quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

[Opinião] Rose Madder - Stephen King #391

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Editora: Suma de Letras

N° de Paginas: 478

Quotes:
"A mente desperta conhece o conceito de sonho, mas para o sonhador não há despertar, não há mundo real nem qualquer sanidade; existe apenas o gritante tumulto do sono. Rose McClendon Daniels dormiu na loucura do marido por mais nove anos."

"Tenho! Tenho mesmo! Sei espanar, lavar pratos, fazer camas, passar o aspirador no chão, fazer refeições para dois, dormir com meu marido uma vez por semana. E sei levar um sopapo. É outra habilitação que eu tenho. Acha que alguma academia daqui está precisando de um saco de pancada para alguém treinar boxe?"

Opinião:
  Eu ouvi muita gente falando que este era um dos livros mais acelerados do autor, mas perdia um pouco o ritmo depois da metade... eu não concordo, foi meu trigésimo segundo livro do autor e posso dizer que passou longe de ser um dos mais acelerados e fluidos.
  Mas enfim, aqui conhecemos Rose, ou Rosie, ela é casada com o policial Norman Daniels e começamos o livro vendo que ela acaba de perder o bebê depois de apanhar d marido, coisa que acontece com certa frequência, e vemos também, já nessas primeiras páginas, quão maluco, frio e psicopata Norman é... mas mesmo que isso fique bem claro, não nos prepara para o que vamos vê-lo fazer no decorrer da história.
  Depois deste episódio vemos que Rose continuou aguentando a vida com o marido abusivo por mais nove anos, até que um dia ao acordar ela vê uma gota de sangue no lençol branco. Ela sabe que o sangue é dela, sabe que está aí por que, mas uma vez, apanhou do marido, sabe que terá que trocar o lençol, mas não só o lençol, terá que trocar toda a roupa de cama para que tudo fique combinando, caso contrário ele irá chamá-la dizendo que quer conversar com ela bem de perto, que é o que ele sempre fala antes de espancar a coitada... ela então resolve fugir dele.
  O livro transborda agonia enquanto vemos Rose, uma mulher que passou 14 anos trancada em casa apanhando conhecendo o mundo, fugindo e tentando se reerguer do poço de medo onde se encontra, mais do que sopapos, Norman conseguiu minar a personalidade e a alegria de Rose, então ela não sabe seu lugar neste, pra ela, novo mundo.
  Vi uma vez que este livro tinha alguma ligação com a série da Torre Negra, tem até um posto sobre isso aqui no blog, que não estou disposto a procurar agora pra linkar, mas se abrir a aba do autor acredito que encontra... quando fui ler o livro já nem lembrava disso, e lá pela metade do livro, quando a parte sobrenatural começa a ganhar força na história foi que me lembrei disso. Mas não é que tenha relação, exatamente... existe um outro mundo, que não é o Mundo Médio, mas, obviamente, é um andar da Torre. Mas acredito que se fala da relação com a série mais porque uma personagem vai falar para Rose sobre o conceito de Ka, além de citar a Rosa e a Cidade de Lud.
"Você é realmente Rosie, você é Rosie Real. Não se esqueça disso quando esquecer todo o resto. E não se esqueça de outra coisa: eu retribuo. O que fizer por mim eu vou fazer por você. E é por isso que fomos reunidas. É esse o nosso equilíbrio. O nosso ka."
"Vi corpos incendiando a centenas de cabeças enfiadas em lanças pelas ruas da Cidade de Lud."

  Não encontrei a passagem que fala da Rosa, mas é algo como " a pintura de uma bela rosa que cresce em meio a escombros em um terreno abandonado" ou seja, são apenas menções, não exatamente ligações.
  O livro dá a impressão de que são duas histórias diferentes, tão discrepante é a parte fantástica da parte mais realista, e isso me desconectou bastante e prejudicou um pouco a minha experiência de leitura. Gostei muito mais da parte realista, foi onde fiquei mais apreensivo e me importei mais com a Rosie, além de ter odiado mais o Norman, que acho que é o vilão mais asqueroso e odiável que já li nas obras do King. A parte da Rosie se reerguendo e redescobrindo a felicidade, mesmo que fugidia e sempre com a sombra do seu passado foi a minha parte favorita e eu realmente torci por ela.
  Uma última reclamação: as partes onde acompanhamos o Norman são impressas em itálico... odiei isso.









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