terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

[Opinião] A Mulher do Viajante no Tempo - Audrey Niffenegger #396

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Editora: Suma de Letras

N° de Páginas: 456

Quote:
"Talvez eu esteja sonhando com você. Talvez você esteja sonhando comigo. Talvez a gente só exista nos sonhos um do outro, e todo dia quando acorda de manhã se esqueça um do outro."

Opinião:
  Este livro está no meu radar há mais de 10 anos, desde que assisti ao filme, lá por 2012. É até uma história interessante, uma amiga que morava comigo viu que o filme ia passar numa dessas sessões da TV aberta altas horas da noite, e a chamada não revelava muito da história, fazia o filme parecer apenas um romance trágico, chamado Te Amarei para Sempre, só assistindo ao filme descobrimos que tinha viagem no tempo, surpresa que eu adorei, minha amiga não muito...
  Embora eu sempre quisesse ler este livro não posso negar que não estava nas minhas prioridades, caso contrário já o teria lido antes, mas agora finalmente matei a vontade.
  Aqui conhecemos Henry, um cara que viaja no tempo de forma involuntária e incontrolável, é como se fosse uma convulsão, mas ao invés de ataque de tremedeira e descontrole sobre o próprio corpo ele simplesmente desaparece e reaparece em algum outro lugar e em alguma outra época, normalmente tem coisas que o puxam para o lugar e tempo em questão, mas controlar mesmo ele jamais aprende. Mais tarde no livro fica definido que isso se trata de uma rara doença, mas essa parte vou deixar que descubram durante a leitura.
  A nossa protagonista é Clare, a esposa de Henry, que o conhece desde criança, pois ele aparecia no bosque atrás da casa dela de tempos em tempos, mas Henry so vai conhecê-la quando está com seus 28 anos.
  O livro vai narrar esse romance bem complicado e cronologicamente estranho dos dois, abordando, além dos problemas comuns de um relacionamento, questões como predestinação, livre arbítrio e religião, que não é o foco do livro, é algo, inclusive, não muito bem visto pelas personagens, mas não deixa de ser uma discussão levantada.
  Ao acompanharmos o crescimento de Henry vemos que ele se visitava várias vezes e se ensinou muita coisa (coisas até demais, eu diria), o que pode ter tornado sua infância e adolescência bem excêntrica, mas mais fácil do que a da maioria das pessoas.
  Além das questões ja mencionadas o livro vai falar muito sobre a vida, o passar dela, legados, amizade, confiança e o poder de uma família. Em diversos momentos a autora se perde um pouco em explicar que Henry é um cara demasiadamente viril, coisa que rende umas piadinhas em alguns momentos e uma sensação incômoda de estar lendo algo que beira o pornográfico, mas não chega a estragar a experiência da leitura.
  Reassisti ao filme depois de concluir a leitura, o que me fez perceber que ele, apesar de transmitir muito do que o livro transmite e ter o grosso da historia, é extremamente resumido e, em vários momentos, peça um pouco na questão da montagem, pois parece picotado, além de ter muito menos acontecimentos e explicações que estão presentes no livro. Vi também que saiu, mais recentemente, uma série (ou minissérie) contando essa história, mas não encontrei em lugar nenhum para assistir para poder falar sobre a fidelidade da adaptação.
  De forma geral é um livro muito bom, que não é perfeito, mas é uma ótima mistura de romance com ficção científica e que emociona bastante além de nos deixar reflexivos com o final da leitura.





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