domingo, 3 de novembro de 2019

[Opinião] Atrevi-me a Chamar-lhe Pai - Richard Schneider #258

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https://www.skoob.com.br/atrevi-me-a-chamar-lhe-pai-12854ed403430.html

Editora: Vida

N° de Páginas: 188

Quote:
"Conversar com Deus como se fosse meu pai! O pensamento sacudia minha alma com a maneira peculiar que a verdade possui de, ao mesmo tempo, espantar e confortar.

Sinopse:
  Quando o Espírito Santo tocou esta orgulhosa mulher da nobreza muçulmana, as repercussões se fizeram sentir ao redor do mundo!
Esta é a história verídica de Bilquis Sheikh, senhora muçulmana que repentina e dramaticamente sofre uma transformação completa ao encontrar-se com Deus por intermédio da leitura da Bíblia. Enfrenta, então, ameaças de morte, perda da família, da posição social e é forçada a deixar sua terra natal. Tudo isso por procurar ser fiel a seu Salvador!
  Pelos olhos da sra. Sheik, podemos ver o confronto entre cristianismo e islamismo e o tremendo abismo entre as duas culturas. E, num nível ainda muito mais pessoal, descobrimos que o Espírito Santo muda o coração dos homens - até em circunstâncias menos prováveis.
Nesta época de dificuldades, é vital que os cristãos ocidentais compreendam quão difícil é ser cristão em terras muçulmanas, e por isso mesmo, percebam a preciosa dádiva de adorar ao Senhor livremente.


Opinião:
  Esse é um daqueles livros que abre seus olhos para muita coisa (nesse sentido, a capa foi muito bem escolhida).
  O livro é narrado em primeira pessoa por Bilquis Sheikh, onde ela relata a sua conversão da religião muçulmana para o cristianismo, essa é uma história real, ela contou sua história para o Richard e ele a transcreveu fielmente (assim esperamos) para o livro, tipo aconteceu com Abdullah, que contou sua história à Clívio Meireles e esse a colocou em um livro.
  Não quero comparar os dois livros pois Abdullah e Bilquis foram pessoas bem diferentes, Bilquis tem sua imensa casa com seu gigantesco e belo jardim e vive confortavelmente com seus muitos criados para fazerem o que for necessário para manter o estilo de vida dela, ela foi uma mulher importante no Paquistão na época da Segunda Guerra e tem certas mordomias hoje (ou melhor, tinha) devido aos serviços que prestou ao seu país.
  Bilquis, como a esmagadora maioria do povo paquistanês é muçulmana e tinha sua crença baseada no que essa religião prega, ela tem uma criada cristã da qual gosta muito mas não admite que fale sobre a divindade de Jesus naquela casa. É um livro muito interessante para conhecermos mais sobre a cultura pasquistanesa e muçulmana, afinal é também um povo de descende de Abraão (pra quem não sabe, os muçulmanos se originaram da linhagem de Ismael, o filho de Abraão com Hagar).
  Certo dia Bilquis vê um casal de missionários apreciando seu jardim, ela fica um pouco desconfortável com a presença deles mas não os expulsa e os trata com muita cordialidade, mas há um certo preconceito por missionários, e cristãos e geral no Paquistão, como a própria Begun Sheikh (como é chamada) diz: são de uma posição social parecida com a dos varredores de rua, mas nessa noite ela tem dois sonhos que iniciarão uma mudança significativa em sua vida.
  É uma história de transformação deliciosa de se acompanhar, mostra todos os problemas que levam Bilquis a, literalmente, lutar por sua vida, e é tudo descrito de forma tão bela e apaixonada que a leitura flui de forma imperceptível (tudo bem que o livro não é lá tão grande, mas enfim).
  Já disse algumas vezes que tenho fascínio pelo oriente médio e enquanto lia esse livro eu viajei imaginando as cores, sabores e aromas daquele país árido mas tão cheio de vida, inclusive peço a liberdade para transcrever um dos sonhos que Bilquis teve, fora de contexto ele talvez não signifique muito, mas considerando o momento da vida dela, e o acontecimento que se deu logo após ela acordar é de arrepiar. Vou colocar destacada abaixo mas vou transcrever de cabeça, já que emprestei o livro para o meu pastor.
  "Estava em casa a espera do entardecer quando uma de minhas criadas me avisa que chegou à minha porta o comerciante de perfumes, eu felicíssima fui ao encontro dele para adquirir o que sempre foi meu luxo predileto. Depois de conversarmos ele disse que tinha algo especial para mim, e me estende um jarro que exala um maravilhoso perfume. ao olhar lá dentro fico hipnotizada pelo perfume que tem a aparência de cristal líquido, encantada tanto com o cheio quanto com a aparência começo a enfiar a mão para tocar o líquido quando ouço o comerciante dizer: 'Não!' Ele retira o vaso das minhas mãos e o coloca em minha mesa de cabeceira enquanto completa: 'Isso vai se espalhar pelo mundo todo!'"
  Até me arrepiei ao lembrar desse sonho.
  A edição não condiz muito com o conteúdo do livro, ou seja, não é tão boa... a capa é sim muito bonita mas o acabamento do livro deixa bastante a desejar. Claro que a Vida é uma editora bem menor que uma Thomas Nelson da vida, ou mesmo uma Mundo Cristão, e eles fazem um trabalho mais barato devido a isso, com folhas brancas e capa sem orelha com um papel inferior ao usado pelas grandes editoras, apesar disso o trabalho de revisão foi bem feito, se nenhum erro grotesco, pelo menos (não me lembro de nenhum agora) e o livro transmite muito bem a história que conta, nos enchendo de conhecimento sobre uma cultura diferente e mostrando o quão agraciados, preguiçosos e ingratos somos pela liberdade que nos oi concedida.

3 comentários:

  1. Esse eu preciso ler! Você não quer me emprestar não?! Prometo que devolvo hahahaha
    Ótima resenha!

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    Respostas
    1. Ele é realmente muito bom, te contar um segredo, sabe a imagem que catei dos seus stories e postei no meu? Aquele que fala sobre emprestar um livro e não voltar? Então, marquei meu pastor por trás dele, ele perguntou se era indireta kkkk

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    2. kkkk
      Ah não! Esse livro está emprestado?!
      Eu estou bem chata com esse negócio de emprestar. Quando empresto estipulo prazo.

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