Editora: Darkside Books
N° de Páginas: 355
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Sinopse:
As estradas do Império destruído. Um cenário abandonado há milênios pelos enigmáticos Construtores. É nessa nova era medieval que o Príncipe Honório Jorg Ancrath se vê obrigado a amadurecer para saciar seu desejo de vingança e poder.
Jorg testemunhou o brutal assassinato da rainha-mãe e de seu irmão caçula, ainda criança. Jogado à própria sorte em um arbusto de roseira-brava, ele permaneceu imobilizado pelos espinhos que rasgavam profundamente sua pele, e sua alma. Quatro anos depois, o Príncipe dos Espinhos lidera uma irmandade de assassinos. E sua única intenção é vencer o jogo. O jogo que os espinhos lhe ensinaram.
Opinião:
Esse livro sempre passou batido para mim.
Até que o vi em uma vitrine e resolvi dar uma chance, ver do que se tratava. Preciso começar falando que não é um livro agradável, mas é... interessante, na falta de uma palavra melhor.
Aos dez anos nosso protagonista vê o castelo de seu pai ser invadido pelo Conde de Renar e para salvá-lo o seu professor (se não me engano foi ele mesmo) o atira para fora do lugar que está sendo invadido e ele cai, justamente, em cima de um arbusto de roseira-brava, quase perde todo o sangue e enquanto fica lá preso ele assiste ao assassinato do irmão e o estupro e assassinato de sua mãe. Quando ele enfim se recupera dos ferimentos ele descobre que o rei, seu pai, não pretende nenhuma represália ou vingança em relação ao conde, eles fazem uma negociação amigável e fica por isso, mas Jorg não aceita a situação e resolve partir em busca de vingança.
O livro possui duas linhas narrativas, o que seria o presente, quatro anos depois da invasão do Conde de Renar, e o "quatro anos atrás" que acredito ser óbvio do que se trata... Essa divisão é interessante para entendermos de onde vieram alguns personagens e como uma criança de dez anos conseguiu subir hierarquicamente até assumir a liderança de uma irmandade de assassinos.
Aí vemos o primeiro grande problema do livro, a crueldade e até maturidade, se assim podemos chamar, de Jorg, não coincidem com alguém de sua idade, aos 14 anos ele já não tem nenhum escrúpulo e age como um adulto, de uma forma que nem mesmo o trauma pelo qual passou consegue justificar, e ao mesmo tempo ele está a quatro anos querendo se vingar de um governante do qual ele chega às portas do castelo... vira as costas e vai embora. Mas tudo isso é explicado perto do final do livro, onde é revelado quem são os verdadeiros vilões e quem realmente dita as regras nessa guerra de tronos.
A escrita do autor é agradável e apesar das passagens onde a vontade era largar o livro e nunca mais tocar nele o ritmo da narrativa é rápido, quase frenético, com alguns enchimentos de linguiça, admitamos, mas no geral é uma leitura interessante. A história, apesar de todo o asco que causa e o personagem ser irritante por boa parte do livro é intrigante, e você quer ver como isso vai terminar, formulei diversas teorias sobre o desenrolar da história e errei todas, o que fez com que eu gostasse mais do livro.
O mundo criado pelo autor é convincente, apesar de todo o ar de era medieval algo não se encaixa, construções (em ruínas, mas construções ainda assim) e objetos do nosso cotidiano são tratados como antiguidades incompreensíveis pelos personagens, o que nos faz perceber que na realidade se trata mais de uma espécie de futuro que deu errado do que do passado, inclusive a questão da religião, um dos meus personagens favoritos (o que não quer dizer que eu tenha realmente gostado dele) é o padre que Jorg resgata no início do livro, eles tem a Bíblia e reconhecem Jesus (apesar da vários personagens, inclusive o protagonista, ser bastante blasfemo).
Em suma é um livro sobre conhecer seu objetivo e sobre perceber quando se está sendo manipulado, o que muitas vezes é difícil de perceber. Sobre lutar pelos seus objetivos e ter cuidado em quem confia. O livro também mostra que você pode ser um completo babaca que se for determinado vai conseguir tudo que deseja, mas não gosto muito dessa filosofia.
Oi, Rudi! Tudo bem? Também não gosto dessa filosofia hahahaha Eu adoro a capa desse livro, mas não curto a premissa dele. Também sempre me passou (e continuará a passar) batido. Mas fico feliz que você tenha curtido! :)
ResponderExcluirAbraço
http://tonylucasblog.blogspot.com.br/
Nunca diga dessa água não beberei kkkk
ExcluirEu gostei bastante do mundo criado pelo autor, provavelmente vou ler a outra trilogia que o autor escreveu e que se passa no mesmo universo