quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

[Opinião] Tartarugas Até Lá Embaixo - John Green #228

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Editora: Intrínseca

N°de Páginas: 269

Quote:
Agora você não vê as paredes, certo? E não vê os ratos. Se girar algumas vezes, não vai saber de que lado fica a entrada e de que lado fica a saída. Isso é assustador. Agora imagine se não pudéssemos conversar, se não conseguíssemos ouvir a respiração uma da outra. Imagine se não tivéssemos tato, ou seja, se mesmo uma ao lado da outra não tivéssemos ideia disso. Imagine que você está tentando encontrar alguém, ou até tentando encontrar a si mesma, mas não pode contar com nenhum dos seus sentidos, não tem como saber onde estão as paredes, ou o que fica à frente ou o que fica atrás, ou o que é água e o que é ar. Você está sem sentidos e sem forma...[...] Você está presa e pronto, totalmente sozinha, nessa escuridão. Isso é assustador." 

Sinopse:
  Aza Holmes não está disposta a sair por aí bancando a detetive para solucionar o mistério do desaparecimento do bilionário Russel Pickett, mas há uma recompensa de cem mil dólares em jogo, e sua melhor amiga, a destemida Daisy, quer muito botar a mão nesse dinheiro. Assim, as duas vão atrás do único contato que têm em comum com o magnata: o filho dele, Davis.
  Aza está tentando. Tenta ser uma boa filha, uma boa amiga e uma boa aluna, mas, aos dezesseis anos, ainda não encontrou um modo de lidar com as terríveis espirais de pensamento que se afunilam cada vez mais e ameaçam aprisioná-la.
  Neste livro arrebatador e sensível sobre amor, resiliência e o poder de uma amizade duradoura, John Green conta a tocante história de Aza, lembrando que a vida sempre continua e que muitas surpresas nos aguardam pelo caminho.

Opinião:
  Depois de anos John Green finalmente lança um novo livro, para o delírio de vários leitores que esperavam esse momento, e obvio que o livro já ganhou hype mesmo antes de ser publicado, afinal é o cara que escreveu A Culpa é das Estrelas... Minha relação com o autor é meio complicada... Gostei sim, e muito de A Culpa é das Estrelas e também de Quem é Você, Alasca? Com ressalvas, Achei O Teorema Katherine bacana e Cidades de Papel foi um dos piores livros que já tive o desprazer de ler, e como meu gosto mudou muito nos últimos anos, em especial NO último ano, esse livro não estava no meu radar, até tinha certa curiosidade mas não achei que iria comprá-lo, mas como já falei nessa postagem, acabei comprando e lendo, talvez não tenha sido o melhor momento, eu não estava muito bem, psicologicamente falando, e o livro acabou me deixando ainda pior, mesmo assim acho que é o trabalho mais relevante do autor.
  Vamos começar falando dos pontos negativos do livro: Aza tem TOC, beleza, até aí tudo bem (não pra ela, no caso, mas enfim) mas como a melhor amiga dela, de infância, nunca se deu ao trabalho de entender minimamente o que isso significa, mesmo com os ataques de pânico e crises de ansiedade (duas coisas bem parecidas, diga-se de passagem) que a coitada sofria. Eu já tive umas (poucas, graçaaDeus) crises de ansiedade e sei o quanto é terrível.
  Confesso que a protagonista me incomodou também em alguns momentos, mas isso também faz parte da lição do livro, se é difícil viver perto de uma pessoa que vive perturbada, imagine como é ser essa pessoa, ficar preso dentro de uma cabeça que é um verdadeiro caos.
  Outro ponto negativo é: sério que não tinha um título melhor? Ele não tem sentido no contexto da história, podemos até forçar uma metáfora que ligue a situação da protagonista com o episódio onde o título é mencionado e façamos uma ligação, mesmo assim fiaria extremamente forçado, a ilustração da capa faz muito mais sentido para a história do que o título.
  Sobre os pontos positivos: Primeiro é necessário que concordemos que o autor é ótimo para fazer com que sintamos empatia pelos seus personagens, isso já lhe concede uma estrelinha, o assunto abordado no livro é uma ótima escolha para conscientizar o leitor sobre a situação que aflige várias pessoas em diferentes graus e criar empatia pelo próximo, coisa que todo livro deveria fazer.
  Outra coisa que gostei nesse livro é que o autor finalmente desistiu dos amores a primeira vista, até tem romance na história, mas ele já é algo de longa data e que se formou aos poucos (mais ou menos) e tem um papel importante para o enredo e passa longe de roubar a cena.
  Enfim, é o melhor livro do autor? Na minha opinião sim, mesmo assim já não é aquele tipo de livro que me deixa extasiado, arrebatado e encantado... Mas vale a leitura, dá pra rir e chorar um pouquinho.



2 comentários:

  1. Oi Rudi,

    Duas coisas a dizer,

    1.Gostei de ler a sua opinião
    2.Eu nunca vou ler John Green

    :D
    CAFÉ E BONS LIVROS

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