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terça-feira, 29 de setembro de 2020

Os dias maus

 


    Há três anos eu comecei uma "tradição" aqui no no blog, todo mês de setembro trago algo relacionado à valorização da vida e tudo mais.
  Começou com uma carta ao meu eu de cinco anos atrás, quando os dias maus eram mais frequentes que os dias bons. No ano passado falei sobre um livro que é um verdadeiro estudo sobre a depressão.

  Este ano, como as postagens estão programadas eu acabei esquecendo, até que os dias maus chegaram...
  É fato que os dias maus sempre vêm, para todos, e diversas vezes sem um motivo, no meu caso eu não posso reclamar da minha situação atual, não me desentendi com ninguém, passei um tempo bacana com meus amigos... minha vida de forma geral está bem... mas eu não estou bem... eu conheço a sensação de desânimo e tristeza muito bem, sei que ela vai embora em alguns dias. Talvez piore antes de melhorar, mas sei que vai passar.
  O que é mais importante nessa situação?
  1. Guardar a mente. Cuidado com o que consome quando não está bem, conversas, músicas, filmes... nada que te faça sentir pior.
  2. Ignore os maus conselhos. Quando digo isso me refiro aos auto conselhos e ideias que surgem na sua cabeça quando você não está legal, li algo sobre pensamentos invasivos uma vez: "Você não pode evitar que os pássaros voem sobre a sua cabeça, mas pode evitar que façam ninho sobre ela"
  3. Espere. Tudo bem não estar bem, mas nunca se esqueça que isso vai passar.
  4. Não desperdice oportunidades de melhora. Converse e se abra com as pessoas que ama, boa parte dos meus amigos já sabem que não estou bem, eles sabem o que esperar de mim e tenho certeza que em tenho em quem me agarrar se não conseguir andar. Mesmo sabendo que não chegarei a tanto é bom saber onde é seguro se apoiar.
  5. Tenha fé. "A sabedoria da vida está em ter consciência de que os bons momentos passam, mas os maus também passam" Essa é uma frase do meu pastor (ou de alguém que ele leu, sei lá). Saiba que existe alguém maior e que nada escapa do controle dEle, mesmo que você não entenda o porquê de as coisas acontecerem.

  Você talvez não saiba o que acontece com você, eu também não sei, ajuda especializada (psicólogos, psiquiatras e afins) é muito útil. Eu faço terapia? Não, já fiz, mas por pouco tempo... Sempre que os dias maus chegam me arrependo de ter parado. Mas sei lá... nos dias maus a cabeça não funciona 100% tento seguir os passos que passei acima e evito ao máximo decisões muito importantes nesse período, taí, esse pode ser outro tópico, o número 6.
  Não se afunde e evite ficar sozinho poderiam ser o número 7, inclusive. 
  Enfim... não acredite demasiadamente em você mesmo quando os dias maus chegam, eles tornam o coração mais enganoso do que é normalmente.

  E tente se animar, sem forçar, pois isso pode causar frustração... mas tente. Talvez não funcione, mas vale a pena.



quarta-feira, 28 de março de 2018

Especialistas em autoboicote


  Nos enganamos com frequência e nos frustramos com facilidade.
  Sabemos o que nos prejudica e corremos em sua direção.
  Ignoramos quem é sábio e temos a tolice como conselheira.
  Sabemos que o caminho é oposto ao que percorremos, mas continuamos a nos distanciar.
  Muitas vezes nos viramos para o lado certo.
  Mas ao ver que estamos bem o autoboicote assume o controle.
  Ligamos mais para o corpo do que para o espírito.
  E sabemos o fim que isso nos reserva.
  Mesmo assim continuamos cortando o galho no qual estamos sentados, cavando uma cova para cairmos dentro.
  Já passou da hora de firmar o pé no caminho certo, parar de andar em círculos ou andar para trás.
  Já passou da hora de ajudarmos a nós mesmos.


segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Meu cacos

 
  Tem sido um tempo indescritível.
  Tenho aprendido muito.
  Tenho mudado muito.
  Alguns dias são mais fáceis,
  Alguns eu torno mais difíceis.

  Eu era um vaso com defeito.
  O que era despejado em mim não me enchia e não era transportado a outros.
  Achei que o processo de restauração era dolorido e demorado.
  Pedi o controle, na ilusão de conseguir fazer melhor.
  O vaso que eu era rolou.
  Foi para o chão.
  Se eu achava o raspar das arestas dolorido.
  Imagina como foi o impacto com o chão.
  Mas me ajudou a entender que não depende de mim.
  Me ajudou a aceitar.

  É seu aniversário (na falta de Uma data mais precisa)
  E a única coisa que posso te oferecer hoje são os cacos do que eu era
  Molde e refaça da forma que achar melhor.
  Aprendi a aceitar.
  Aprendi que não há ninguém que possa fazer melhor.


sábado, 23 de dezembro de 2017

O Processo


"I'm holding on. Why is everything so heavy?"
Linkin Park 

  Essa é daquelas...
  Não tenho certeza se é o início de uma nova crise, espero que não.
  Pelo menos não daquele tipo de crise.
  Vejo qual é o problema, um pequeno salto pode resolver isso, mas meu medo me tranca em uma caixa invisível, não sei como sair, ou sei?
  Sei o que lança o medo fora, mas me falta forças para aceitar,
  Conscientemente sei onde está o erro.
  Mas não tenho forças suficientes para repará-lo.
  Sei que não depende de mim,
  Mas não aceito que não dependa.
  Estou intoxicado pela dependência, por achar que preciso do que sei que não preciso.
  E essa luta entre o saber e o aceitar não parece ter fim.
  Já vi amigos completando essa parte do processo.
  Quis pegar um atalho.
  Não foi uma boa ideia.
  O processo inclui o caminho,
  Tentar encurtá-lo só o prolonga.
  Trapacear só torna mais difícil.
  E essa é a mais nova participante da guerra entre o saber e o aceitar.
CONTINUO SEGURANDO O QUE ME PUXA PRA BAIXO, POR QUÊ?
  Sei (em parte) o que está errado.
  Sei que meu modo de pensar precisa mudar (em aspectos)
  Sei também que não consigo fazer isso pessoalmente.
  Mas não consigo aceitar a falta de controle sobre isso.
  Sei que basta eu largar.
  Sei que tem Alguém apenas esperando que eu faça isso.
  Ele vai cuidar dessa parte.
  Mas o tratamento dói.
  Queria ser agente de cura, mas me descobri enfermo.
  Queria ser um bom representante para os que me cercam, mas descobri que não sou capaz.
  Sei que um dia serei.
  Mas é outra coisa difícil de aceitar.
  Por que não estou pronto agora?
  Queria ter passado por isso tudo antes.
  Queria que já tivesse terminado.
  Não sei se deveria escrever tudo isso.
  Isso vai mais contra o que eu quero fazer do que no sentido para o qual quero apontar.
  Mas o processo faz parte.
  Sei disso.
  Só é difícil aceitar.


sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Degraus



  Já dizia Miley Cyrus antes do despirocamento: There's always gonna be another mountain.
  Achei que tinha chegado ao topo da escada, mas descobri com uma curva que aquele era só o fim do primeiro lance, não sei quantos são, mas algo me diz que é muito mais do que imagino.
  Os novos degraus são grandes, parecem ser intransponíveis, estou agarrado a um deles, mas parece ser revestido de porcelana lisa, inclinada, e minhas mãos estão suadas.
  Katniss já dizia: Alguns passos você precisa dar sozinho, talvez isso seja o que mais me assusta no momento, sei onde preciso ir, sei onde devo pisar, mas sei também que ninguém pode fazer isso por mim.
  Já disse e repito, crescer dói, principalmente se você adiou o processo até não poder mais, correr atrás do tempo perdido, avançar em um mês o que devia ter avançado em um ano... não é simples, empurrar os problemas com a barriga sempre vai deixá-los a nossa frente, sentar no degrau só vai te ensinar que você nunca vai sair do lugar se continuar sentado.
  A vida é conservadora, adepta das coisas mais antigas, sua escada não é rolante, exige esforço, e nem sempre existe uma grande recompensa, provavelmente só outro lance de escada, e assim vai, até chegarmos onde precisamos. O fim da escada? Talvez, mas depois de nós alguém continuará subindo, a escada nunca termina, nós é que terminamos.


sexta-feira, 4 de julho de 2014

O Porquê do Abandono #1: Em Que Caminho Tu Estás Andando?

  Quem viu o vídeo de leituras de Abril e Maio viu que o livro que sorteei no potinho, não sei porque não gosto de falar TBR Jar, foi o Em Que Caminho Tu Estás Andando, de um pseudo-pastor aí, desculpa chamá-lo assim mas né... vou dizer porque abandonei o livro e vejamos se vocês concordam comigo.
  Não li muita coisa do livro, mas já me desagradou muitíssimo o que li, não pelo fato de ser um livro "cristão", afinal de contas, eu sou cristão e gosto desse tipo de livro, o que me desagradou foi que logo na primeira página, do primeiro capítulo, o autor me vem com uma frase mais ou menos assim: "Vemos que o único motivo de seguir Jesus é termos paz na vida futura." Mávácriarvergonhanessacaralerdasuacidadão...
é a mesma coisa de orar dizendo: "Senhor, estou aqui te servindo, não por ter me dado vida, me criado, ter morrido por mim, me livrar constantemente de todos os laços do inimigo nem mesmo por Você ser Deus e me amar incondicionalmente, estou aqui te servindo única e exclusivamente porque quero ir pro céu pois acredito que o inferno deve ser muito ruim." Eu como cristão não consigo admitir a mim mesmo ler algo nesse tom, devo admitir que ele pelo menos foi sincero no que diz respeito a crença pessoal dele, o que não deixa de ser uma vergonha para o resto da comunidade cristã.
  Não encontrei nenhuma foto do livro em toda a internet, nem no Skoob ele existe, e não tenho mais o livro pra tirar uma foto pra vocês.
  Outra coisa que me desagradou é que o autor não conseguiu terminar uma frase sem pelo menos dois erros grotescos de português.
  Então se você gosta de livros cristãos, nunca, jamais, em hipótese alguma leia Em Que Caminho Tu Estas Andando? do pastor que realmente não lembro o nome. Se você não gosta de livros cristãos, você provavelmente não se interessaria por ele mesmo.
   Enfim, esse foi só um desabafo para explicar para vocês porque não cumpri o desfio de ler o livro sorteado...
  Grande abraço a todos e até a próxima!

sábado, 10 de maio de 2014

Pior Semana da História

   E aqui estou eu, mais uma vez, com um post sem absolutamente nada a ver com literatura... não se preocupem que não vou chorar muito, o título vai ser a parte mais chorada do post :p
  Essa semana foi terrível, graças a Deus hoje é sábado, mas não quero dissecá-la aqui, afinal de contas o objetivo do blog não é esse, por falar em objetivo do blog, estou devendo minha opinião sobre o A Estrela que Nunca Vai se Apagar, ops.
  Eu só senti vontade de escrever alguma coisa e aqui estou, novamente com frases desconectas, que talvez faça quem ler pensar que eu tenho algum tipo de problema mais sério. Como eu disse só quero escrever... talvez saia alguma coisa decente, duvido muito, mas de qualquer forma descobri recentemente que escrever me acalma e me alivia, mesmo que seja, sei lá, um texto meio choroso e sem muito nexo.
  Não estou deprimido dessa vez, estou meio tristonho sim, mas não deprimido existe uma enorme diferença, mas estou cansado e meio frustrado, se eu pudesse apagar essa semana e todos os problemas que ela me trouxe, as brigas da família, os problemas no trabalho, os incontáveis erros que cometi e a constante saudade de minha antiga vida, como já disse toda essa mudança me trouxe coisas boas, estou perto da minha família, mesmo que meu pai me ache um inútil e não perca a oportunidade de me menosprezar é bom estar aqui, minha mãe me fez muita falta naqueles dois anos que esteve longe, tenho amigos aqui, bem menos do que tinha lá, mas isso talvez seja bom, serão menos despedidas da próxima vez, tenho alguns primos e tias (os tios não :s) que me deixam muito bem.
Tá bom, agora o rádio começa a tocar "Não se Vá" como se a semana já não estivesse deprimente o bastante.
  Eu gosto dessa música, apesar do romantismo dela... eu acho ela bacana, principalmente o começo, e mesmo não entendendo lhufas de música acho ela muito bem cantada, mas vocês tem que concordar comigo que ela não é o tipo de música que nos alegra.
  Como disse estou cansado... com certeza isso se deve um pouco ao fato de que estou dormindo muito mal, essa semana estressante está me destruindo, por favor Deus, que a próxima seja melhor, não precisa nem ser a melhor semana da minha vida, sendo 50% melhor que essa eu já fico satisfeito, mas por favor, apague essa semana da minha memória
  Como disse estou devendo para vocês a opinião do livro da Esther Earl, talvez eu escreva ela ainda hoje, queria incorporar umas coisinhas ao blog também, mas não estou disposto a pesquisar e não sei fazer, outra coisa triste é que esse mês sai o filme do livro A Culpa é das Estrelas, e o cinema dessa cidade que, segundo eles estaria pronto em novembro do ano passado, ainda não está funcionando...
Meu pai do céu... esse rádio está muito deprimente hoje, agora começou tocar aquela que diz: "O que eu sei é que jamais vou te esquecer..." ou qualquer coisa assim.
  Pra terminar de lascar a semana ainda fiz uma péssima escolha de leitura, Vidas Provisórias, do Edney (que por alguma razão eu sempre falo Sidney) Silvestre... a história é até bacaninha, mas a narrativa, na minha opinião, pelo menos até agora, está muito chata....
  Mas enfim... vou fazer o post do livro da Esther, não tenho muita certeza se vai ficar bacana, mas vou ver o que posso fazer.
Mais uma vez: Graças a Deus hoje é sábado!!!!!!!

sábado, 12 de abril de 2014

Os Dias Com Sentimentos


 A gente constroi um muro de ilusão, com uma cor esverdeada, que nos tranquiliza, nos faz esquecer um pouco nossas decepções, mas esse muro é demasiadamente frágil, e o mais leve tremor de terra, até aqueles causados pela passagem de um grande caminhão, ou mais especificamente, o estrondo de um trovão, de um raio que caiu perto, ou até um ventinho mais forte, todas essas coisas são capazes de abrir buracos, e na maioria das vezes, derrubar nosso muro por completo, só quando o muro cai é que percebemos que o haviamos construído, com o barulho que sua queda faz, nossa atenção é atraída para onde ele deveria estar, e tudo que tentamos engolir, ou melhor, esconder de nós mesmos e disfarçar para os outros, nos causa choque, toda a saudade das pessoas que deixamos para trás, toda nossa vida passada, tudo o que fomos e fomos obrigados a deixar de ser, toda nossa antiga felicidade e gosto pela vida, ou mesmo a falta dessas coisas, tudo isso brilha com uma intensidade que nos fere os olhos, ou simplesmente é tão doloroso saber que aquela pessoa, rodeada de amigos e que sempre que precisava de um abraço sincero tinha quem desse, aquela pessoa que conseguia confiar nas outras, não que nunca tenha se arrependido disso, mas mesmo assim acreditava quando essas pessoas lhe falavam algo, sabia que os abraços e palavras de consolo eram verdadeiras. De alguma fosma, no fundo do coração, sabia que aquilo tudo era sincero, é duro saber que aquela pessoa já não somos mais nós.
  Talvez eu esteja maluco e seja o único assim, mas duvido muito, e de qualquer forma, usar o "nós", pronome que constantemente prefiro evitar, me traz alento.
  No início do próximo mês fará um ano que minha vida mudou completamente, deixei o estado onde cresci e praticamente todas as pessoas que conhecia e não tinham o mesmo sangue que eu, e nesse quase uma ano muita coisa aconteceu, mas só se parar e pensar, com uma análise superficial alguém diria que absolutamente nada mudou, mas mudou sim, muitas coisas nasceram nesse ano, o próprio blog é uma delas, várias outras coisas também morreram, grande parte das minhas amizades, e essa coisa de que verdadeiras amizades sobrevivem a distância não funciona com todo mundo, eu abomino uma forma de comunicação na qual não se tenha a outra presente, sou antissocial porque escolhi ser, nunca gostei de lugares lotados, me dão agonia, não gosto do barulho das pessoas, mas das pessoas que conheço eu gosto de saber que elas realmente existem, coisa difícil de ser comprovada de maneira satisfatória estando longe, a comprovação, a única que me convence e agrada é o toque. Poder sentir a presença de outra pessoa, encostar nela, podem me chamar de carente se quiserem não me importo, por grande parte da vida eu fui um solitário, tímido, retraído e rejeitado... um invisível assim como o Charlie, do livro que estou sorteando esse mês.
  Sempre que tinha meus "rompantes depressivos" eu fazia um desabafo como esse, e ele pode parecer super desconexo pra quem não me conhece, e também para quem acha que me conhece. Costumava desabafar em um papel, assim que terminava de escrever eu o rasgava e jogava fora. Acreditando, tolamente, que o fogo ou o vento (e na maiora da vezes o lixeiro) levaria minha frustração junto com os pedaços de papel, uma AMIGA certa ve me disse que o papel não me traria conforto, e tudo que a gente rasga está apenas esperando que volte a se juntar lá na frente (um dos raros momentos que ela demonstrou simpatia, diga-se de passagem), então comecei a desabafar com meus amigos, eles pediam uma parte da minha carga e eu, depois de muito tempo, aceitei dividir com eles, muitas vezes chorei abraçado com alguns, mes nesse quase ano, ainda não encontrei nenhum amigo com quem realmente pudesse me abrir, dei menos abraços nesse ano do que no meu último mês lá. Por favor não me venham com a ladainha de deixar o passado para trás, vocês concordam que ele foi importante, tenho certeza que concordam. Sei que ficar me lembrando dele me trás dor, mas eu conheço essa dor, e no momento, ela é a única que me entende, e por mais que seja indesejada ela é também reconfortante, e a única que me entende, quando nem eu me entendo, e a única que sabe que preciso de um abraço sincero... a única capaz de me abraçar dessa forma.

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