a alcunha, não apenas pelo desenrolar da trama em si, mas pela situação na qual o livro foi gerado. Já faz muito tempo que eu queria ler esse livro, que estava em caráter de raridade no brasil, podendo ser encontrado no brasil apenas em sites de revenda pelo preço de um baço ou meio fígado. Felizmente para nós leitores comuns (e infelizmente para os colecionadores que venderam parentes no mercado negro para ter acesso a essa história) a Suma resolveu criar uma coleção chamada Biblioteca Stephen King, e que livro escolhem para abrir a coleção? Exatamente, Cujo, antigamente publicado como Cão Raivoso (nome que também faz sentido).
Quando digo que é interessante saber o contexto no qual o livro foi concebido, me refiro ao fato de que o autor passou por uns tempos da pá virada, se meus antepassados me permitem ressuscitar essa expressão, e, segundo ele mesmo, não tem qualquer lembrança de ter escrito esse livro. O que nos faz pensar sobre algumas coisas da história, como a completa inutilidade da existência do psicopata morto, e ainda mais desnecessária existência de seu fantasma no closet da criança de uma das famílias protagonistas. Ouvi dizer que ele foi inserido na históriaporque o autor estava doidão para poder fazer ligação com outro livro do autor (tipo o universo cinematográfico da Marvel, sabe?), mas achei desnecessário, só o fato do livro se passar em Castle Rock, que é a cidade inventada por King para ser lar de alguns de seus personagens já o coloca no "universo compartilhado".
Enfim, Sobre o desenvolver da história: como sempre no que se trata ao dito autor (ou melhor, como em 90% das vezes) a história é lenta, temos toda a ambientação e construção de personagens, feita aqui com maestria, em quase todos, pelo menos, um je nè se qua no clima da história para enfim as coisas começarem a acontecer.
A forma como o autor descreve os estágios da doença que acomete o cachorro é incrível, e ficamos sabendo como a hidrofobia funciona (sabe apocalipse zumbi? Pois é, é quase isso).
É, acima de tudo, uma história sobre o que une uma família, onde estão os limites dos que nos cercam e sobre não conhecermos nossas reais capacidades, e, as vezes, só descobrirmos do quanto somos fortes quando já é tarde demais.
Sobre a edição: o que pode ser falado? Capa dura, projeto gráfico belíssimo tanto por dentro quanto por fora, com o baixo relevo, o único problema é... soft touch, sério que tem gente que gosta?
Cujo é um livro singular na carreira do King, não que os outros não sejam, mas esse merece a alcunha, não apenas pelo desenrolar da trama em si, mas pela situação na qual o livro foi gerado. Já faz muito tempo que eu queria ler esse livro, que estava em caráter de raridade no brasil, podendo ser encontrado no brasil apenas em sites de revenda pelo preço de um baço ou meio fígado. Felizmente para nós leitores comuns (e infelizmente para os colecionadores que venderam parentes no mercado negro para ter acesso a essa história) a Suma resolveu criar uma coleção chamada Biblioteca Stephen King, e que livro escolhem para abrir a coleção? Exatamente, Cujo, antigamente publicado como Cão Raivoso (nome que também faz sentido).
Quando digo que é interessante saber o contexto no qual o livro foi concebido, me refiro ao fato de que o autor passou por uns tempos da pá virada, se meus antepassados me permitem ressuscitar essa expressão, e, segundo ele mesmo, não tem qualquer lembrança de ter escrito esse livro. O que nos faz pensar sobre algumas coisas da história, como a completa inutilidade da existência do psicopata morto, e ainda mais desnecessária existência de seu fantasma no closet da criança de uma das famílias protagonistas. Ouvi dizer que ele foi inserido na história
Enfim, Sobre o desenvolver da história: como sempre no que se trata ao dito autor (ou melhor, como em 90% das vezes) a história é lenta, temos toda a ambientação e construção de personagens, feita aqui com maestria, em quase todos, pelo menos, um je nè se qua no clima da história para enfim as coisas começarem a acontecer.
A forma como o autor descreve os estágios da doença que acomete o cachorro é incrível, e ficamos sabendo como a hidrofobia funciona (sabe apocalipse zumbi? Pois é, é quase isso).
É, acima de tudo, uma história sobre o que une uma família, onde estão os limites dos que nos cercam e sobre não conhecermos nossas reais capacidades, e, as vezes, só descobrirmos do quanto somos fortes quando já é tarde demais.
Sobre a edição: o que pode ser falado? Capa dura, projeto gráfico belíssimo tanto por dentro quanto por fora, com o baixo relevo, o único problema é... soft touch, sério que tem gente que gosta?
Foto antiiiga, mas achei ele assustador nela |
Nenhum comentário:
Postar um comentário