terça-feira, 29 de setembro de 2020

[Opinião] Eu Sei Por que o Pássaro Canta na Gaiola - Maya Angelou #307

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Editora: Astral Cultural (Edição exclusiva TAG: Experiências Literárias)

N° de Páginas: 336

Quote:

“Como a maioria das crianças, eu achava que, se conseguisse enfrentar voluntariamente o pior perigo e triunfar, teria poder sobre ele para sempre”

Sinopse:
Racismo. Abuso. Libertação. A vida de Marguerite Ann Johnson foi marcada por essas três palavras. A garota negra, criada no sul por sua avó paterna, carregou consigo o enorme fardo que foi aliviado apenas pela literatura e por tudo aquilo que ela pôde lhe trazer: conforto através das palavras.
Dessa forma, Maya, como era carinhosamente chamada, escreve para exibir sua voz e libertar-se das grades que foram colocadas em sua vida. As lembranças dolorosas e as descobertas de Angelou estão contidas e eternizadas nas páginas desta obra densa e completamente atual.


Opinião:
  Existem aqueles livros que a gente não gosta por serem mal escritos. Não é este o caso.
  Existem aqueles livros que não gostamos porque não entendemos nada. Não é este o caso
  Existem os livros que não gostamos porque a protagonista é detestável. Também não é este o caso
  Existem os livros que não gostamos porque eles nos fazem mal. É exatamente este o caso.
  Vamos começar deixando uma coisa clara, não é um livro ruim, mas é um livro extremamente incômodo. A autora escreve muito bem, e parece que ela está contando sua vida diretamente para o leitor, com uma linguagem inocente... inocente até demais, eu diria.
  Essa linguagem inocente foi algo que me incomodou um pouco, por falar nisso, a protagonista sofre coisas horríveis no decorrer da vida, situações de revirar o estômago e que nos deixam realmente mal... mas ela não demonstra nenhum amadurecimento, mesmo que as situações tenham peso em seus pensamentos isso não se reflete na narrativa, o dilema do final do livro é contado com a mesma carga que o dilema do começo (que, a meu ver, é o pior de todos). 
  É uma história sufocante, na sinopse fala sobre racismo, abuso e libertação... confesso não ter identificado a parte da libertação, o final do livro é bonito, mas não o vejo como uma libertação uma vez que, como eu disse, não consegui enxergar um amadurecimento na autora, agora a parte do racismo e do abuso são bem mostradas... tanto que causa desconforto no leitor.
  Poucos livros tem o poder de nos incomodar tanto, e este livro tem isso. Mas o que faz com que muita gente ame a obra, só me fez ficar desconfortável, foi uma leitura penosa, que não morri de amores mas que reconheço a sua importância. Meu maior problema foi que não é uma leitura agradável, não é uma leitura que ficará marcada como algo enriquecedor, mas sim como algo perturbador, o fato de ser uma história real me deixa mais desolado ainda.
  Enfim, não é um livro bonito, não é um livro agradável mas não é um livro ruim, vejo muita gente morrendo de amores por ele mas realmente e até entendo a razão.







2 comentários:

  1. Oi Rudi!

    Acredito que essas obras "desconfortáveis" são extremamente importantes para nos tirar da nossa zona de conforto e experimentar uma vivência que não é nossa, despertando mais empatia da nossa parte.
    Por outro lado, há momentos da nossa vida que elas não são recomendadas, principalmente quando não estamos "legal".
    Enfim, vou adicionar esse livro na minha lista infinita dos que quero ler haha ultimamente são as suas postagens no blog que vem alimentando minha dita lista!

    Abraços!!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Carol!
      Então, super concordo. O que me incomodou foi a autora "amenizar" as situações e a falta de amadurecimento dela (ia dizer da personagem, mas é uma auto biografia), até entendo, mas passam-se anos e ela não parece ter "evoluído" como pessoa, ela continua ingênua o livro todo

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