terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Leituras do Ano: As 10 Melhores e as 5 Decepções

  Bom galerinha, mais uma ano se vai.


 Um ano de muitas mudanças, algumas agradáveis e outras que a todo custo tentamos impedir mas falhamos.
  Um ano no qual me despedi de muita gente querida, e conheci algumas (quase) tão queridas quanto, um ano no qual sorri e chorei muito, mas consegui arrancar sorrisos, e mesmo sem querer, até algumas lágrimas. Um ano no qual aprendi mais de mim mesmo, um ano em que me meti em encrencas por não ser capaz de segurar uma verdade que machucaria algumas pessoas, um ano em que enfrentei antigos medos, readquiri laços, e vi alguns se desfazerem.
  Um ano que trouxe de volta meus ataques de nervo (graças a Deus, apenas uma vez), um ano no qual descobri dois lados de uma (na verdade várias) mesma pessoa, um ano no qual soube mostrar o melhor de mim, mesmo que esse melhor seja visto, por alguns, como o pior que uma pessoa pode representar, um ano no qual minha ironia teve acréscimos, um ano de desgostos e alegrias, de conquistas e perdas, apresentações e despedidas, lágrimas e riso.

  Um ano como qualquer outro, em todos os anos temos mudanças, alegrias, tristezas, saudade... Em alguns anos esses acontecimentos são mais acentuados do que em outros. Anos esses, nos quais nossas rotinas e vidas são quebradas ao meio, somos tirados de nosso meio, nossa casa, nosso trabalho e amigos e somos levados para a quase 2000 km de tudo isso, e obrigados a começar de novo, a saudade nasce de imediato, e, enquanto para algumas pessoas ela aumenta com o passar do tempo, para outras ela simplesmente desaparece, seguem suas vidas como se nada tivesse acontecido.

  Existem pessoas que tornam nossa vida melhor, às quais nos apegamos e construímos uma relação que, acreditamos, vai durar para sempre, e quando elas vão embora, sentimos por pouco tempo e depois esquecemos. Não, esquecer não, mas nos tornamos amortecidos e indiferentes. Acredito que eu sou uma dessas pessoas, acredito que existam pessoas que realmente criaram laços muito profundos comigo, mas hoje nem se incomodam em saber se eu ainda respiro... sou assim: não sou o tipo de pessoa que faz falta por muito tempo.

  Agora chega de choradeira ^^

  Resolvi fazer um resumão falando dos melhores livros que li nesse ano, e das minhas 5 maiores decepções.
  Esse foi o ano no qual eu mais li na vida, não sei quantos livros foram... mas considerando que passei a apreciar uma boa leitura somente ano passado (e naquela época ainda tinha um pouco de vida social) não tinha um GRANDE interesse nos livros e nem muito tempo, ou disposição. com certeza esse ano eu li mais

Os 10 Melhores

  Não vou listar aqui todos os livros que incluí como meus favoritos (afinal, só aí já seriam 8), mas sim alguns dos melhores livro que li, e por uma razão ou outra não os favoritei. Mas eles também não possuem uma ordem definida.

A Menina que Roubava Livros, de Markus Zusak



  Sim minha gente, se vocês ainda não leram, ele é tudo que vocês já ouviram falar (de bom) e um pouco mais... nunca tive tanto medo de um filme quanto estou do filme desse livro... roteiristas, por tudo que é mais sagrado, sejam fiéis à história.

A Herdeira, de Sidney Sheldon



  Foi minha primeira (e infelizmente uma das únicas) experiências com o autor, e imediatamente me deixou muito triste com a morte dele (em 2007, mas enfim... ele morreu)

Os Deixados Para Trás, do Tom Perrotta


Único livro que li, ou melhor, devorei do autor, comprei acreditando ser um livro cristão, mas não é, mas, o que poderia ter me decepcionado me deixou agoniado e ansioso... para saber o que raios foi esse "arrebatamento", talvez tenha sido o próprio arrebatamento mesmo, grandes religiosos ficaram, mas quem garante que eles irão? Stephen King (o mestre) escreveu sobre esse livro: "Tom Perrotta faz uma pesquisa perturbadora sobre a reação das pessoas comuns a acontecimentos extraordinários e inexplicáveis, o poder da família para ferir e curar e a sutil facilidade com que a fé se transforma em fanatismo. Lido como metáfora para o esfacelamento político e social dos Estados Unidos pós-11 de Setembro, este livro é um diagnóstico depressivamente precioso."


A Garota do Penhasco, de Lucinda Riley


  É, até agora, o único livro que li da autora, e antes dele eu não acreditava na velha história de "ah, o livro é grande mas quando você começar a ler nem vai ver o número de páginas, vai passar voando" mas esse livro me mostrou que isso é possível, o livro é bem grandinho, afinal, Lucinda Riley é irlandesa, e essas irlandesas gostam de escrever... acho que as crianças da Irlanda são educadas para acreditar que qualquer coisa com menos de 500 páginas é um mero folheto.

Traição Em Família, de David Baldacci (que é a cara do marido da minha prima)


  Sabe aquelas histórias policiais frenéticas, cheias de acontecimentos, mas sem serem sobrecarregadas por fatos demais confusas e sem pé nem cabeça, daquelas que você simplesmente não consegue largar o livro, pois é, essa é uma delas e muito mais... tem mistérios dentro dos mistérios, e fico imensamente feliz em dizer que David Baldacci é um dos melhores autores que descobri esse ano e quero muito ler mais coisas dele.

O Inocente, sir Harlan Coben

  
  Harlan Coben foi mais um autor que descobri esse ano (quase todos foram né) e que me deixou simplesmente encantado, enquanto os livros policiais "comuns" são sérios e agoniantes (uma agonia extremamente boa, diga-se de passagem) os do Harlan conseguem ser assim e ainda ter personagens irônicos e situações engraçadas, são os únicos livros que leio rindo e ansioso.

O Símbolo Perdido, do assustador Dan Brown 


  Um autor que consegue colocar tanta coisa em 24 horas, com tanta qualidade, merece estar na lista dos 10 melhores do ano de qualquer pessoa com juízo, não que eu seja um exemplo de juízo mas nesse caso convenhamos que sim... 

A Luz Ente Oceanos, da minha amada M. L. Stedman


  Juro que tentei não por esse, mas eu tive que por, primeiro porque ele está no pódio dos meus favoritos, e segundo porque o mundo precisa conhecer essa história, é o romance de estréia da autora e é simplismente incrível.

As Vantagens de Ser Invisível, de Stephen Chbosky

foto de Melina Souza

  Eu tinha que falar desse, afinal é praticamente a história da minha vida (com exceção de umas poucas coisas que se eu falar será spoiler, então...) Quem não se encantou com a história de Charlie não pode ter coração. Até eu, que as vezes duvido da existência do meu amei a história.

O Colecionador de Lágrimas, do nosso sempre professor Augusto Cury


  Eu já tinha gostado das histórias e infinitas frases de sabedoria do Dr. Cury na trilogia O Vendedor de Sonhos, da qual falei no comecinho do blog, láááá em Julho, mas eu li em Janeiro... mas essa história sobre a Segunda Guerra/tempos atuais, na qual um professor que critica Hitler começa a ser atormentado por pesadelos como se ele estivesse presente durante aqueles horrores e é perseguido nas ruas por personagens que alegam terem vindo direto da Segunda Guerra para matá-lo por ele manchar o nome de Hitler é simplesmente incrível... e depois de tanto esperar saiu o 2° volume, que estou louco para ler.

As 5 Decepções

  Hora dos 5 piores livros do ano, ou aqueles que tinham uma grande mídia em cima e não era porcaria nenhuma do que falavam.

O Caçador de Pipas, do aclamado Khaled Hosseini



  Depois que li o tão aclamado A Menina que Roubava Livros e gostei tanto, resolvi ir atrás e outra "maravilha literária" tão comentada, e... eu odiei essa história de tal maneira que não tenho nem palavras, não que não seja uma boa distração, mostra como a vida é injusta e como as pessoas boas se ferram... acho que se eu não fosse eu, não tivesse passado por algumas coisas das quais passei e não tivesse visto o que já vi, talvez tivesse gostado do livro, ele quase me fez chorar, mas de raiva, é um livro que nem sei porque não taquei no fogo, tenho motivos pessoais para tê-lo odiado dessa maneira, mas isso não muda o fato de que odiei.

O Menino do Pijama Listrado, do "autor que todo mundo ama" John Boyne


  Outro livro que acho que fui com muita sede ao pote, O Menino do Pijama Listrado é uma história até bacana, mas eu esperava muuuuuuuito mais, nada do nível de AMQRL (TBT) mas mesmo assim eu esperava muuuuuito mais, apesar de ter gostado da narrativa do autor, o que me fez comprar outro livro dele, que também não é tuuuudo isso, mas superou expectativas.

Floresta dos Corvos, do gigante Andrew Peters


  Não, nesse caso eu nunca tinha ouvido falar nada sobre o livro, e até hoje não ouvi, sei somente da minha opinião, é um livro ruim e ponto. Acho que ele pode ser considerado uma distopia fantástica, uma distopia fantástica ruim, muito ruim, foi a junção desse com o próximo da lista que me fez parar de ler fantasia (hábito trazido de volta por Cassandra Clare e C. S. Lewis)

A Maldição do Tigre, de Colleen Houck (eta mulher do nome estranho)



  O livro me conquistou pela capa e pela sinopse, e a história é realmente muito boa, o único, e gigantesco defeito foi ele ser narrado pela nojenta da Kelsey e todo seu nhé nhé nhé, "Ai! ele é perfeito demais pra mim" "Ai!Ele nunca vai me querer" se mencionar as três páginas falando apenas do corpo do príncipe... esse livro me deixou com trauma de livros com protagonistas femininos que narram a história.

Momento: me apedrejem, tô nem aí

Cidades de Papel, do nosso querido John Green


  O último livro do ano foi uma decepção, assim como o ano em si, depois de ter 2 dos livros do nosso amigo verde como meus favoritos eu esperava algo pelo menos no mesmo nível de O Teorema Katherine, que, mesmo não sendo tão bom quanto ACEDE e QEVA? é um livro muito bom, mas amanhã eu faço uma postagem falando sobre ele e explico isso melhor.

  Bom galera, esse, creio eu é o post mais longo do blog... e quero agradecer muitíssimo a você que me acompanha e não desistiu na metade do post, a você que só olhou as fotos e até mesmo a você que pulou pra cá só para ver o final, pois você ao menos se deu ao trabalho de vir até aqui.
  Um feliz ano novo pra vocês e que ele seja melhor que esse^^

detalhe: odeio fogos de artifício 

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

[Opinião] O Inocente - Harlan Coben #40


Editora:Arqueiro
N° de Páginas:326
Citação:
"A verdade nem sempre liberta"
Sinopse:
  Aos 20 anos, Matt Hunter vive uma noite de horror que ficará para sempre gravada em sua memória. Durante uma festa, ao tentar apartar uma briga, ele mata uma pessoa acidentalmente e é considerado culpado pelo júri.
  Agora, nove anos depois de ser libertado da prisão, tudo parece ter entrado nos eixos: Olívia, sua esposa, está grávida e os dois estão prestes a comprar uma casa na cidade natal dele. Mas a ilusão acaba quando Matt recebe um vídeo chocante e inexplicável que começa a despedaçar sua vida pela segunda vez.
  Para piorar, ele começa a ser seguido por um homem misterioso. Em pouco tempo, o perseguidor é encontrado morto e uma freira querida por todos também é assassinada. Quando as pistas apontam para Matt, ele e Olívia são forçados a desafiar a lei em uma tentativa desesperada de salvar seu futuro juntos.

Opinião:
  Esse é o segundo livro que leio do autor. E o melhor dos dois :p
  Como puderam ver na sinopse, o livro conta a história de Matt e Olívia Hunter, e mais meio mundo de gente, uma freira é encontrada morta e um registro telefônico leva a polícia até a casa de Marsha, cunhada de Matt, por ele ser ex-presidiário as suspeitas caem mediatamente sobre ele, uma grande parte dos personagens são conhecidos desde a infância, mas alguns só vão tento seu passado (e que passado!) revelado no decorrer da história, durante a leitura também é possível identificar quem é a mulher da capa (que, a propósito, é linda).
  A história segue mostrando ligações entre os personagens que, consequentemente, revelam uma parte da trama em si. Como todo bom romance policial, ele instiga muito, e eu tenho orgulho de dizer que deduzi, e adivinhei, uma pequena parte da trama, mas o final é totalmente inesperado.
  Uma coisa que o H. Coben é mestre em fazer é terminar 98% dos capítulos com Cliffhager (se você não sabe o que é isso clique aqui) o que nos faz querer ler logo para conhecer o desenrolar da história, em alguns casos ele dá continuidade nos acontecimentos já no próximo capítulo, em outros ele muda para a visão de outro personagem do mesmo acontecimento, e eu acho isso muito bacana.
  Os diálogos continuam sendo uma das melhores coisas do livro, cheios de ironia e humor... cinza (não chega a ser humor negro) e me fez rir muito.
  Tem uma parte, quase no final, uma conversa entre Loren Muse e sua mãe, que conseguiu me trazer lágrimas aos olhos sem precisar colocar câncer no meio, e isso é um feito e tanto, o livro também traz um pouco do que eu falei quando dei minha opinião sobre A Luz Entre Oceanos, que é o poder das suas escolhas na vida dos outros.
  Eu dei cinco estrelas pra ele, simplesmente porque não achei motivo para tirar uma, a história é empolgante, engraçada e tensa... tem um ritmo perfeito e é muito bem escrita, com o psicológico de cada personagem muito bem desenvolvido.


Um último conselho: Leiam Harlan Coben, não tenho mais nenhum livro dele não lido aqui,
pretendo comprar, mas enquanto isso...

domingo, 22 de dezembro de 2013

[Opinião] Insurgente - Veronica Roth #39

ATENÇÃO
essa postagem contém uma quantidade absurda de spoilers do livro Divergente

Editora: Rocco Jovens Leitores 
N° de Páginas:509
Citação:
"Você não é como seus pais. Você é uma menina de dezesseis anos que não entende que o valor do sacrifício está na necessidade, e não em jogar sua vida fora!"
Sinopse:
  Na Chicago futurista criada por Veronica Roth em Divergente, as facções estão desmoronando. E Beatrice Prior tem que arcar com as consequências de suas escolhas. Em Insurgente, a jovem Tris tenta salvar aqueles que ama - e a própria vida – enquanto lida com questões como mágoa e perdão, identidade e lealdade, política e amor. 

Opinião:
  Alguém, por favor, me dá o Convergente :3
  Essa está longe de ser minha história favorita, é uma história muito boa, com uma (ou seriam várias?) crítica social bem clara e bem representada.
  A história começa imediatamente após o término do primeiro livro, com eles ainda se desolacando em direção à sede da Amizade
  Depois de perder os pais, que se sacrificaram para que Tris pudesse completar sua missão de parar a simulação que estava controlando praticamente todos os membros da Audácia, que inclusive, meio que obrigou Tris a matar seu melhor amigo, Will, que estava sob o controle de Jeaninne Matthews (não lembro, mas acho que é assim que se escreve) e estava tentando matá-la. Devido a essas três mortes em especial, porque houveram muitas outras, mas sem tanto impacto, a não ser talvez a de Al, Tris começa a arriscar a vida de forma desmedida e imprudente, pensando que ela deveria se sacrificar, ou simplesmente morrer mesmo, para pagar por ter matado Will e fazer valer o sacrifício dos pais.
  Um ponto super a favor da história, que faz ela ser uma das melhores quatro estrelas, é o fato de não haver nenhum triângulo amoroso, sério, nunca conheci alguém que gostasse de triângulo amoroso, por que quedas d'água os autores ainda insistem em colocar triângulos amorosos em 90% das histórias?
  A edição continua como a do primeiro livro, se erros perceptíveis (a mim, pelo menos)  com uma letra bem grande (o que, convenhamos, é ótimo), e a capa com o símbolo de uma das facções pairando sobre a cidade, não gostei muito de ser o símbolo da Amizade, acho que se fosse o da Franqueza faria mais sentido, mas a capa é linda, não tanto quanto a do primeiro livro, mas é linda mesmo assim.
  O final do livro foi surpreendente (ao menos pra mim, uma amiga minha disse que já sabia que aquilo ia acontecer) entretanto, se o próximo livro não der uma opinião convincente sobre como aquele final, ou o começo de tudo, foi possível, vou ficar muito decepcionado com nossa amiga Veronica.
  Outro ponto a favor dessa história, é que ela saiu da zona de conforto, que não era nada confortável, da sede da Audácia, e revelou, talvez não completamente mas revelou, o que raios aconteceu com o resto do mundo, enquanto eu lia Divergente, eu fiquei pensando comigo o que existia além da cidade de Chicago, que nesse segundo livro podemos ver que está praticamente em ruínas.
  Como eu disse, é uma história muito boa, com uma proposta distópica melhor que muitas por aí, e bem melhor que o primeiro livro da série.


terça-feira, 17 de dezembro de 2013

[Opinião] Quem é você, Alasca? - John Green #38


Editora: WMF Martins Fontes
N° de Páginas:226
Citação:
"Ela tinha namorado. Eu era um palerma. Ela era apaixonante. Eu era irremediavelmente sem graça. Ela era infinitamente fascinante. Então voltei para o meu quarto e desabei no beliche de baixo, pensando que, se as pessoas fossem chuva, eu seria garoa e ela, um furacão."
Sinopse:
  Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras - e está cansado de sua vidinha segura e sem graça em casa. Vai para uma nova escola à procura daquilo que o poeta François Rebelais, quando estava à beira da morte, chamou de o "Grande Talvez". Muita coisa o aguarda em Culver Creek, incluindo Alasca Young. Inteligente, espirituosa, problemática e extremamente sensual, Alasca levará Miles para o seu labirinto e o catapultará em direção ao "Grande Talvez".

Opinião:
  AAAAAHHHHHHHH....
  Alguém me abraça, que história linda...
  Nessa história, narrada em primeira pessoa por Miles, conhecemos sua vida, a partir do momento que sai do ninho dos seus pais extremamente corujas, e vai para o colégio interno em busca do seu "Grande Talvez", lá ele conhece pessoas incríveis. Chiper, ou Coronel, seu colega de quarto, um garoto muito bacana que tem memória fotográfica e é capaz de recitar todos os países do mundo em ordem alfabética; Takumi, um asiático que... é um cara legal mas não muito fascinante; Lara, uma romena sem muita esperiência de vida mas muito engraçada; e claro, Alasca, a garota "mais linda do mundo", pela qual é impossível não se apaixonar.
  É difícil de acreditar que o primeiro livro de uma pessoa seja tão bom assim, as únicas coisas que não gostei foram, usando o estilo de narrativa do Miles, (1) eles fumam demais, eu odeio cigarros a um ponto que a simples menção deles de dá raiva e (2) se você parar por 10 segundos para imaginar um rumo para a história você é capaz de descobrir o que vai acontecer na contagem regressiva de dias.
"Como assim, 'contagem regressiva de dias'?"
Os capítulos são divididos em "dias antes", o capítulo 1, por exemplo, é "cento e trinta e seis dias antes" e vai diminuindo até o "ápice" da história e aí começa a contagem progressiva: "dia seguinte", "dois dias depois"...
  Eu só não o considerei ainda melhor que o maior sucesso do João Verde, A Culpa é Das Estrelas, por causa dos cigarros anteriormente mencionados, mas, até isso acabou sendo irrelevante comparado à magnificência da história.



Valeu galera... até a próxima. \o/

domingo, 15 de dezembro de 2013

[Opinião] O Retrato de Dorian Gray - Oscar Wilde #37


Editora:Martin Claret (Abril Coleções)
N° de Páginas:283
Citação:
"[...]vivemos em uma era em que as coisas desnecessárias são nossa única necessidade."
Sinopse:
Dorian Gray é um belo e ingênuo rapaz retratado pelo artista Basil Hallward em uma pintura. Mais do que um mero modelo, Dorian Gray torna-se inspiração a Basil em diversas outras obras. Devido ao fato de todo seu íntimo estar exposto em sua obra prima, Basil não divulga a pintura e decide presentear Dorian Gray com o quadro. Com a convivência junto a Lorde Henry Wotton, um cínico e hedonista aristocrata muito amigo de Basil, Dorian Gray é seduzido ao mundo da beleza e dos prazeres imediatos e irresponsáveis, espírito que foi intensificado após, finalmente, conferir seu retrato pronto e apaixonar-se por si mesmo. A partir de então, o aprendiz Dorian Gray supera seu mestre e cada vez mais se entrega à superficialidade e ao egoísmo. O belo rapaz, ao contrário da natureza humana, misteriosamente preserva seus sinais físicos de juventude enquanto os demais envelhecem e sofrem com as marcas da idade. 

Opinião:
  Caramba... eu nunca pensei que gostaria tanto de um clássico.
  Dorian começa a história como um jovem inocente e bobinho, mas é de tal forma exaltado por Basil e Lorde Henry (principalmente Lord Henry) que acaba acreditando que a ele tudo é possivel pois possui beleza e juventude.
  Lorde Henry, que é muitas vezes chamado de Harry, é com certeza um dos personagens mais odiosos que já vi, e Basil é um cara legal, que, sabe Deus porquê, tem um amigo como Harry, Dorian posava para Basil para que este pudesse pintar as mais diferentes figuras históricas, mas, em determinado momento, Basil decide que quer retratar Dorian como ele mesmo, e depois de pronto, Dorian fica encantado por sua própria beleza, e faz uma "prece" pedindo para que o retrato envelheça e ele continue jovem, e é isso que acaba acontecendo... Mas não apenas isso, o retrato passa a mostrar a alma de Dorian, e como ele se torna um cafajeste pior que Lorde Henry, pode-se imaginar quão medonha se torna a pintura.
  O livro é absurdamente maçante nas primeiras 100 páginas, ele basicamente só mostra as ladainhas intermináveis de Harry, mas quando a primeira mudança é vista no retrato a história se torna incrível, em alguns momentos me senti lendo uma obra de Stephen King, e isso é um senhor elogio.
  acho que essa versão é a versão censurada pois, ouvi dizer que ele fala muita coisa que era praticamente inaceitável na época (homossexualismo e afins) e, ou eu sou muito cego, bobo, ou inocente... não vi nada disso aqui... mas quando terminei o livro corri para a locadora pra alugar o filme e, no filme sim, tem coisas "pesadas"... apesar de o filme ser mais detalhista e esclarecer algumas coisas, já que Oscar Wilde não é lá muito descritivo no sentido físico da palavra (porque no psicológico ele é, e muito) eu ainda prefiro o livro por ter uma carga mais tensa... é mais "assustador" que o filme...

  Um ótimo jeito de começar a ler clássicos, e só tirei uma estrela pelas 100 primeiras páginas serem tão chatas.


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Palco Da Vida

Você pode ter defeitos, viver ansioso
E ficar irritado algumas vezes,
Mas não se esqueça de que sua vida
É a maior empresa do mundo.
E você pode evitar que ela vá à falência.
Há muitas pessoas que precisam de você,
Que o admiram e torcem por você.
Gostaria que você sempre se lembrasse que ser feliz
Não é ter um céu sem tempestade, caminhos sem acidentes,
Trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem desilusões.
Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas,
Segurança no palco do medo, amor nos desencontros.
Ser feliz não é apenas valorisar o sorriso,
Mas refletir sobre a tristeza.
Não é apenas comemorar o sucesso,
Mas aprender lições nos fracassos.
Não é apenas ter júbilo nos aplausos,
Mas encontrar alegria no anonimato.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver,
Apesar de todos os desafios,
Imcompreenções e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas
E se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si,
Mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndido da sua alma.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples
Que mora dentro de cada um de nós.
É ter maturidade para falar "eu errei".
É ter ousadia para dizer "me perdoe".
É ter sensibilidade para expressar "eu preciso de você".
É ter capacidade de dizer "eu te amo".
É ter a humildade da receptividade.
Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades
Para você ser feliz...
E quando você errar o caminho, recomece,
Pois assim você descobrirá que ser feliz
Não é ter uma vida perfeita,
Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância.
Usar as perdas para refinar a paciência.
Usar as falhas para lapidar o prazer.
Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.
Jamais desista de si mesmo.
Jamais desista das pessoas que você ama.
Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espetáculo
Imperdível, ainda que se apresentem
Dezenas de fatores a demostrar o contrário.

Pedras no caminho? Guardo todas...
Um dia vou construir um castelo!

(Autor desconhecido)

[Opinião] A Hospedeira - Stephanie Meyer #36



Editora:Intrínseca
N° de Páginas:557
Sinopse:
  Quando um inimigo invisível ameaça o planeta, tomando o corpo dos seres humanos e apagando suas memórias, Melaine Stryder arriscará tudo para proteger as pessoas que mais ama - Jared, Ian e seu irmão Jaime - e provar que o amor conquista tudo, mesmo em meio às maiores adversidades.

Opinião:
  Confesso que não é o que eu esperava, é muito mais do que eu imaginava, em primeiro lugar me surpreendi pelo fato que a protagonista não é a Melaine, e sim a Peregrina, a alienígena parasita que se infiltrou em seu corpo.
  Eu vejo muita gente falando que o livro tem um começo muito chato e só vai ficar bom lá pela página 200, não concordo, ele realmente melhora depois de um tempo, mas isso não quer dizer que o começo não seja empolgante, todo aquele conflito interno que ambas tem, a briga para ver quem vai ficar com o corpo, é tudo muito envolvente.
  O principal ponto do livro, pra mim, foi a definição de "humano" acho que descartaram um pouco o fato que humano pode ser tanto no sentido físico: ser humano, quanto no sentido espiritual, por assim dizer: humanista. mas no sentido humanista do termo, os alienígenas são muito mais humanos do que os humanos (?). Principalmente a Peg, em alguns momentos eu me peguei pensando: "será que o mundo não está melhor nas mãos deles do que esteve todos esses anos nas nossas?"
  Como já disse, a história me surpreendeu muito, estou louco pra ver o filme (possivelmente legendado pois odiei a dubladora da Mel)

quatro estrelas cósmicas pra essa ficção de outro mundo

[Opinião] Piteco: Ingá (HQ) #35



Autor: Shiko
Editora: Panini Comics

Opinião:
  Mais um encadernado do "projeto" Graphic MSP. Dessa vez contando uma história do nosso (pelo menos meu) neandertal favorito... que ficou ainda melhor nas mãos do incrível cartunista Shiko.
  A história começa com Thuga falando com o povo de Lem sobre o cumprimento de uma antiga profecia, que falava de um dia em que o rio secaria e o povo teria que seguir as manadas até um novo rio e firmar a tribo ali. Mas ela esconde uma parte da profecia, a parte que um dia antes da partida de seu povo, os Homens-Tigre viriam e a levariam embora. No dia seguinte, ao ver que Thuga sumiu, e enquanto o restante do povo de Lem segue para sua nova morada, Piteco, Beleléu e Ogra vão atrás dos Homens-Tigre para recuperar Thuga.
  O "Ingá" do título se refere à pedra na qual está a dita profecia, e essa pedra realmente existe e está localizada na Paraíba.
  No decorrer dessa busca eles encontram antigos "deuses", que são releituras dos personagens do folclore brasileiro, como M-Buantan (boitatá) e  Arapó-paco (um curupira, ou caipora, mais assombroso que cavalga um tatu gigante e medonho). Enquanto algumas dessas incríveis criaturas os ajudam, outras passam muito perto de frustrar a missão deles.
  A história bem construída, o desenho é perfeito, todo pintado em aquarela e se desenvolve de maneira sublime, ela tem um tom um pouco mais sombrio e não sei se deveria ser permitido a uma criança mais pequena, na minha opinião, é a melhor Graphic MSP que li até agora (só não li a do Chico Bento). Só não é cinco estrelas porque senti falta dos dinossauros (grandes coisa, eu sei) e o final foi meio abrupto... mas mesmo assim é incrível...


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