sábado, 9 de março de 2019

[Enquadrando] J. Kendall: Morrerei à Meia-noite

HQMythosBonelliJúlia

  Já fazia algum tempo que eu não lia nada da personagem, minha coleção das Aventuras de Uma Criminológa estava parecendo minha coleção de Ken Follett, não para de crescer e eu não para pra ler, e não, não me orgulho disso.

  Enfim, resolvi pegar uma edição mais antiga, publicada (no Brasil) em Outubro de 2010. Não deixo de pensar que ela tem essa capa sombria e o plot da história são intencionais para combinar com o Halloween.
  Aqui temos Júlia em um dia comum, assistindo um episódio perdido de um desenho animado que gosta muito, episódio esse baseado em um livro de mistério famoso. O episódio foi mandado para ela pelo filho de Emily, empregada/amiga/guardiã/Whoopi Goldberg em quadrinhos.
um pouco da arte (é difícil posicionar direito sem um computador)

  Enquanto assistiam Emily encarna a conselheira amorosa e fala o quanto gostaria que Júlia encontrasse alguém para dividir a vida. Nisso um homem chega querendo encontrar Júlia para falar que que tem recebido estranhas visitas de uma senhora que previu alguns assistentes e lhe entregou a profecia de sua morte.

  A história vai se desenrolando e ficamos naquela dúvida do que realmente está acontecendo, quem é a mulher misteriosa que parece prever o futuro, ela é uma charlatã ou realmente tem poderes de vidência? No decorrer da história fatos acontecem que nos fazem questionar seus supostos poderes paranormais, mas logo acontece alguma coisa quepõe o leitor em dúvida novamente. Nesse ponto a história me lembrou bastante o livro O Cavalo Amarelo, da Agatha Christie.

  Algo que me desagradou na história é que Júlia e o cara misterioso, que por acaso se chama Edgard Derby, acabam se entendendo, com uma super ajuda e incentivo de Emily, mas admito que mesmo me desbaratando teve fundamento e foi importante para a história.
  As últimas páginas são excepcionais, a conclusão é surpreendente mesmo que o leitor pesque as pistas expostas durante a história (eu pesquei uma, mas não fiz a ligação com o resto da trama)
  Vale falar também da "piada interna"- se posso chamar assim - que tem no começo da história, onde Emily fala sobre histórias de faroeste, que são o foco principal da editora Bonelli.
  Em suma, é uma história deveras interessante e intrigante, que agrada os fãs de sobrenatural e também os céticos, nessa brincadeira de "o que é real e o não é?" Uma investigação instigante e um mistério que vale, e muito, a leitura.


  Algo que é importante comentar: encontrei uma quantia considerável de erros de revisão.... Mithos, Mythos

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