sábado, 5 de dezembro de 2020

[Opinião] Operação Perfeito - Rachel Joyce #320

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Editora: Suma de Letras

N° de Páginas: 304

Quote:
“Além disso, as coisas grandes na vida não se apresentam como tais. Acontecem em momentos normais, comuns — uma ligação, uma carta —, acontecem quando não estamos olhando, sem pistas, sem aviso, e é por isso que nos impressionam. E pode levar uma vida inteira, uma vida com muitos anos, para aceitarmos a incoerência das coisas; que um momento pequeno pode estar lado a lado com um grande, e pode se tornar parte do mesmo.”

Sinopse:
  Em uma manhã nebulosa de 1972, a vida de Byron Hemming, de 12 anos, muda de repente. Tudo acontece em menos de dois segundos, quando ele e a mãe se envolvem em um acidente de carro. Embora o garoto tenha certeza de que o acidente aconteceu, sua mãe age como se nada tivesse acontecido.
  Nos dias e nas semanas seguintes, Byron embarca em uma jornada para descobrir o que realmente houve naquela manhã que mudou sua vida. Junto com o amigo James, ele cria a Operação Perfeito, um conjunto de planos para tentar resolver a situação.
  Operação Perfeito, o novo romance da autora best-seller de A improvável jornada de Harold Fry, que vendeu mais de um milhão de exemplares, é uma história comovente sobre um segredo, um erro terrível e a natureza destrutiva da perfeição.

Opinião:
  Depois de me encantar pela escrita, narrativa, imaginação e criação da autora em A Improvável Jornada de Harold Fry, resolvi que precisava ler mais alguma coisa dela, e em minhas buscar encontrei esse livro, fui ler todo empolgado, esperando se não algo tão incrível quanto o outro livro pelo menos próximo.

  Aqui acompanhamos o garoto Byron e sua mãe Diana, o pai é um bancário que trabalha fora e raramente está em casa, mas quando está até sua presença é opressora. Diana é uma mulher vibrante e cativante, de longe a melhor personagem do livro, mas que se apaga diante do marido abusivo que a diminui por não ser uma mulher com formação escolar e ter até dificuldade na leitura. Byron é o típico garoto de 12 anos, ou seja, curioso e chato, ele me lembrou um pouco o protagonista do livro Tormento, mas não tão insuportável, inclusive, esse livro me lembrou bastante aquele.
  Quando acompanhamos Diana e sua vida (porque ela é muito mais protagonista dessa bagaça do que o Byron) estamos em 1972, quando é anunciado que serão acrescentados 2 segundos ao tempo para corrigir alguma coisa, é o chamado segundo intercalar, joga no Google pra saber mais... Byron fica decidido a prestar atenção para descobrir quando esses dois segundos serão acrescentados, e fica encarando relógios sempre que pode.
  Um belo dia sua mãe o está levando para a escola em seu carrão, presente do marido assustador só para que os outros vejam como são ricos, e ele pensa ver o relógio da mãe andando para trás, e faz um escarcéu porque os dois segundos chegaram, no fuzuê causado pelo garoto a mãe acaba atropelando uma menina de bicicleta, Byron vê, mas Diana não, ou pelo menos é o que ela deixa transparecer.
  Intercalado a isso acompanhamos a história de Jim, um cara de meia-idade que passou boa parte de sua vida em sanatórios e hoje vive em um trailer ali pelas redondezas de onde, anos atrás, Diana atropelou a ciclista e tem um trabalho meio qualquer coisa ali.
  A história de Jim não me pegou em momento algum, achei chata do início ao fim e a "grande revelação" é previsível e ali pelo segundo capítulo eu já tinha adivinhado.
  A história de Byron e Diana é mais interessante, mas só me interessava por causa da Diana, que, como já disse, é de longe a melhor personagem do livro, não quero diminuí-la dizendo que é a única personagem boa do livro... mas é.
  A dita operação perfeito criada por Byron é ilógica e chata, assim como ele mesmo, toda a problemática do acidente só é envolvente até que Diana descobre (ou admite, ainda não tenho certeza) de que realmente houve o acidente, e o que acontece em decorrência a isso só nos faz ficar com vontade de resgatar essa mulher e mandá-la para um livro que mereça uma personagem tão bacana.
  O livro é arrastado, tem seus momentos no início mas antes de chegar na metade ele rola penhasco abaixo, não é nem uma ladeira... os personagens são chatos, mesmo que tenham algum aprofundamento não conseguem nos cativar, sofremos pela situação de Diana mas ao mesmo tempo ela toma atitudes idiotas que só pioram sua situação, o livro vai degringolando até chegar ao final que, a meu ver, é completamente despropositado para dar uma justificativa, que não justifica, a ligação entre as linhas temporais.
  A autora tem mais 4 livros publicados que, admito, até tenho coragem de encarar... mas sem pressa.





2 comentários:

  1. "... só nos faz ficar com vontade de resgatar essa mulher e mandá-la para um livro que mereça uma personagem tão bacana." Kkkkkkkkkk

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