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quarta-feira, 9 de setembro de 2015

[Opinião] Prometo Falhar - Pedro Chagas Freitas #148

Editora: Novo Conceito


Nº de páginas: 400

Trecho: 

Desaprendi com a vida tantas coisas que a vida me deu.
Desaprendi a amar o futuro – porque o que me resta dele é esta alma tão pronta para continuar e este corpo tão pronto para esticar. Para que serve haver depois de mim se não estarei aqui para vivê-lo?
Desaprendi a descobrir o que faz mexer os mais novos, o que os obriga a serem aquilo que são, aquilo que constantemente têm de ser. Não sei para que existe a inveja, a ambição, a soma de notas guardadas num cofre. Não sei para que existe a saúde se apenas serve para ganhar dinheiro. Para que serve a juventude se não sabemos para que serve a juventude?
Desaprendi a perceber as pessoas que o mundo contém. Há pessoas que gastam a vida na vida dos outros, na felicidade dos outros a martirizar a sua, pessoas que não se agarram ao tanto que têm e preferem agarrar-se ao tanto que nunca terão. Há pessoas que se gastam na vida. Para que serve toda a vida pela frente se tudo o que fazemos a faz virar as costas?”


Sinopse:
  Prometo Falhar é um livro que fala de amor. O amor dos amantes, o amor dos amigos, o amor da mãe pelo filho, do filho pela mãe, pelo pai, o amor que abala, que toca, que arrebata, que emociona, que descobre e encobre, que fere e cura, que prende e liberta. Em crônicas desconcertantes, Pedro convida o leitor a revisitar suas próprias impressões sobre os relacionamentos humanos.
  A linguagem fluida, livre, sem amarras, faz querer ler tudo de uma vez e depois ligar para o autor para terminar a conversa. Medo, frustração, inveja, ciúme e todos os sentimentos que nos ensinaram a sufocar são expostos sem pudores. Mergulhe de cabeça numa obra que mostra que é possível sair ileso de tudo, menos do amor. Você escolhe a ordem em que vai ler as crônicas do jovem escritor que tem 21 obras publicadas e é sucesso de vendas em Portugal.

Opinião:
  E eis aqui o meu primeiro contato com um livro de crônicas.
  O motivo de nunca ter lido um nem eu mesma sei, mas como para tudo há uma primeira vez, finalmente me aventurei em mares diferentes.
  Primeiramente preciso parabenizar a editora por toda a composição do livro. Não notei erros ortográficos, os capítulos são simples e nada ornamentados (o que tornou a experiência acolhedora) e a capa é linda! Eu simplesmente me apaixonei por essa capa^^.
  Além disso, a caixinha de mensagens com trechos retirados do livro são um verdadeiro charme! Foi um mimo da editora pra lá de especial, e eu amo olhar para a minha estante e observar o conjunto que eles formam haha.
  Comentário feito... Voltemos à resenha:
  É com certa vergonha que admito aqui que demorei semanas para terminar a leitura deste livro. Um dos motivos é que eu não estava familiarizada com esse tipo de texto, e muitas vezes, sentia-me perdida com os finais abruptos de cada crônica. Outro motivo foi que, apesar de se tratar de textos encantadores, muitas vezes eu sentia que estava lendo a mesma crônica duas, três... quatro vezes, apenas com uma mudança de palavras. Então comecei a me sentir deprimida e interrompi a leitura, recorrendo a outros livros enquanto os efeitos de Prometo Falhar iam se diluindo do meu sistema.
  As crônicas, todas, falam sobre o amor. Não só o amor romântico, mas o amor dentre todos os seus aspectos. São textos lindos, onde muitas vezes nos encontramos entre as palavras, o que pode deixar você feliz ou – na maioria das vezes, no meu caso – pode te deixar pensativo e um tanto deprimido.
  Algo que eu observei foi que, apesar das diversas facetas, o amor romântico foi muito mais explorado pelo autor. E como eu disse anteriormente, a sensação de repetição deixava a leitura cansativa e monótona, o que praticamente me forçava a parar e ir fazer alguma outra coisa, antes que tanto amor acabasse com o meu estomago. Eu não sou uma pedra de gelo, e embora às vezes não seja dada a romantismo, gosto de pequenas coisas românticas. Porém, como todo doce em excesso, amor demais pode enjoar.
  Mas não pense que o livro todo é meloso assim! Várias vezes, ao virar as páginas, eu me deparava com um texto incrível e com pensamentos instigantes que me faziam prender o ar e dizer “uau... esse cara sabe o que está fazendo!”, e eram esses momentos que faziam valer a pena todo o excesso de açúcar que se observa na obra. Além disso, o jogo de palavras... A poesia que o autor emprega nos seus versos... É tudo muito bom!
  A conclusão que retirei da leitura foi que esse não é um livro para se ler de uma só vez. Consuma devagar, sem pressa, e você vai conseguir absorver tudo com mais aproveitamento. Escolha textos aleatórios, se permita começar do meio, ou do final. Se você insistir em seguir a regra de inicio, meio e fim, pode perder a magia da leitura.
  Ele muda vidas? Não. Mas se lido com atenção e de coração aberto, pode inspirá-las.









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