domingo, 29 de dezembro de 2019

[Opinião] O Evangelho Segundo Paulo - John MacArthur #262

Compre pela Amazon e ajude a manter o blog
Editora: Thomas Nelson Brasil

N° de Páginas: 231

Quote:

"No Antigo Testamento, as pessoas às vezes queimavam os seus filhos pequenos vivos como sacrifício a Moloque, pensando que alcançariam o favor de uma divindade irada e implacável. Mas, se você acha que essa atrocidade cruel e egoísta só pertence ao passado distante, leve em consideração que as multidões nos dias de hoje são ativamente a favor do aborto (o assassinato proposital de bebês que ainda não nasceram) porque elas querem ser politicamente corretas. Elas estão desesperadas para parecerem 'corretas' diante dos olhos do mundo." 

Sinopse:
  Uma análise reveladora do que o apóstolo Paulo realmente ensinou.
  Em O Evangelho Segundo Paulo, você verá como Paulo, apesar de ser o mais culto dos apóstolos, resume a mensagem do Evangelho em algumas palavras seletas em diversas passagens concisas e densas de suas epístolas. Cada um desses textos-chave tem uma ênfase específica que destaca um aspecto essencial das boas-novas que Paulo pregava com tanto zelo.

  Neste estudo profundo e contundente das epístolas paulinas, o renomado teólogo John MacArthur nos explica versículo por versículo os pontos fundamentais dessa mensagem propagada por Paulo. Ao explicar as passagens de modo claro e acessível, MacArthur nos convida a relembrar as boas-novas e a continuar propagando o Evangelho que é o poder de Deus para salvar.

Opinião:
  Esse foi o me primeiro contato com a obra do autor, e posso dizer que comecei muito bem.
  Aqui o autor vai falar, como é óbvio pelo título, da forma como Paulo espalhou as boas-novas, mostrando a forma única de pregar que o apóstolo tinha, dissecando os versículos, MacArthur mostra que Paulo, embora fosse, com larga vantagem, o mais culto dentre os apóstolos, não usava de rococós e era bastante objetivo em seus discursos, usando palavras que se adequassem ao público ao qual estava falando, como ele mesmo disse: "fazendo-se de grego para ganhar os gregos".
  Como que para ilustrar isso, o autor também escreve com uma fluidez impressionante, o livro tem um ritmo maravilhoso e o autor se mantém conciso e direto em seu texto, ainda assim ele derrama muita informação no decorrer das páginas, ao contrário do que pode dar a entender, o livro não deixa o leitor sobrecarregado e perdido.
  Apesar disso o diálogo é também bastante bruto, na falta de termo melhor, ele não enfeita o que vai dizer e fala também da importância disso, mostrando que um dos ensinamentos de Paulo foi também o de não nos conformarmos com este mundo e que a verdade deve ser propagada, independente dos "problemas" que ela possa nos causar.
  É um livro mito bem dividido e bastante curto, qual não foi minha surpresa ao chegar na metade, aproximadamente, e ao iniciar um novo capítulo percebo que tem o título de Epílogo. o livro foi escrito, originalmente, até este epílogo, mas depois dele o autor acrescentou alguns apêndices, quatro, para ser exato, onde elevai abordar alguns outros assuntos ou os mesmos já abordados com mais profundidade, são adendos com tanto importância quanto o restante do livro.
  Super indico a leitura deste livro para todos, mas admito que ele não é o livro mais extraordinário do mundo pois traz alguns temas que são bem simples, isso pode também ser visto como ponto positivo, para introdução de pessoas que não tenham qualquer conhecimento bíblico, mas para os mais velhos na fé acaba sendo meio que chuva no molhado, mas isso não desqualifica o livro, de forma alguma.

https://www.skoob.com.br/autor/4788-john-macarthur

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

[Opinião] O Assassinato do Comendador - Vol. 1 - Haruki Murakami #261

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https://www.skoob.com.br/o-assassinato-do-comendador-818072ed822482.html
Editora: Alfaguara

Nº de páginas: 357

Quote:

"Vista em retrospecto, a vida parece uma coisa bastante extraordinária, repleta de coincidências inacreditáveis e acontecimentos imprevisíveis e tortuosos."


Sinopse:  Um casal se separa em meio a uma crise conjugal que o marido nem sabia que estava acontecendo. Ele, então, abandona Tóquio e passa a viver em seu carro, viajando pelo Japão. Pintor de retratos reconhecido no meio, acaba indo morar em uma casa nas montanhas que pertenceu ao famoso artista Tomohiko Amada, onde pode se dedicar à própria pintura.
Nessa morada isolada, ele descobre um quadro inédito, intitulado O assassinato do comendador, que ao mesmo tempo o fascina  o perturba. Ao tirá-lo de seu esconderijo, o homem entra em um mundo estranho, em que o passado volta par interferir no presente.
  Primero romance longo de Murakami desde 1Q84. O assassinato do comendador é uma aventura emocionante e uma busca por aquilo que nos torna únicos. 

Opinião: 
   Existem momentos que eu penso em desistir do blog, toda vez que não consigo manter a periodicidade desejada tenho vontade de mandar tudo às favas, mas gosto desse meu cantinho, é é onde posso falar sobre o que eu leio, manter um registro, nem que seja apenas pessoal, e esse registro é importante para mim.
  Primeiro gostaria de expressar meu descontentamento com a ideia de dividir o livro em duas partes, sei que não foi só no Brasil que isso foi feito, talvez tenha acontecido até mesmo no Japão, mas não pesquisei a fundo, até porque é difícil encontrar informações sobre o mercado editorial japonês na internet, a lista de ordem de publicação que fiz do autor não continha esse livro, porque não havia visto qualquer registro da existência dele, que foi lançado no início do ano passado.
  Aqui temos mais um personagem sem nome, mas que não acredito ser o mesmo cara da "Saga do Rato", as primeiras obras do autor, já que a vida dele é bem diferente.... Nosso protagonista é casado e acredita estar tudo bem com sua vida, mas sua esposa pensa diferente, ela quer se separar. Com o dinheiro que ganha pintando retratos ele resolve tirar umas férias e viajar a esmo pelo Japão, até receber a oferta de ocupar a antiga cabana que pertencia ao pai de um amigo, que era um renomado pintor.
  Ao se mudar para o chalé, que fica na encosta de uma montanha, um lugar extremamente agradável,, e descrito de forma tão bela que formulamos uma imagem bem vívida do lugar em nossa mente durante a leitura. Eu já não sei o que é considerado spoiler ou não, mas muita coisa no mínimo estranha vai acontecer depois que o protagonista vai para aquela cabana.
  Uma coisa que me incomodou foi a divisão do livro em dois volumes, mais que isso a demora para lançarem a segunda parte, não é um livro tão gigantesco que não pudesse ser publicado como volume único, mas isso não é uma exclusividade do Brasil, outros países também publicaram a obra em dois volumes (não tenho certeza, mas acho que mesmo no Japão foi feito isso). Mas a Alfaguara é, provavelmente, a editora que mais está demorando para lançar a continuação, quando questionei-os a respeito do assunto eles disseram que em breve trariam notícia sobre isso... ele já está em pré-venda na Amazon, com data de lançamento para 28/02. O que complica é o fato de o primeiro volume terminar praticamente no meio de uma frase.
  Em suma, é um livro muito bom e envolvente, com um mistério em cima do outro e que, nesse primeiro volume não temos resposta nenhuma, mas nos afeiçoamos aos personagens e torcemos por eles, a escrita do Murakami segue impecável e digna de qualquer elogio que se possa tecer à mesma, e agora só nos resta esperar pela conclusão.











PS: Feliz Natal!!!!

domingo, 8 de dezembro de 2019

[Opinião] O Construtor de Pontes - Markus Zusak #260

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https://www.skoob.com.br/o-construtor-de-pontes-832270ed853501.html
Editora: Intrínseca

N° de Páginas: 524

Quote:

"Ele jamais seria capaz de expressar sua gratidão, pelo livro e pelo toque dos braços dela. Sabia que nunca mais voltaria a vê-la, que não haveria mais nada a ser dito. Pela fresta derradeira, antes de as portas do elevador se fecharem por completo, ela abriu um sorriso."

Sinopse:
  Assim como nos épicos de Homero, a história da família Dunbar é marcada por beleza, tragédia e brutalidade. Uma saga construída na desordem, com sangue, socos, chegadas e partidas, em que o tempo é senhor absoluto: tanto protagonista quanto motor da narrativa.
  No cerne de tudo está Clay, que, aos dezesseis anos, passa os dias correndo pelos terrenos abandonados do bairro. Ninguém sabe ao certo por que faz isso. Nem ele próprio. A resposta chega num dia quente e abafado de verão, às seis da tarde, com um estranho, uma ruína ambulante trajando um terno.
  Após anos fora de casa, depois de ter abandonado os cinco filhos e os lançado num mar de desamparo, barbárie e solidão, o patriarca retorna com um pedido inusitado: quer ajuda para construir uma ponte. Escorraçado pelos jovens e por Aquiles, a mula teimosa e insolente da família, o homem deixa seu endereço num pedaço de papel. Há entre eles, porém, um traidor. O quarto garoto Dubar. Clay.
  É ele que parte para a cidade do pai, e os dois, juntos, por dias e noites, se dedicam ao projeto mais ambicioso e grandioso de suas vidas até então. Nada menos que um milagre.
  A ponte de Clay não é apenas de pedras, mas também de lembranças - lembranças da mãe, uma pianista amorosa e atrevida, a impecável rainha dos erros que desafia a morte; o pai, de olhos cor de mar e barriga de concreto, um homem cuja alma se combaliu; dos irmãos, cada um despedaçado à sua maneira; e dele mesmo, do garoto que foi um dia, antes de tudo mudar. O tepo, assim como o rio sob a ponte, tem uma força avassaladora, capaz de destruir, mas também de conciliar. Basta que alguém se disponha a desafiar a correnteza.

Opinião:
  Sim, eu admito, quando soube que esse livro seria lançado eu fiquei louco, foi mais de uma década entre o grande sucesso do autor, A Menina que Roubava Livros, e este. E é nítido o amadurecimento do autor, não desmerecendo o livro anterior, nem mesmo o Eu Sou o Mensageiro que apesar de ser bem menos comentado eu acho um livro excepcional.
  Enfim, vamos falar desse livro: Aqui Matthew vai nos contar a história da sua família, passeando entre passado e presente, dando uns spoilers do futuro, ficamos sabendo como sua mãe, A Rainha dos Erros, ganhou esse e outros apelidos, conhecemos O Assassino, referido com tanto ódio e amargura pelo narrador. Enquanto vemos os fios que ligam, de forma absurdamente bela, o presente com o passado, tudo com uma delicadeza e beleza que apenas Zusak é capaz de ter. Conhecemos os cinco irmãos Dunbar, em especial aquele que será nosso protagonista: Clay, e tem também uma analogia com o desenvolvimento do personagem e o seu nome.
  É um livro escrito de forma magistral, com personagens muito bem construídos e que vai tratar sobre lealdade, perdão, amadurecimento e família, mas ele não para por aí, ele trata também de luto, e das surpresas da vida.
  É um livro tocante e impossível de ler sem ficar com os olhos, no mínimo, marejados. Temos personagens amantes de livros e livros que permeiam e se entrelaçam com a história dos personagens. Não se se o autor tem ascendência alemã mas ele tem certa fascinação pelo país, levando em conta o que já li dele.
  Clay, nosso protagonista, é um dos personagens com os quais mais me identifique em toda a minha vida de leitor, ele é um garoto calmo e sonhador, bastante ligado com a mãe (quando essa era viva) e afetuoso, tudo isso fica um pouco obscurecido depois que os cinco se tornam órfãos, mas, de certa forma, Clay ainda é o que se entende com todos os irmãos, mesmo com as brigas e surras dadas para provar que é que manda fica claro que Clay é a pessoa mais importante da casa, por mais calado e muitas vezes recluso que seja, e Tommy (é Tommy o nome do caçula, certo?0 sem dúvida é o favorito e mais mimado, e ele é extremamente fofo, me ganhou com os nomes que escolheu para seus muitos animais de estimação, que formam uma fauna bem exótica na casa.
  É um livro acolhedor, que esmagará o coração do leitor em alguns momentos, mas que também ganhará seu espacinho dentro do mesmo, e conforme o tempo vai passando ele vai crescendo e você vai ficando com saudade dos irmãos Dunbar, por quem nos afeiçoamos tanto durante a leitura.

https://www.skoob.com.br/autor/21-markus-zusak

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