domingo, 8 de dezembro de 2019

[Opinião] O Construtor de Pontes - Markus Zusak #260

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https://www.skoob.com.br/o-construtor-de-pontes-832270ed853501.html
Editora: Intrínseca

N° de Páginas: 524

Quote:

"Ele jamais seria capaz de expressar sua gratidão, pelo livro e pelo toque dos braços dela. Sabia que nunca mais voltaria a vê-la, que não haveria mais nada a ser dito. Pela fresta derradeira, antes de as portas do elevador se fecharem por completo, ela abriu um sorriso."

Sinopse:
  Assim como nos épicos de Homero, a história da família Dunbar é marcada por beleza, tragédia e brutalidade. Uma saga construída na desordem, com sangue, socos, chegadas e partidas, em que o tempo é senhor absoluto: tanto protagonista quanto motor da narrativa.
  No cerne de tudo está Clay, que, aos dezesseis anos, passa os dias correndo pelos terrenos abandonados do bairro. Ninguém sabe ao certo por que faz isso. Nem ele próprio. A resposta chega num dia quente e abafado de verão, às seis da tarde, com um estranho, uma ruína ambulante trajando um terno.
  Após anos fora de casa, depois de ter abandonado os cinco filhos e os lançado num mar de desamparo, barbárie e solidão, o patriarca retorna com um pedido inusitado: quer ajuda para construir uma ponte. Escorraçado pelos jovens e por Aquiles, a mula teimosa e insolente da família, o homem deixa seu endereço num pedaço de papel. Há entre eles, porém, um traidor. O quarto garoto Dubar. Clay.
  É ele que parte para a cidade do pai, e os dois, juntos, por dias e noites, se dedicam ao projeto mais ambicioso e grandioso de suas vidas até então. Nada menos que um milagre.
  A ponte de Clay não é apenas de pedras, mas também de lembranças - lembranças da mãe, uma pianista amorosa e atrevida, a impecável rainha dos erros que desafia a morte; o pai, de olhos cor de mar e barriga de concreto, um homem cuja alma se combaliu; dos irmãos, cada um despedaçado à sua maneira; e dele mesmo, do garoto que foi um dia, antes de tudo mudar. O tepo, assim como o rio sob a ponte, tem uma força avassaladora, capaz de destruir, mas também de conciliar. Basta que alguém se disponha a desafiar a correnteza.

Opinião:
  Sim, eu admito, quando soube que esse livro seria lançado eu fiquei louco, foi mais de uma década entre o grande sucesso do autor, A Menina que Roubava Livros, e este. E é nítido o amadurecimento do autor, não desmerecendo o livro anterior, nem mesmo o Eu Sou o Mensageiro que apesar de ser bem menos comentado eu acho um livro excepcional.
  Enfim, vamos falar desse livro: Aqui Matthew vai nos contar a história da sua família, passeando entre passado e presente, dando uns spoilers do futuro, ficamos sabendo como sua mãe, A Rainha dos Erros, ganhou esse e outros apelidos, conhecemos O Assassino, referido com tanto ódio e amargura pelo narrador. Enquanto vemos os fios que ligam, de forma absurdamente bela, o presente com o passado, tudo com uma delicadeza e beleza que apenas Zusak é capaz de ter. Conhecemos os cinco irmãos Dunbar, em especial aquele que será nosso protagonista: Clay, e tem também uma analogia com o desenvolvimento do personagem e o seu nome.
  É um livro escrito de forma magistral, com personagens muito bem construídos e que vai tratar sobre lealdade, perdão, amadurecimento e família, mas ele não para por aí, ele trata também de luto, e das surpresas da vida.
  É um livro tocante e impossível de ler sem ficar com os olhos, no mínimo, marejados. Temos personagens amantes de livros e livros que permeiam e se entrelaçam com a história dos personagens. Não se se o autor tem ascendência alemã mas ele tem certa fascinação pelo país, levando em conta o que já li dele.
  Clay, nosso protagonista, é um dos personagens com os quais mais me identifique em toda a minha vida de leitor, ele é um garoto calmo e sonhador, bastante ligado com a mãe (quando essa era viva) e afetuoso, tudo isso fica um pouco obscurecido depois que os cinco se tornam órfãos, mas, de certa forma, Clay ainda é o que se entende com todos os irmãos, mesmo com as brigas e surras dadas para provar que é que manda fica claro que Clay é a pessoa mais importante da casa, por mais calado e muitas vezes recluso que seja, e Tommy (é Tommy o nome do caçula, certo?0 sem dúvida é o favorito e mais mimado, e ele é extremamente fofo, me ganhou com os nomes que escolheu para seus muitos animais de estimação, que formam uma fauna bem exótica na casa.
  É um livro acolhedor, que esmagará o coração do leitor em alguns momentos, mas que também ganhará seu espacinho dentro do mesmo, e conforme o tempo vai passando ele vai crescendo e você vai ficando com saudade dos irmãos Dunbar, por quem nos afeiçoamos tanto durante a leitura.

https://www.skoob.com.br/autor/21-markus-zusak

2 comentários:

  1. Respostas
    1. Gosto muito da forma que o autor escreve, quando for ler pode ir direto para esse ou escolher entre os outros dois A Menina que Roubava Livros ou Eu Sou o Mensageiro, só não pegue A Garota que eu Quero, esse é horrível

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